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segunda-feira, julho 17, 2006

RESENHA DE FILMES 7

O CÓDIGO DA VINCI
De Ron Howard
Com Tom Hanks,Audrey Tautou,Ian McKellen,Alfred Molina,Jean Reno,Paul Bettany
Ação / Policial
O simbologista Robert Langdom é convocado a depor pela polícia francesa após assassinato do curador do Louvre. Mas chegando ao museu, descobre que na verdade ele é o principal suspeito do crime. Com a ajuda da criptóloga e neta da vítima, ele foge da polícia, ao mesmo tempo em que tenta desvendar um segredo protegido por uma organização secreta. Há uma grande diferença,na maioria das vezes,de um livro em relação a sua adaptação para o cinema. Muitas vezes, o estilo tem que ser modificado para atender a certas especificidades que a tela proporciona e o livro não, ou vice-versa. Mas no caso da obra de Dan Brown, parecia que o livro tinha sido feito exatamente para virar um filme. O problema é o direcionamento que a produção decidiu tomar. Saem de cena as descobertas polêmicas(1), os códigos decifrados utilizando a lógica(2) e os personagens densos e com bastante personalidade(3). Analisemos um a um:
(1) O livro retrata que Jesus teria tido uma vida mais humana que divina. Esbanja fatos e hipóteses para mostrar tais revelações. A figura de Teabing é bastante importante nesse ponto. Langdom também mostra ser um estudioso na arte simbólica. No entanto, o filme mostra um Langdom mais no mundo da lua do que preocupado com os problemas que está enfrentando, um Teabing que poderia ter tido mais espaço (Ian McKellen tira leite de pedra!) e com isso as descobertas tornaram-se apenas fatos corriqueiros em um filme de ação.
(2) No filme, os códigos não parecem ser decifrados, no sentido literal da palavra. O mais correto seria dizer adivinhados! Langdom tem mas jeito de um paranormal que descobre todas as respostas em cinco segundos do que um estudioso que utiliza coer~encia e lógica para decifrar todos os símbolos.
(3) Esperava-se mais de um forte elenco, mas o que se viu é a total falta de sintonia entre Tom Hanks (que mais uma vez interpretava um personagem que apresentava uma espécie de doença, claustrofobia,não presente no livro!) e Audrey Tautou (a corajosa e inteligente Sophie parecia mais uma estudante esforçada ouvindo e concordando com tudo o que lhe diziam,sem deduzir nada). Alfred Molina e seu Aringarosa praticamente tornou-se descartável no filme, não tendo importância alguma. Talvez porque no livro ainda dá tempo de pensar em suspeitos para a figura do Mestre. Jean Renó foi eficiente, mas por falta de espaço não pode apresentar melhor seu personagem, assim como Ian McKellen, sem dúvida, com a melhor interpretação do longa. Mas Teabing poderia ter um espaço melhor. Enfim,o que se viu foi um filme-pipoca que serve como passatempo, mas não reflete toda a atmosfera polêmica da obra de Dan Brown. Só mais um comentário: arranjar informações em um celular de uma pessoa aleatória dentro do ônibus é uma das coisas mais inverossímeis da história do cinema! Nem Missão Impossível tem cenas similares! Ainda mais se lembrarmos que no livro, a dupla de protagonistas arranjam as mesmas informações em uma moderna biblioteca,algo muito mais simples, direto e eficiente.
NOTA 6,0

X-MEN - O CONFRONTO FINAL
De Brett Ratner
Com Patrick Stewart,Ian McKellen,Halle Berry,Hugh Jackman
Aventura
Os mutantes estão enfrentando um dilema relacionado à existência de uma espécie de cura para suas mutações. Enquanto uns vêem a esperança de não serem mais vistos como um ser anormal pelos outros, ainda há alguns que criticam tal invencão. Um deles é Magneto, que monta um exército a fim de destruir a Cura, cuja chave é um misterioso garoto. Enquanto isso, Xavier luta para controlar Fenix, uma das personalidades de Jean Grey, que está de volta. Há ligeiras diferenças entre os dois filmes de Bryan Singer e esse terceiro capítulo, de Brett Ratner. Esse último privilegia bastante a ação, em uma história complexa demais para o tempo disponível da trama. Os dois primeiros são contrários: a história é mais simples, os dilemas são mais rotineiros, e no entanto são bem mais detalhados. A história da Cura é sensacional, visto que funciona como uma metáfora para os preconceitos no mundo atual. Mas o exagero no número de personagens enfraqueceu a densidade da história e os dilemas de cada mutante. Alguns deles aparecem menos de um minuto no filme todo! Como adaptação, pode deixar a desejar,mas como filme é um bom divertimento para os espectadores. Mas serviu para provar que Ratner não é tão maduro quanto Singer quando o assunto é direção.
NOTA 7,0

A PROFECIA
De John Moore
Com Julia Stiles,Michael Gambon,Mia Farrow,David Thewlis
Terror
Filho de casal é o responsável por estranhos acontecimentos, envolvendo mortes misteriosas. O pai aos poucos vai acreditando no fato do bebê que ele trocou na maternidade ser o anticristo. Refilmagem do clássico homônimo da década de 70. O filme praticamente é uma fiel adaptação do original, para os moldes atuais. Foram inseridas menções a catástrofes recentes como a queda das torres gêmeas e o tsunami, fato esse muito bem idealizado. Há também várias mensagens subliminares durante a trama, além de símbolos escondidos nas paredes, portas e outros cenários do filme. As interpretações são razoáveis, com destaque para Mia Farrow (O Bebê de Rosemary) que interpreta a nova babá do anticristo. Talvez a única crítica seja pela falta de originalidade na história, mas tal fato para muitos é uma qualidade em uma refilmagem.
NOTA 8,5