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domingo, maio 23, 2010

MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE

MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE
(Mary and Max)
Austrália/2010
De Adam Elliot (Harvie Krumpet, Brother, Cousin)
Com Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0978762/
Animação

Baseado em uma história real que ocorreu na década de 70. Uma garota australiana de 7 anos, Mary Daisy Dinkle, com problemas familiares e pessoais resolve procurar um amigo enviando uma correspondência a um estranho do outro lado do mundo. O sujeito em questão é Max Jerry Horovitz, um americano de meia idade que é igualmente solitário e cheio de manias. Os dois passam a se corresponder ao longo do tempo, criando uma relação de amizade e companheirismo.

Confira abaixo o trailer do filme:



A animação de Adam Elliot caminha por tons melancólicos do começo ao final da trama. Mas nem por isso deixa de ter seu humor peculiar, em uma história que emociona e, porque não dizer, gera reflexões sobre modelos sociológicos e psicológicos. Recheado de humor negro e história trágicas (depois de Mary e Max, Up - Altas Aventuras pode ser considerado alegre até!), é um filme com roteiro coeso, histórias que geram atenção do espectador, piadas inteligentes e que às vezes estão presentes até em pequenos detalhes das cenas, o que é preciso que não se perca nada dos diálogos e enquadramentos. A premissa também faz com que o espectador aguarde
ansiosamente pelo clímax, ou seja, o encontro entre os dois, algo que não se tem certeza se realmente vai ocorrer ao longo da trama.















Se já existisse a internet...

Elliot perpassa por problemas familiares, solidão, confronto de idéias, crises pessoais, diferença de personalidades e imposições da sociedade. Os dois personagens principais com sua baixa auto-estima, engolidos por uma sociedade cruel e hipócrita, se agarram na esperança de suas correspondências, no reconhecimento de pensamentos similares e no entendimento mútuo de suas aflições. E esse é o ponto vital para que esta surpreendente e excepcional história seja contada e lembrada por todos, não sendo um mero passatempo como a grande maioria de seu gênero.

NOTA 9,5

domingo, maio 09, 2010

CHICO XAVIER

CHICO XAVIER
(Chico Xavier)
Brasil/2010
De Daniel Filho (Se eu Fosse Você, A Partilha, Tempos de Paz)
Com Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Matheus Costa, Tony Ramos, Christiane Torloni
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1234559/
Drama

O filme conta a história de Chico Xavier desde sua infância, onde descobriu seus dons espíritas, acompanhando toda sua vida, dedicada à psicografia e luta contra o ceticismo e os pensamentos de que seu trabalho poderia ser uma fraude.

Confira abaixo o trailer do filme:



Daniel Filho já é o detentor da maior bilheteria da Retomada com o filme Se Eu Fosse Você 2. E Chico Xavier já está beirando os três milhões de espectadores, confirmando mais um sucesso do diretor. A trama mostra que enfim o diretor se livrou dos hábitos televisivos, fazendo cinema de verdade, com seus característicos enquadramentos, sem histórias paralelas descartáveis, sem nenhuma mania novelística. A história passeia por partes importantes da trajetória de Chico Xavier, como a descoberta de seus dons, o oportunismo daqueles que o rodearam, a falta de crença de certas pessoas contra a aceitação quase exagerada de outras. O filme, apesar de aparentemente adquirir um tom favorável ao espiritismo, não é de todo uma atração apenas
para aqueles que acreditam nesta religião. Pois Daniel inteligentemente caminha por duas linhas de pensamento, representadas pelo casal formado por Tony Ramos e Christiane Torloni.















Chico Xavier em ação

No entanto, apesar de seus avanços cinematográficos, Daniel peca por não cometer ousadias que seriam um prato cheio para biografia de Chico Xavier. Apresentando uma história sem surpresas ou mistérios, acaba por deixar um pouco monótono em algumas partes. Mas vale pelas idéias interessantes, como basear a história em uma entrevista de um programa de televisão, cujas imagens reais servem para aguçar ainda mais a curiosidade do espectador.

NOTA 7,0