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sexta-feira, outubro 27, 2006

RESENHAS - FESTIVAL DO RIO PARTE 3

11.
DESTRICTED-7 VEZES EROTISMO
De Marina Abramovic, Matthew Barney, Marco Brambilla, Larry Clark, Gaspar Noé, Richard Prince, Sam Taylor-Wood
Erótico
Compilação de sete filmes de sexo explícito de artistas independentes. Balkan Erotic Epic retrata os mitos sobre a fertilidade e a virilidade nos Bálcãs. Hoist mostra o encontro entre um ser divino e uma motorista de caminhão no carnaval da Bahia. Sync reedita trechos de filmes pornô antigos. Impaled faz um retrato semidocumental de como a pornografia passou a determinar os desejos da geração dos anos 1980. We Fuck Alone traz imagens pulsantes sobre masturbação. House Call refilma clássicos do cinema pornô. E Death Valley mostra um astro pornô em uma apologia à masturbação.
Como são sete histórias independentes uma das outras,vamos dividir as avaliações:
1.Hoist - Uma da piores coisas que já foram filmadas! Extremamente chato, repetitivo, tosco e que não se justifica. NOTA 0,0 / 1,0
2.House Call - Chega a ser engraçado no começo, com imagens antigas,mas torna-se repetitivo e longo demais. NOTA 0,5 / 1,5
3.Sync - Extremamente rápido, com várias montagens de filmes pornôs. Inovador, mas extremamente vazio. NOTA 0,0 / 1,5
4.Impaled - O melhor filme dos sete, de autoria de Larry Clark, ao mesmo tempo em que mostra curiosidades sobre bastidores dos filmes pornôs, mostrando como é feita uma gravação do gênero, inova ao simular entrevistas de atores e atrizes que pretendem ingressar nesse circuito. NOTA 1,5 / 1,5
5.Death Valley - Outro filme que até chega a ser engraçado, mas é longo demais, tornando-se chato. Não poderia ser diferente a saga de um homem que não consegue atingir o ápice através da masturbação. NOTA 0,0/1,5
6.Balkan Erotic Epic - O segundo melhor filmes dos sete, e o mais engraçado. Mistura de filme com animação, mostra curiosidades relacionadas ao sexo nos Bacãs. - NOTA 1,5 / 1,5
7.We Fuck Alone - Filme de Gaspar Noe, tem sua inconfundível marca psicodélica, mostrando imagens de masturbações masculina e feminina, alternadas. Criativo, mas longo demais. NOTA 0,5 / 1,5
NOTA 4,0

12.
2H37
De Murali K. Thalluri
Com Teresa Palmer, Joel Mackenzie, Frank Sweet, Clementine Mellor, Charles Baird, Sam Harris
Drama
Numa escola secundarista na Austrália, um suicídio revela aos poucos faces obscuras das vidas dos alunos. Sexualidade, relações amorosas, drogas, abuso sexual, negligência familiar, doenças nervosas. O filme acompanha seis alunos até seu fim trágico. Todos eles tinham motivos para se suicidar. Mas de quem foi realmente o primeiro passo? Exibido na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2006, trata-se de um filme inspirado em eventos da vida do seu jovem diretor estreante.
A trama, muito bem dirigida, é cheia de reviravoltas e eventos surpreendentes. Os conflitos existentes na vida dos seis personagens principais são tão envolventes que por momentos acaba-se esquecendo que um deles cometeria suicídio, mostrado logo na primeira cena do filme. O diferencial é que não sabemos qual dos seis cometeu o ato. Destaque para o roteiro e a montagem, em que acompanhamos as histórias paralelas dos adolescentes, que muitas vezes juntam-se em uma só, numa história inteligentemente não-linear.
NOTA 9,5

13.
THE HOST
De Bong Joon-ho
Com Byun Hee-bong, Song Kang-ho, Park Hae-il, Bae Doo-na, Ko A-sung
Aventura
Na beira do rio Han, moram Hee-bong e sua família, donos de uma barraquinha de comida no parque. Seu filho mais velho, Gang-du, tem 40 anos, mas é um tanto imaturo; a filha do meio é arqueira do time olímpico coreano; e o filho mais novo está desempregado. Todos cuidam da menina Hyun-seo, filha de Gang-du, cuja mãe saiu de casa há muito tempo. Um dia, surge um monstro no rio, causando terror nas margens e levando com ele a neta querida de Hee-bong. É a hora da verdade para cada membro da família, que decide enfrentar o monstro em busca da menina.
A trama surpreende por seus bons efeitos especiais, com boas sacadas de humor. Todos os personagens se destacam, cada um com suas características peculiares. Mas o roteiro apresenta alguns furos, com a não explicação de certas cenas como a do agente laranja em combate ao monstro. Mas a batalha contra a criatura marinha torna-se pano de fundo em meio às relações entre os membros da família de Hee-bong.
NOTA 8,0

14.
EL TOPO
De Alejandro Jodorowsky
Com Alejandro Jodorowsky, Brontis Jodorowsky, José Legarreta, Mara Lorenzio Faroeste/Aventura
O filme é um ícone do cinema trash da década de 70 e um dos precursores do fenômeno Midnight Movies. Um estranho pistoleiro viaja com seu filho pelo deserto, em direção a uma cidade, cujos habitantes estão sendo massacrados. Ele parte em busca dos bandidos e inicia-se uma odisséia.
A trama é recheada com os absurdos característicos de seu diretor, que discute novamente temas religiosos,psicológicos e filosóficos. O protagonista (o próprio Jodorowsky!) tem que se confrontar com seus maiores medos e derrotar quatro mestres. Há ainda o povo que mora há anos dentro de uma caverna, esperando alguém que os lidere para que o povo consiga sair para a cidade mais próxima. Cidade essa que se apresenta de forma mundana, alienada e caótica. Um filme denso, engraçado, que prende a atenção do começo ao fim. A interpretação de várias cenas fica a cargo do espectador, mas passam longe de serem desnecessárias.
NOTA 7,5

15.
A RAINHA
De Stephen Frears
Com Helen Mirren,Michael Sheen,James Cromwell,Helen McCrory
Drama
A notícia da morte da princesa Diana se espalha rapidamente pelo mundo. Incapaz de compreender a reação emocional do público britânico, a rainha Elizabeth II (Helen Mirren) se fecha com a família real no palácio Balmoral. Tony Blair (Michael Sheen), o recém-apontado primeiro-ministro britânico, percebe que os líderes do país precisam tomar medidas que os reaproximem da população e é com essa missão que ele procura rainha.
A trama acerta ao mostrar as pessoas mais influentes da realeza britânica com sentimentos, dilemas e situações problemáticas muito comuns ao povo aliado a carga extra das obrigações de serem poderosos. O diretor soube dosar a carga dramática ao discutir a morte de Diana e ao mesmo tempo acrescentar situações engraçadas como as reuniões entre Tony Blair e a rainha Elizabeth. Tais cenas conseguiram demonstrar duas forças a princípio antagônicas (o espírito renovador e moderno de Blair contra a tradição e nobreza da rainha) que se unem para o bem estar da Inglaterra. Destaque para Helen Mirren, no papel de Elizabeth, o que pode lhe valer uma indicação para o Oscar.
NOTA 8,5

domingo, outubro 22, 2006

RESENHAS - FESTIVAL DO RIO PARTE 2

6.
O PLANETA DAS MULHERES INVASORAS
De Alfredo B. Crevenna
Com Lorena Velásquez, Elizabeth Campbell, Maura Monti
Ficção
Continuação do filme Gigantes planetários. Aparentemente, os atores sequer souberam que estavam fazendo dois filmes em vez de um. Ao passear pelo parque de diversões da cidade, Marcos, o boxeador, Taquito, seu escudeiro, e a bela Sílvia embarcam num disco voador acreditando se tratar de um brinquedo. O disco levanta vôo e os leva para o planeta Sibila, governado pela rainha Adastrea. Os sibilianos pretendem usar transplantes de órgãos humanos para adaptar seus pulmões à atmosfera da Terra e então invadir o planeta.
A trama explora a luta livre, e heróis e bandidos juntos em uma situação contra um inimigo comum, no caso, as alienígenas do planeta Sibila. Logicamente,os bandidos têm que se aliar às forças do mal, além de uma das habitantes do planeta (no caso, irmã gêmea da rainha) ser favorável aos terráqueos. Mais uma vez efeitos especiais toscos, mas compensa por situações engraçadas. Mas torna-se um pouco chato em algumas cenas monótonas.
NOTA 5,0

7.
A MÚMIA ASTECA CONTRA O ROBÔ HUMANO
De Rafael Portillo
Com Rosita Arenas, Ramón Gay, Crox Alvarado, Luis Aceves Castañeda
Ficção
Terceira parte da trilogia da Múmia Asteca (que tem ainda A múmia asteca e A maldição da múmia asteca). Dr. Krupp hipnotiza Flor para que ela o leve ao túmulo de Popoca, a múmia asteca. Enquanto isso, Eduardo e Pinacate saem à caça do terrível doutor, mas sofrem uma emboscada e são capturados. Eles assistem indefesos ao Dr. Krupp dar vida a um enorme Robô Humano que ele planeja usar para destruir Popoca. As duas criaturas se enfrentam numa batalha eletrizante no cemitério.
Ponto alto da mostra mexicana, a trama de pouco menos de uma hora de duração faz com que muitas comédias de duas horas fiquem totalmente sem graça. Cenas como a da múmia Popoca despertando e bastando balançar os braços para assustar a todos é impagável! E ainda temos Flor hipnotizada por frases hilárias e o robô humano que mais parece um brinquedo da Estrela, que é guiado através de um controle remoto gigante que só tem uma alavanca tosca! Para finalizar, a imperdível batalha entre a Múmia e o Robô humano é uma das mais absurdas da história do cinema! Diversão garantida no melhor filme da mostra mexicana de sci-fi.
NOTA 8,0

8.
PROIBIDO PROIBIR
De Jorge Durán
Com Caio Blat, Maria Flor e Alexandre Rodrigues
Drama
Três amigos, estudantes universitários - Leon (Alexandre Rodrigues), estudante de sociologia, sua namorada Leticia (Maria Flor), estudante de arquitetura, que se apaixona pelo estudante de medicina Paulo (Caio Blat), melhor amigo de Leon, com quem divide apartamento – experimentam os conflitos morais e éticos que provocam um triângulo amoroso, ao mesmo tempo em que se confrontam com a violência da cidade.
O filme explora alguns clichês, mas de forma bastante original. O já batido mas sempre presente triângulo amoroso torna-se pano de fundo para as discussões sócio-econômicas presentes em toda a trama. Os três protagonistas, de classe média alta, conhecem um mundo totalmente novo, pessoas que sofrem com a impunidade de policiais corruptos. E por tentarem ajudar essas pessoas, se vêem na mesma situação que elas. Filme muito bem dirigido, com uma história que vai da tranqüilidade ao desespero, lembrando para o público que a violência vai muito mais além do que é comentado nas grandes cidades.
NOTA 8,5

9.
O SARCÓFAGO MACABRO
De Ivan CardosoCom Carlo Mossi, Tony Tornado, Wilson Grey, Luisa Mariani, Julio Medaglia, Felipe Falcão, Jane Silk, Orlando Drumond.
Comédia
Ao classificar os arquivos secretos da 2ª Guerra Mundial, o agente da CIA Ed Stone deparou-se com um estranho dossiê relacionando uma pobre múmia egípcia e um cientista louco brasileiro como membros de uma bem articulada rede de espiões nazistas responsáveis pela fuga tranqüila para a América Latina de vários carrascos do terceiro Reich: eles viajavam fantasiados de múmias a bordo de confortáveis sarcófagos.
A trama é uma homenagem aos seriados norte-americanos de espionagem da década de 50. Apesar de ser muito caricato, tem boas sacadas, como a de dividir a história em quatro partes e misturar os nazistas à investigação. Alguns personagens como o cientista louco se encaixaram perfeitamente na história, porém outros como o de Orlando Drumond (uma espécie de drag queen egípcia!) ficaram muito deslocados e desnecessários. Apesar de divertida, alguns momentos da trama soaram repetitivos, o que surpreende para um filme de pouco mais de cinquenta minutos.
NOTA 6,5

10.
FONTE DA VIDA
De Darren Aronofsky
Com Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn, Mark Margolis, Sean Gullette
Drama
Uma odisséia sobre amor, morte e espiritualidade, contada por meio de duas histórias paralelas em que sobressai a luta de um homem para salvar seu grande amor. Na Espanha do século 16, o navegador Tomas Creo parte para o Novo Mundo em busca da lendária Árvore da vida. Nos tempos atuais, a mulher do pesquisador Tommy Creo está morrendo de cancêr, mas ele busca desesperadamente a cura que pode salvá-la. Uma terceira história une as duas primeiras: No século 26, o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência.
O terceiro filme de Darren Aronófsky (Pi, Réquiem para um Sonho) tem algumas discrepâncias em relação aos dois anteriores. Pela primeira vez, o diretor contou com um orçamento astronômico, elenco de estrelas e o amparo de Hollywood na sua produção. Mas felizmente suas características únicas que tornaram suas histórias bastante cultuadas ainda permanecem. A trama é complicada de se entender, assim como uma de suas principais influências, 2001 Uma Odisséia no Espaço. Mas Darren certamente não criou uma história para ser comparada com um filme de tamanha importância para a ficção, como 2001. Até porque suas abordagens são diferentes. Enquanto o filme de Kubrick falava do confronto humano-máquina, Aronófsky mostra o poder do amor, que ultrapassa a barreira do tempo e do espaço. O acompanhamento dessa saga brilhantemente protagonizada por Hugh Jackman é mais importante que preencher algumas lacunas que a trama deixa de contar, propositadamente ou não. A ótima fotografia ajuda a fazer de Fonte da Vida um dos filmes mais belos dos últimos tempos, com uma mensagem que traz à tona discussões filosóficas, espirituais e psicológicas.
NOTA 9,0

terça-feira, outubro 17, 2006

RESENHAS - FESTIVAL DO RIO PARTE 1

1.
100 ESCOVADAS ANTES DE DORMIR
De Luca Guadagnino
Com Maria Valverde, Geraldine Chaplin, Fabrizia Sacchi, Primo Regiani, Letizia Ciampa, Nilo Mur
Drama
Melissa tem 16 anos, é doce e inocente. Seu pai está sempre viajando e sua mãe, mesmo em casa, é ausente.Na escola, ela está apaixonada há mais de um ano por Daniele, rapaz que nunca lhe deu muita atenção. Mas um dia, ela tem sua primeira relação sexual com ele. Apesar de ter sido com o menino que ama, a experiência revela-se brutal e humilhante. A partir daí, ela começa uma investigação sobre o sexo, conhecendo vários homens e registrando suas observações num diário, que acaba se tornando seu melhor amigo.
Baseado no romance de Melissa Panarello, o filme parece ser menos chocante que o livro (pois apesar de ainda não ter lido, várias declarações do romance não foram adaptadas para o cinema). Mas pelo menos, temos uma história sem furos, com boas interpretações (destaque para Maria Valverde e Geraldine Chaplin, como a avó Elvira). Apesar da simplicidade em contraste com cenas pseudo-fortes, a história prende a atenção até o final, que decepciona por não ter um desfecho mais criativo. O ritmo de diário não funcionou, mas também não desmerece a história, que poderia ser melhor se não fosse por demais pretensiosa.
NOTA 6,5

2.
DEITE COMIGO
De Clement Virgo
Com Lauren Lee Smith, Eric Balfour, Polly Shannon, Ron White, Kate Lynch
Drama
Leila é uma jovem extremamente sensual e que vive uma vida cheia de aventuras pela noite de Toronto. David é um homem honesto, mas ainda está incerto em relação às suas vontades e necessidades. Quando os dois se encontram, o resultado é uma relação marcada pelo sexo ousado e casual.Logo, porém, eles começam a lidar com a possibilidade do amor, e lutam contra as armadilhas das relações emocionais típicas da classe média.
O filme é bem dirigido, mas não conta com excelentes interpretações nem com um roteiro que alavanque a trama. As cenas ousadas acabam por chamar mais a atenção do público do que qualquer história que o filme tente contar. Ainda assim, tem boas cenas como as que aparecem o pai de um dos protagonistas. NOTA 6,0

3.
WOOD&STOCK - SEXO,ORÉGANO E ROCK'N ROLL
De Otto Guerra
Com Sepé Tiaraju, Zé Victor Castiel, Rita Lee, Tom Zé, Janaína Kremer, Julinho Andrade, Heinz Limaverde, Leo Machado
Animação
Em uma festa na virada para 1972 na casa de Cosmo estão os jovens Wood, Stock, Lady Jane, Rê Bordosa, Rampal, Nanico e Meiaoito, que vivem intensamente o vapor barato total do flower power brasileiro ao explodir dos fogos de ano novo. De repente, não mais que de repente, 30 anos se passam e nossos heróis, agora carecas e barrigudos, enfrentam as dificuldades de um mundo cada vez mais individual e consumista.O jeito é dar ouvidos à voz sábia de Raulzito e ressuscitar a velha banda de rock'n'roll.
Grande animação, que conta com ótimas sacadas que agradará a todos os amantes do rock. Além da diversão, há também espaço para críticas sociais, econômicas e políticas sem discursos chatos e monótonos. Destaque para o porco "roqueiro vocalista gritador" da banda, que assim que o som começa, se põe a guinchar feito um louco!
NOTA 8,5

4.
A MONTANHA SAGRADA
De Alejandro Jodorowsky
Com Alejandro Jodorowsky, Horácio Salinas, Zamira Saunders, Juan Ferrara, Adriana Page, Burt Kleiner, Valerie Jodorowsky, Nicky Nichols, Richard Rutowski, Luis Loveli, Ana De Sade
Ficção/Drama
Conto fantástico sobre os indivíduos mais poderosos do Sistema Solar, que estão prestes a se transformar em deuses para dominar o universo.
A trama poderia ser um blockbuster ou algum filme trash. Mas transcende os limites de quaisquer das duas especificações. E tudo pela direção e roteiro do diretor Alejandro Jodorowsky, que mais parece uma mistura de David Cronenberg com David Lynch, só que com uma marca própria. E é graças a essa marca que se vê algumas dezenas das cenas mais bizarras que já aconteceram nos cinemas. Para se ter uma idéia, temos um terráqueo (sugestivamente parecido com Cristo) perseguido por dezenas de crianças nuas (que aparecem mortas dentro de um caminhão), sendo apedrejado por elas, imitando um sapo depois da explosão do circo de sapos que imitam soldados maias. Tintas saindo das pessoas como se fossem sangue, máquinas tendo orgasmos, nádegas servindo como forma de pinturas, etc. Mas tais cenas não aparecem aleatoriamente. Há dezenas de questionamentos religiosos, filosóficos, psicológicos,existenciais, históricos,políticos e até sócio-ecônomicos. Um filme extremamente denso, chocante, engraçado e imperdível para quem curte o chamado cinema alternativo.
NOTA 9,5

5.
A NAVE DOS MONSTROS
De Rogelio A. González
Com Eulalio González "Piporro", Ana Bertha Lepe, Lorena Velázquez
Ficção
O último homem de Vênus morre deixando um planeta cheio de mulheres solitárias. A regente venusiana decide então mandar as belas Gamma e Beta numa missão: encontrar machos de qualidade em outros planetas. Em sua busca pelo universo, elas capturam vários espécimes, mas todos monstruosos.
A mostra de ficção científica mexicana demonstra a ingenuidade de um cinema, que contrasta com os milhões de dólares de Hollywood. A Nave dos Monstros caracteriza-se por ser engraçado pela sua inocência. O herói da trama é o mocinho típico do México, algo parecido com um cowboy norte-americano. Ninguém acredita nas proezas que ele conta, e logicamente quando a nave das duas venusianas aparece, ninguém liga para suas histórias, dessa vez verdadeiras. As duas se apaixonam por ele, só que uma delas é uma vampira que tenta dominar o mundo. Cabe ao mocinho enganá-la e derrotar todos os monstros que se aliam à vampira. O restante dá pra imaginar. Efeitos especiais toscos e história simplória, mas muito divertida.
NOTA 6,0

quinta-feira, outubro 12, 2006

FRASES CINEMA SETEMBRO

Selecionei dez frases de filmes que eu vi recentemente,em sua maioria. Peço a todos que votem, nos comentários, em uma das frases que acharem a melhor (seja porque é a mais engraçada, mais construtiva,etc) e em outra frase, que acharem a pior das dez. O resultado será conhecido no final do mês! Podem indicar as frases apenas pelo seu número correspondente e,se possível,dizer os motivos que o levaram às determinadas escolhas.

1-As pessoas não deviam temer seu governo. O governo é que devia temer seu povo.
V de Vingança, de James McTeigue

2-O mundo seria muito melhor se o alugássemos.
Obrigado por Fumar,de Jason Reitman

3-Você é igual à decadência refletida em tudo.Todos fazemos parte da mesma podridão. Somos o único lixo que canta e dança no mundo.
Clube da Luta, de David Fincher

4-Você conhece as pessoas pelos presentes que mandam.
Traffic, de Steven Soderbergh (Frase do juiz interpretado por Michael Douglas)

5-Nada é verdade, tudo é permitido.
Mistérios e Paixões, de David Cronenberg

6-A perfeição é um erro.
El Topo, de Alejandro Jodorowsky

7-Você é merda. Mas pode virar ouro.
A Montanha Sagrada, de Alejandro Jodorowsky

8- Para fazer o certo, às vezes temos de ser fortes e desistir daquilo que mais queremos. Até dos nosso sonhos.
O Homem-Aranha 2,de Sam Raimi

9-Ele está tão tranquilo que quando dorme são as ovelhas que o contam.
O Assalto,de David Mamet

10-As pessoas te dizem apenas aquilo que você precisa ouvir.
Matrix,dos Irmãos Wachowski

domingo, outubro 08, 2006

RANKING FRASES AGOSTO

MELHOR

1°)Efeito Borboleta, de Eric Bress e J.Mackye Gruber - 4
Algo tão pequeno quanto o vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.

2°) Traffic, de Steven Soderbergh – 3
Sabe,quando Kruschev foi forçado a entregar o cargo, ele se sentou, escreveu duas cartas e deu-as ao seu sucessor, dizendo 'Quando estiver numa situação da qual não haja saída,abra a primeira carta e estará a salvo. E,quando estiver em outra situação igual,abra a segunda.' Logo, o sucessor se achou num mato sem cachorro e abriu a primeira carta,que dizia:'Ponha a culpa de tudo em mim.' (...) Ele se achou em outra situação difícil e abriu a segunda carta. Dizia: "Sente-se e escreva duas cartas".

3°) Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de Michel Gondry – 3
Felizes são os esquecidos,pois recebem as melhores desforras de seus erros.

PIOR

1°) Batman Begins, de Christopher Nolan - 4
Não é quem eu sou por dentro, mas o que eu faço é o que me define.

2°) Tempestade do Século,de Craig R.Baxley - 2
Este mundo não faz fiado,você paga um preço todo dia. Às vezes você paga pouco, em geral paga muito. E de vez em quando gasta tudo o que tem.

3°) O Plano Perfeito, de Spike Lee – 1
Inevitavelmente, quanto mais você foge de seus pecados, mais exausto estará quando forem revelados.

OBS: Para efeito de desempate na categoria A, são considerados os totais de votos na categoria B. Por exemplo, se o filme X e o filme Y têm 2 votos para melhor frase, mas enquanto X tem 1 voto para pior frase e Y tem 0 votos para essa mesma categoria, o filme Y fica em uma posição melhor que o filme X.