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segunda-feira, abril 16, 2007

RESENHA DE FILMES 18


SUNSHINE - ALERTA SOLAR
De Danny Boyle
Com Cillian Murphy, Rose Byrne, Cliff Curtis, Troy Garity, Michelle Yeoh
Ficção Científica
No futuro, um grupo de astronautas, a bordo da Icarus II, tenta impedir a extinção do Sol, algo que a nave anterior, Icarus, não conseguiu. Sabendo da responsabilidade de ser a última esperança do planeta, o grupo enfrenta dificuldades em sua jornada.
Boyle (Cova Rasa, Trainspotting, Extermínio) dirige um filme de altos e baixos. Seu esperado Sunshine (não é todo dia que um diretor cult faz um filme de grande orçamento!) não rendeu o que era esperado. Temos belas homenagens a 2001 - Uma Odisséia no Espaço, do figurino dos astronautas ao dilema entre humano e máquina. E nesse ponto, Boyle acerta o passo, mostrando (o que já pode ser considerado características de suas obras) até que ponto erros pessoais podem interferir e atrapalhar um determinado grupo. Há referências também a Solaris e a Alien. É então que a trama perde-se em um emaranhado de clichês, negando toda a narrativa criada anteriormente. Não que a parte final seja de todo ruim, mas a existência do "quinto passageiro" não ajudou para o crescimento da história. E os dilemas existenciais e científicos ficaram perdidos em cenas de ação confusas e desnecessárias. De qualquer forma, o filme tem seus destaques como o ótimo elenco, bem como a variedade da personalidade de cada um. Os efeitos especiais poderiam ser melhores, mas até certo ponto foram compensados pela história envolvente que (mesmo com erros de Física) tinha tudo para estar no topo dos filmes de ficção científica.
NOTA 7,5



PEQUENA MISS SUNSHINE
De Jonathan Dayton e Valerie Faris
Com Greg Kinnear, Toni Collette, Steve Carell, Abigail Breslin, Alan Arkin, Paul Dano
Comédia
O filme conta a história de uma família um tanto estranha: a gordinha Olive, cujo sonho é ganhar um concurso de miss; seu pai, um palestrante que criou nove passos para o sucesso (mas que na verdade é um fracassado); a mãe compulsiva e nervosa; o tio Frank, que tentou se suicidar logo após ser abandonado pelo namorado; o irmão que fez voto de silêncio para virar um piloto e o avô, viciado em heroína. Todos resolvem partir em uma velha kombi rumo ao concurso da Pequena Miss Sunshine, tentando manter o sonho da caçula da família.
A trama tem uma ótima premissa e bons trunfos como o ótimo elenco, tão afinado, que não há destaques; a unidade familiar prevalece. Em tom quase teatral para algumas cenas, a relação entre os personagens cria situações engraçadas naturalmente, sem diálogos exagerados. A jornada de uma família problemática não serve apenas para que ela encontre o rumo objetivado, mas sim, que se reencontre com a normalidade. Mas quem nesse mundo pode criar os limites do que é o normal? Todos somos diferentes, além de sermos vistos também de formas diferentes. O ponto alto do filme _o concurso em si, além do diálogo entre Frank e Dwaine _ sugere que todos temos problemas e para saber enfrentá-los, nao podemos fugir deles. E por incrível que pareça, a trama não demosntra tal fato de forma clichê e sim com bastante originalidade. O que bastou para ser uma das comédias mais interessantes dos últimos tempos.
NOTA 9,0


O SACRIFÍCIO
De Neil LaBute
Com Nicolas Cage, Ellen Burstyn, Molly Parker, Frances Conroy
Suspense
Policial recebe carta de ex-noiva dizendo que a filha dela desaparecera. Ele parte para a ilha onde elas moram a fim de investigar o ocorrido. Mas chegando no lugar, começa a achar estranho o comportamento da habitantes da comunidade pagã local.
Após o final dessa história (se é que pode ser chamada assim), ficam algumas dúvidas: O problema foi o roteiro ruim ou a direção ruim? Ou terá sido o fato de ser uma adaptação, baseada numa obra fraca, que não deixou chances para ser um filme bom? E finalmente, o que um elenco do porte de Nicolas Cage e Ellen Burstyn (do ótimo Réquiem para um Sonho) estão fazendo nesse filme? Cage faz um policial atormentado por um acidente que supostamente tem como vítimas uma mulher e sua filha. Um ótimo gancho para a história...se tivesse sido usada! Chega em uma ilha cujos habitantes são formados por mulheres (e poucos homens, que parecem ser totalmente submissos). Sua ex-noiva afirma que a filha dela desapareceu e desconversa quando Cage pergunta pelo pai! Mais óbvio que isso só novela mexicana! Todas as mulheres da ilha agem de forma superior, mas acabam por girar em torno do protagonista, ora revelando de qualquer forma algumas informações, ora afirmando categoricamente que não podem falar nada. A trama ainda estabelece um paralelo com abelhas, que da forma como foi abordado, já torna a história uma das mais estapafúrdias já feitas. Mas o pior não são os furos no roteiro, a abordagem de cenas desnecessárias ou ainda a falta de coerência nas atitudes dos personagens. O maior problema é que de alguma forma, a trama prende o espectador até um final que consegue ser ainda pior que o filme inteiro. Algum destaque? Talvez a fotografia bem trabalhada e a tentativa de afinação entre o elenco principal. Mas fica apenas na tentativa mesmo.
NOTA 2

sábado, abril 14, 2007

NOVIDADES ABRIL

1.Piratas do Caribe - No Fim do Mundo, que tem estréia mundial para o dia 25 de maio, encerra a trilogia da aventura vivida por Jack Sparrow (Johnny Depp), Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley). Dessa vez, além dos personagens de sempre, um novo vilão vivido pelo chinês Chow Yun-Fat vai atrapalhar a vida dos heróis.
No terceiro filme da franquia de sucesso, Will Turner e Elizabeth Swann tem que resgatar o capitão Jack Sparrow e para isso contam com a ajuda do capitão Barbossa (Geoffrey Rush). A parte final da trilogia foi dirigida por Gore Verbinski, o mesmo dos filmes anteriores.
Fonte: Terra

2.Um filme sobre Jesus ambientado nos dias de hoje, e que deveria ser lançado durante a Páscoa na Itália, despertou a fúria da gigante do setor de bebidas Coca-Cola. A companhia deu início a um processo contra os produtores do longa 7 km da Gerusalemme (Sete Quilômetros de Jerusalém, em tradução livre) devido a uma cena em que Jesus aparece bebendo uma lata do refrigerante.O longa conta a história de um executivo do setor de publicidade em meio a uma crise existencial.Durante a jornada do publicitário a Jerusalém, ele encontra um homem que usa
uma túnica e sandálias e que afirma ser Jesus. Este homem parece ter todas as respostas
certas para os dilemas morais do publicitário.Durante a jornada no filme, há uma cena polêmica: Jesus entra em um carro e abre uma lata de Coca-Cola. Enquanto saboreia o refrigerante, o publicitário afirma: "Deus, que propaganda".
Fonte: Terra

3.Johnny Depp e Antonio Banderas devem participar da seqüência de Sin City. Segundo a MTV americana, eles estão interessados no projeto. Depp quis participar do primeiro Sin City, mas acabou perdendo o papel para Benicio Del Toro, que interpretou Jackie Boy. Segundo o diretor Robert Rodriguez, esta era uma participação muito pequena para ele e não valia a pena. "Mas há um papel melhor para ele em De Volta para o Inferno (conto de Sin City)", garantiu. Rodriguez disse ainda que Depp ficaria bem como o personagem Wallace, um ex-soldado que luta contra as drogas e contra si para salvar a mocinha Esther.Sin City 2 deve estrear em 2008, baseado no volume A Dama Fatal.
Fonte: Terra

4. Mais um nome confirmado no elenco de Speed Racer. Christina Ricci (Igual a tudo na vida, Amaldiçoados) será Trixie, a namorada de Speed Racer (Emile Hirsch, de Meninos de Deus, Os Reis de Dogtown). Com isso, o elenco já tem o casal e os pais de Speed (vividos por Susan Sarandon e John Goodman). Falta escolher o Corredor X.
Na trama do mangá, Speed é o segundo filho de um genial projetista de carros de corrida. Depois que seu irmão foge de casa, Speed - a bordo do potente Mach 5 - torna-se um dos melhores pilotos de todo o mundo. Conforme ele e sua família viajam de circuito em circuito, são observados de longe pelo misterioso Corredor X.A produção marca o retorno de Larry e Andy Wachowski, criadores da trilogia Matrix, à cadeira de roteiristas/diretores. As filmagens começarão em maio e a estréia acontece em 9 de maio de 2008.
Fonte: Omelete

5. A campanha de marketing da produção, com estréia marcada no Brasil para o dia 20 de
junho, já começou a ser divulgada no país.
Para aqueles que ainda não conhecem a história, TRANSFORMERS foi uma série de desenho
animado que virou febre nos anos 80. Crianças do mundo inteiro compravam brinquedos dos
personagens e liam gibis. No filme iremos conhecer esses habitantes do Planeta Cybertron. Um deles, conhecido como "Bumblebee" é um Chevrolet Camaro clássico que ao lado de seus outros de sua raça, assumem formas mecânicas quando estão na Terra. Com capacidade para vários disfarces, como por exemplo, se transformarem em um navio, jato ou em um helicóptero, eles são conhecidos como os Autobots (Operários), que liderados por Optimus Prime, lutam há eras
contra os malignos Decepticons (militares), liderados por Megatron.
Fonte: Cineminha

sexta-feira, abril 06, 2007

RESENHA DE FILMES 17

300
De Zack Snyder
Com Gerard Butler, Rodrigo Santoro, Lena Headey, Dominic West
Épico
No ano de 480 A.C., Esparta se vê ameaçada pelo exército poderoso dos Persas, liderados pelo auto-intitulado Deus-Rei Xerxes. Mesmo desacreditado pelo seu povo,que teme a guerra, o rei Leônidas juntamente com 300 espartanos, trava uma batalha contra mais de 100 mil persas, fato esse que marcou a história da Grécia.
A trama épica gira em torno da HQ escrita por Frank Miller, que prioriza os espartanos, bem como os momentos que antecedem a grande batalha histórica com os persas. Esses são mostrados como os verdadeiros vilões (os que covardemente preparam artimanhas para um inimigo visivelmente em menor número). Mas o que importa é a visão heróica da trama (como na maioria dos relatos mitológicos). Snyder (que dirigiu Madrugada dos Mortos) não faz uma história em quadrinhos em movimento (como Robert Rodriguez em Sin City), mas um épico grandioso e tão bem dirigido que, mesmo sem apresentar um roteiro rico, não torna-se repetitivo ou monótono. Em suas quase duas horas, somos conduzidos a um mundo de conquistas e traições, que não oculta seus monstros mitológicos, verdadeiras metáforas para as mentes ambiciosas que causam terror e destruição a fim de dominar cada vez mais.Butler e Santoro conduzem muito bem seus personagens, com destaque ainda para Lena Headey e sua forte Rainha Gorgo, que conduz planos dentro dos bastidores bastante importantes para a guerra. O filme cumpre o previsto, mas decepciona um pouco na parte técnica (em algumas cenas, temos a sensação que o cenário não é real) e na condução de alguns personagens que pouco participam da história (e por isso mesmo, não têm muito a acrescentar). Exaltando o que realmente importa, Snyder prova que os épicos mitológicos podem ser muito melhor representados. Algo que os fracos Alexandre e Tróia não conseguiram. Mais um ponto para os espartanos.
NOTA 8,5
A RAINHA
De Stephen Frears
Com Hellen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell, Sylvia Syms
Drama
A história gira em torno do período em que a rainha Elizabeth não sabia como agir depois da morte da princesa Diana. Tal acontecimento fez com que ela refletisse sobre a postura adotada pela família real e o distanciamento da mesma em relação ao povo. Enquanto isso, Tony Blair assumia o posto de primeiro ministro, gerando contrastes entre seu governo modernizador e a manutenção das tradições do império.
A Rainha tem vários trunfos. Um deles é o fato de contar uma história ainda recente e seus desenlaces um tanto obscuros. Temos ainda a história sob o ponto de vista da própria rainha, ao invés de uma visão geral de um governo, tão comum em outros filmes sobre reinados. Rainha essa interpretada magistralmente por Helen Mirren (que ganhou, justamente, o Oscar). Um filme obrigatório para quem quer entender o dilema de um mundo totalmente diferente e encarado como ultrapassado e distante. Temos aqui não a divinização de reis e rainhas, mas a humanização dos mesmos, o que torna a trama ainda mais interessante. Não espere um filme sobre a morte de Diana ou sobre a ascensão de Tony Blair ao poder. Tais fatos são coadjuvantes em relação ao verdadeiro tema tratado eficientemente: a dificuldade de mudança e as dúvidas que permeiam a mente de todos, até mesmo de uma rainha.
NOTA 9,0

SCOOP, O GRANDE FURO
De Woody Allen
Com Hugh Jackman, Scarlett Johansson, Woody Allen
Comédia
Estudante de jornalismo participa de uma apresentação do mágico Splendini e durante o número, vê o fantasma de um jornalista que lhe conta um grande furo de reportagem: um milionário famoso é na verdade um perigoso serial killer. Ela e o mágico resolvem investigar o caso para tentar provar a veracidade da informação.
Allen já provou ser um dos mais criativos diretores de cinema já existentes, e reafirmou sua posição com o excelente Match Point (filme que precede Scoop). Mas nessa história sobre fantasmas, investigações e mágica nota-se que faltou mais ousadia. O filme começa confuso e por isso mesmo monótono, mas assim que Allen entra em cena, já podemos nos assegurar que teremos grandes momentos. E fazendo o mágico Splendini, o diretor mostra que mesmo parecendo fazer personagens iguais o tempo todo, ainda assim é engraçado. Sua parceria com Johanson está visivelmente dando certo, uma vez que os dois se sentem bastante a vontade quando estão juntos em cena. Jackman (fazendo mais um protagonista de caráter duvidoso de Allen) prova novamente que sabe fazer qualquer papel. Mas o filme não sobrevive apenas pelos atores e a história só não naufraga por causa do sarcasmo e do ritmo acelerado (quase teatral), ou seja, por causa de características presentes em quase todas as obras do diretor. Uma comédia que diverte sem pretensões. Mas pouco para o gênio criativo que a dirigiu.
NOTA 7,0