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quarta-feira, março 21, 2007

RESENHA DE FILMES 16

LETRA E MÚSICA
De Marc Lawrence
Com Hugh Grant, Drew Barrimore, Campbell Scott
Comédia Romântica
Alex Fletcher é ex-vocalista de uma banda pop que fez muito sucesso na decada de 80. Com uma carreira solo enfraquecida, ele vê sua chance de retomar o sucesso ao receber a missão de compor uma música pra uma estrela da música pop atual. Como nunca foi letrista, vê seu objetivo ficar mais difícil até que conhece Sophie Fisher, que mostra ser uma ótima parceira de composição para o cantor.
Mais uma vez Hugh Grant parece encarnar o "playboy ricaço que não se preocupa com nada além de pegar mulheres", mas em Letra e Música ele adiciona detalhes que fazem toda a diferença, com trejeitos que mais parecem inventados por Johnny Depp e caras e bocas a la Jack Nicholson. Desde o modo característico ao falar até o modo anos 80 de agir e de vestir, Grant desligou o piloto automático de suas interpretações dos últimos filmes para fazer um personagem na medida certa, sem caricaturas. Barrimore utiliza um tom teatral, dinamizando suas cenas e mostrando estar bem integrada a Grant. Apesar das boas interpretações, não é uma comédia para rir muito e nem um romance para emocionar muito. Apenas um bom filme, bem dirigido, com uma trilha sonora própria (Grant surpreende nos vocais) e um roteiro simplório, mas bem contado. Mais do que uma boa comédia romântica precisa.
NOTA 7,5

ROCKY BALBOA
De Sylvester Stallone
Com Sylvester Stallone, Burt Young, Antonio Tarver
Drama
Rocky está aposentado e administra um restaurante, onde conta aos clientes várias histórias de sua carreira. Mas uma luta virtual entre ele e o atual campeão dos peso-pesados faz com que ele pense que ainda pode tentar voltar aos ringues.
Depois do fracasso de Rocky 5, parecia que não teríamos o boxeador de volta às telas. E com ele, Stallone experimentou um declínio cada vez maior (salvo o razoável Ronin). Mas para surpresa de muitos, Rocky Balboa veio em uma hora oportuna assim como o primeiro da série (vencedor do Oscar de melhor filme, em 1976). Stallone faz de seu protagonista um espelho para sua própria carreira e com isso, faz seu depoimento emocionado de que ainda pode, ainda consegue, buscando ser reconhecido pelo menos mais uma vez pelo que ele sempre fez. O filme segue uma linha melancólica, desde a saudade de Rocky por sua amada Adrian, por suas histórias nostálgicas de suas grandes lutas ou ainda pela tentativa de resgatar um passado vitorioso. Qualquer pessoa que viveu grandes aventuras e hoje em dia apenas colhe os frutos de um passado distante, identifica-se com o personagem. Rocky não é apenas um filme de luta (ao contrário de alguns filmes da série). Há elementos muito mais importantes que a luta final. Valores como reconhecimento, persistência e ambição estão presentes na trama. Parafraseando o roteiro, Rocky diz "lutadores lutam". Stallone, certamente, completaria: "e atores atuam!".
NOTA 8,0
NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO
De Richard Eyre
Com Judi Dench, Cate Blanchett, Alice Bird, Tameka Epson, Bill Nighy
Drama
Sheba Hart começa a dar aulas de arte em uma escola tradicional e começa uma amizade com Barbara, professora de história. Esta descobre que Sheba mantém um romance com um aluno e decide manter esse segredo, a fim de ganhar poder e influência sobre a amiga.
A trama gira em torno de duas mulheres diferentes: uma veterana segura de si, que mantém seus passos calculados para conseguir o que almeja e uma insegura mulher que busca encontrar sua verdadeira identidade: o papel da esposa dedicada ou da aventureira. E a história cria forças nas mãos de Judi Dench e Cate Blanchett (merecidamente indicadas ao Oscar). São elas que nos conduzem a uma atmosfera de suspense e tensão, que vai crescendo a cada cena. Bill Nighy (lembra-se do roqueiro veterano de Simplesmente Amor?) mais uma vez está fantástico, no papel do marido dedicado de Sheba. Richard Eyre prova ser um ótimo diretor de atores e explora mais esse lado que as cenas propriamente ditas. Destaque também para a ótima trilha sonora (também indicada ao Oscar) e para a montagem, que nos coloca no lugar ora de Sheba ora de Barbara, só revelando determinadas situações na hora certa. Denso e complexo, por mais simples que possa parecer.
NOTA 9,0

3 comentários:

  1. Anônimo9:25 AM

    Você sabe oq eu penso em relação a série Rocky Balboa. São filmes q contam uma estória de uma pessoa comum, sem ambições, sem maldade, sem estudo, enfim, uma estória daquele q nos deu uma lição de vida. É como eu digo, é um filme do stallone para os fãs. É o último, o fim de um campeão, ñ só na tela como na vida real. Stallone ainda pode sim, atuar bem, muito bem, pq o espírito de lutar ñ morre...
    Minha nota é 10 e por um motivo só: Lições como essa ñ encontramos todos os dias e qdo vem alguém e nos mostra como é importante acreditarmos em nós mesmos, renovamos as esperanças e caminhamos mais uma vez.
    abraços

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  2. Com relação ao "Musica e Letra"
    Pois é... eu curti os anos 80.. me identifiquei com o filme em varios aspéctos!
    Até hj eu e minha namorada começamos a dançar qd ouvimos a musica!! e tem amigos meus passando pelo mesmo.. ou seja.. o filme tem uma estrutuira muito boa! As musicas foram muito bem desenvolvidas só para o filme!
    Hugh Grant é otimo e estava melhor ainda nesse filme.
    Voce assite o filme do começo ao fim e nao cansa.

    Acho que 7,5 foi baixo... quero ver a nota que vai ter pro novo filme do Matt Damon.

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