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segunda-feira, agosto 13, 2007

RESENHA DE FILMES 23

À PROCURA DA FELICIDADE
EUA/2006
De Gabriele Muccino
Com Will Smith, Jaden Smith, Thandie Newton, Brian Howe
Drama
Jovem casado começa a se sentir em dificuldades financeiras quando seu negócio de vendas não dá certo e sua única chance de crescimento profissional é um estágio de seis meses não remunerado. Para agravar ainda mais a situação, sua esposa o abandona deixando-o sozinho com o filho do casal.
Baseado em fatos reais, a trama analisada de longe até parece tratar-se apenas de mais uma história dramática feita apenas para emocionar e não para refletir. Mas o roteiro é bem amarrado, existem ótimos diálogos entre pai e filho (o surpreendente Will Smith e seu filho na vida real Jaden), além das discretas ironias que divertem e servem pra amenizar o clima melodramático do filme. Os dilemas reais e pequenos fatos corriqueiros que acabam dificultando mais a vida dos protagonistas fazem com que o espectador realmente torça por eles e se envolva a cada cena. Méritos de Gabriele Muccino, que se destaca por transformar algo batido em uma competente história. O sonho americano do "homem pobre que consegue vencer na vida e ficar milionário" está por toda a parte, mas ao contrário de muitas produções, nesta tal fato ajuda a enriquecer a trama. Pode não ser inovador, mas ainda assim ajuda a lembrar como o ser humano pode chegar embaixo do poço e mesmo assim ter forças para se levantar.
NOTA 8,0

NÚMERO 23
EUA/2007
De Joel Schumacher
Com Jim Carrey, Virginia Madsen, Logan Lerman, Danny Huston
Suspense
Homem recebe um livro de presente, de sua esposa,intitulado Número 23. Em meio ao trabalho chato e rotineiro, ele começa a ler a história. Aos poucos, começa a notar semelhanças entre ele e o protagonista. Quando descobre que o personagem ata sua própria esposa, ele começa a lutar para que a ficção não se torne realidade.
A trama tem uma boa premissa, que chama atenção logo de início, com várias referências ao número 23. Pena que a obsessão pelo número é tão grande que tais repetições do tema começam a se tornar dispensáveis. Fora isso, temos um roteiro interessante, com histórias paralelas: a vida do protagonista do filme (Jim Carrey), e a do protagonista do livro, também interpretado pelo ator. As situações quase absurdas podem parecer que a trama acarretará em um festival de absurdos ainda maior. Mas a história se segura a tempo, opta por um final não muito surpreendente em sua meia hora final, mas que explica todos os pontos estranhos do filme. Carrey prova mais uma vez ser um ótimo ator dramático e Schumacher enfim se redime com uma razoável direção.
NOTA 7,0


A PROMESSA
China,Japão,Coréia do Sul/2005
De Kaige Chen
Com Dong-Kun Jang, Hiroyuki Sanada, Nicholas Tse, Hong Chen
Aventura
Garota recebe visita de deusa e faz um trato com ela: conseguirá ter todas as riquezas do mundo, mas em troca não terá o amor de nenhum homem. Quando cresce, vê dividida entre sua promessa e a paixão por alguém que salvou sua vida.
Os filmes orientais passaram a ter fama em duas frentes: os de terror, graças a O Chamado, e os épicos, graças a "O Tigre e o Dragão". Desse último estilo, temos ótimos exemplos de tramas, como "O Clã das Adagas Voadoras" e "Herói". "A promessa" quase põe por água abaixo tudo o que esse estilo conquistou até agora. O festival de absurdos começa na visita da deusa no começo da trama e se arrasta com ela caminhando sobre às águas e um exército cujas vestimentas fazem parecer com que tudo aquilo seja o desfile do Salgueiro (sim, porque as "fantasias" eram todas vermelhas!). Como se não bastasse, vemos escravos se comportando como cachorros, transportando seus amos como se fossem burros de carga, além de dar saltos enormes como se fossem sapos gigantescos. Sem falar das corridas "mais rápidas que o tempo" que não são mais que a velha e batida aceleração de câmera. Cavalos com perucas vermelhas, cortes de câmera que lembram filmes B da década de 70. E o vilão? Cheio de penachos brancos, dono de uma gaiola dourada, que é sua masmorra (!), mais parece uma galinha afetada. As batalhas quase poéticas do filme de Ang Lee se tornam ridículas e mal coreografadas nessa trama. Depois de tudo, até que o final parece ser razoável. Mas não o suficiente. Os criadores de "Todo Mundo em Pânico" já não podem criar uma sátira aos épicos orientais. Parece que já existe.
NOTA 1,5

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