11-11-11
(11-11-11)
EUA/2011
De Darren Lynn Bousman (Jogos Mortais 2, Jogos Mortais 3, Jogos Mortais 4)
Com Timothy Gibbs, Michael Landes, Wendy Glenn, Denis Rafter
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1712159/
Terror
Depois da morte da esposa e do filho, um famoso autor viaja pra Espanha para visitar o irmão,que é padre, e o pai. Logo ele percebe que sua vida está ligada a estranhos acontecimentos que envolvem o número 11. Ele então tenta se preparar para o que quer que aconteça em 11/11/11.
Confira abaixo o trailer do filme:
A trama dessa besteira que quer ser um filme é tão fraca que nem pra rir ela serve. Em nenhum momento há uma história que prenda a atenção do espectador. Os personagens não tem personalidade alguma e mesmo as cenas de terror, que são poucas, soam aleatórias e ridículas.
"Estou procurando uma boa história!"
O filme até esboça uma tentativa de consertar as coisas no final, com um desfecho a la Jogos Mortais (o cineasta é envolvido com três filmes da série, inclusive com o bom Jogos Mortais 2). Porém, quando o espectador vê as partes de flashback com diálogos que "esclarecem" a trama, percebe que esses mesmos diálogos não ajudam a construir ou descobrir o final. São apenas falas soltas que tem um pouco a ver com a conclusão, mas que poderiam ter se encaixado com quase qualquer coisa, tamanha a artificialidade do roteiro.
O novo filme de Darren Lynn Bousman parece ser apenas oportunista e provavelmente deve ter sido feito às pressas para que o lançamento mundial fosse na data do título do filme. Porque se não fosse, perderia a única razão pela qual existe.
NOTA 2,0
terça-feira, novembro 29, 2011
segunda-feira, novembro 28, 2011
O PREÇO DO AMANHÃ
O PREÇO DO AMANHÃ
(In Time)
EUA/2011
De Andrew Niccol (Gattaca - Experiência Genética, Simone - Nasce uma Super Estrela, O Senhor dos Armas)
Com Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Cillian Murphy, Johnny Galecki
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1637688/
Ficção Científica
O mundo descobriu uma maneira das pessoas viverem eternamente. Porém, para controlar a superpopulação, todas as pessoas tem um contador implantado na pele que aciona aos 25 anos e a partir dali, só se tem apenas 1 ano. Dependendo da condição social, consegue-se prorrogar esse contador infinitamente. Will Salas, que vive em uma região considerada pobre, tenta conseguir mais tempo para ele e sua mãe.
Confira abaixo o trailer do filme:
O novo filme de Andrew Niccol, diretor dos excelentes Gattaca e O Senhor das Armas e roteirista de O Show de Truman, é mais um filme com premissa bastante original. Tanto que parece saído das páginas de algum gênio da ficção científica como Asimov ou Philip K.Dick.
Na trama, não existe dinheiro. Na verdade, a moeda do mundo é o tempo. Um café custa alguns minutos que são tirados na hora do seu contador. O salário é pago aumentando seu tempo. As pessoas podem inclusive passar dinheiro, bastando pegar no braço da outra e transferir a soma que quiser. E, como nossa sociedade, logicamente existem desigualdades sociais. Para demonstrar tal situação, existem os fusos, onde os ricos vivem em segurança e para chegar lá, é preciso gastar vários meses. Algo que alguém da parte mais pobre da região nunca faria.
"Vamos correr antes que algum inimigo do Napster nos alcance!"
O protagonista, Will Salas, vive nos guetos, onde o nível de violência é bastante alto. Uma determinada situação vai levá-lo ao fuso mais rico, onde confrontará a dura realidade do mundo. Lá ele conhece também uma garota com espírito de aventura, algo cada vez mais raro em uma camada acostumada a viver com seguranças em toda parte.
O filme rende boas sacadas, como a existência dos agentes do tempo, uma espécie de força policial da sociedade. O elenco não compromete e a história tem estilo cult. Porém, todo o ar de ficção científica se perde um pouco com a falta de elementos futurísticos e poucas questões existenciais, além de um certo exagero em mostrar um romance entre os protagonistas. Apesar de tudo isso, é mais um acerto na carreira do excelente e original cineasta.
NOTA 8,0
(In Time)
EUA/2011
De Andrew Niccol (Gattaca - Experiência Genética, Simone - Nasce uma Super Estrela, O Senhor dos Armas)
Com Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Cillian Murphy, Johnny Galecki
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1637688/
Ficção Científica
O mundo descobriu uma maneira das pessoas viverem eternamente. Porém, para controlar a superpopulação, todas as pessoas tem um contador implantado na pele que aciona aos 25 anos e a partir dali, só se tem apenas 1 ano. Dependendo da condição social, consegue-se prorrogar esse contador infinitamente. Will Salas, que vive em uma região considerada pobre, tenta conseguir mais tempo para ele e sua mãe.
Confira abaixo o trailer do filme:
O novo filme de Andrew Niccol, diretor dos excelentes Gattaca e O Senhor das Armas e roteirista de O Show de Truman, é mais um filme com premissa bastante original. Tanto que parece saído das páginas de algum gênio da ficção científica como Asimov ou Philip K.Dick.
Na trama, não existe dinheiro. Na verdade, a moeda do mundo é o tempo. Um café custa alguns minutos que são tirados na hora do seu contador. O salário é pago aumentando seu tempo. As pessoas podem inclusive passar dinheiro, bastando pegar no braço da outra e transferir a soma que quiser. E, como nossa sociedade, logicamente existem desigualdades sociais. Para demonstrar tal situação, existem os fusos, onde os ricos vivem em segurança e para chegar lá, é preciso gastar vários meses. Algo que alguém da parte mais pobre da região nunca faria.
"Vamos correr antes que algum inimigo do Napster nos alcance!"
O protagonista, Will Salas, vive nos guetos, onde o nível de violência é bastante alto. Uma determinada situação vai levá-lo ao fuso mais rico, onde confrontará a dura realidade do mundo. Lá ele conhece também uma garota com espírito de aventura, algo cada vez mais raro em uma camada acostumada a viver com seguranças em toda parte.
O filme rende boas sacadas, como a existência dos agentes do tempo, uma espécie de força policial da sociedade. O elenco não compromete e a história tem estilo cult. Porém, todo o ar de ficção científica se perde um pouco com a falta de elementos futurísticos e poucas questões existenciais, além de um certo exagero em mostrar um romance entre os protagonistas. Apesar de tudo isso, é mais um acerto na carreira do excelente e original cineasta.
NOTA 8,0
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2011,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
quinta-feira, novembro 24, 2011
A PELE QUE HABITO
A PELE QUE HABITO
(La Piel que Habito)
De Pedro Almodóvar (Carne Trêmula, Volver, Fale com Ela, Tudo Sobre Minha Mãe, Ata-me, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos)
Com Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1189073/
Drama
Um cirurgião plástico, atormentado por uma tragédia do passado, cria uma pele sintética resistente a qualquer ferimento ao passo que esconde um segredo: mantém presa em sua casa uma mulher, na qual testa todas suas experiências.
Confira abaixo o trailer do filme:
Almodóvar dessa vez decide se aventurar nas histórias de horror clássicas, mas logicamente com uma assinatura forte dele. Temos então o cientista louco com sua cobaia mantida a sete chaves e uma estrutura de criatura x criador. Só que estamos falando de um filme de Almodóvar, então não pode faltar personagens esquisitos (como o brasileiro Zeca, ou simplesmente El Tigre!), uma carga melodramática familiar, cenas extremamente coloridas (ainda mais para um filme com toques de terror!) e cenas absurdas e exageradas.
"Até que você é mais bonita que o Frankestein!"
Essas características faz com que os filmes do diretor sejam do tipo ame ou odeie. Porém, temos mais acertos que erros nessa trama clássica de três atos, que inverte a ordem (o segundo ato é contado antes do primeiro), o que acaba ajudando a apresentar a grande reviravolta da história. Não se pode negar que Almodóvar faz uma releitura extremamente inovadora da clássica história de Frankestein.
A história ainda ganha contornos insanos com a brilhante interpretação de Antonio Banderas, que consegue expressar toda a loucura do personagem apenas com um olhar. Marisa Paredes também faz boa participação, fazendo uma clássica personagem de Almodóvar, núcleo melodramático do diretor. Sem dúvida, o melhor filme dentre os mais recentes de Almodóvar.
NOTA 8,0
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CINEMA ESPANHOL,
RESENHAS DE FILMES
terça-feira, novembro 22, 2011
OS 3
OS 3
(Os 3)
Brasil/2011
De Nando Olival (Domésticas)
Com Gabriel Godoy, Victor Mendes, Juliana Schalch, Sophia Reis
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt2016959/
Drama
Três jovens se conhecem em uma festa e decidem dividir um apartamento. Eles fazem apenas um pacto: nada de sexo entre eles. Com o passar do tempo, eles vêem como é difícil não quebrar esse pacto. A relação entre eles fica cada vez mais complicada quando decidem participar de um misto de site de vendas com reality show, instalando câmeras em todo o apartamento deles. A partir de então, passam a criar personagens para motivar o interesse do público.
A trama tem uma ótima premissa, mas carece de atores mais experientes e não aproveita todas as idéias que poderiam surgir. A ideia dos protagonistas criarem personagens, e a mistura de ficção com realidade poderia ter sido melhor trabalhada.
A trama segue a linha de filmes como "Três Formas de Amar" e "Os Sonhadores". O que poderia parecer clichê, acaba por ser inovador devido as tais câmeras instaladas por todos os cômodos do apartamento do trio. Cazé, com ar de malandro, começa a ter um caso com Camila. Já Rafael, o mais tímido e fechado, tem dificuldades em confessar seu amor por Camila. E esse conflito de relacionamentos acaba por abalar a amizade entre eles.
"Será que a gente ganha a vaga no filme "Os Sonhadores" 2?"
Nando Olival traz o conceito de triângulo amoroso moderno á tona novamente, com boas idéias que infelizmente não chegaram ao potencial que tinham. Contudo, "Os 3" tem boas sacadas, diálogos interessantes e temática diferente do que os demais filmes nacionais costumam investir.
NOTA 7,0
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CINEMA BRASILEIRO,
RESENHAS DE FILMES
segunda-feira, novembro 21, 2011
CONTÁGIO
CONTÁGIO
(Contagion)
De Steven Soderbergh (Onze Homens e um Segredo, Che, Traffic, Solaris, Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento, O Desinformante!)
Com Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Laurence Fishburn, Kate Winslet, Jude Law, John Hawkes, Marion Cotillard
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1598778/
Drama
Um vírus começa a se espalhar pelo mundo, matando milhares de pessoas. Médicos investigam as possíveis origens da doença, investigando a primeira vítima, esposa de um sujeito imune ao vírus. Enquanto isso, um famoso blogueiro entra em conflito com os laboratórios de pesquisa que buscam uma possível vacina.
A trama coloca vários personagens em situações diferentes, onde a história de alguns se interligam e a de outros são completamente paralelas. Nesse rol de situações e personalidades (alguém falou em Robert Altman?), Soderbergh mostra que não só sabe lidar com essas características, como consolida o fato como sua principal forma de fazer um filme. Afinal, seus melhores filmes são assim, como Traffic, Che e a trilogia Onze Homens e um Segredo.
Em "Contágio", ele analisa personagens diversos, como um médico acusado de pôr responsabilidades pessoais a frente de compromissos públicos, um blogueiro paranóico que acusa os laboratórios de pesquisa com teorias conspiratórias, um sujeito que perde a esposa e o filho, ao mesmo tempo que descobre que ele próprio é imune ao vírus, etc. São esses personagens, e não a história em si, que conduz a trama.
"Vamos embora, pelo visto esse supermercado não tem nada de interessante!"
O filme caminha como se fosse um documentário, acompanhando a rotina de investigação da origem do vírus, o caos que toma conta da população a cada dia que passa, além de analisar a reação dos personagens ao que ocorre ao seu redor. A trama poderia descambar para a monotonia e o clichê, caso não fosse muito bem dirigido e com um elenco sensacional e inspirado, com destaque para Jude Law, como o paranóico blogueiro, e Kate Winslet, que conduz as investigações que tentam conter a epidemia. Soderbergh, como herdeiro de Altman, mostra mais uma vez sua competência e versatilidade.
NOTA 7,5
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CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
quinta-feira, novembro 10, 2011
O PALHAÇO
O PALHAÇO
(O Palhaço)
Brasil/2011
De Selton Mello (Feliz Natal)
Com Selton Mello, Paulo José, Giselle Motta, Teuda Bara, Moacyr Franco
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1921043/
Comédia
A história do palhaço Pangaré, que faz dupla com seu pai, o palhaço Puro-Sangue no circo Esperanza. Todos o acham engraçado, mas ele na verdade não é tão feliz quanto parece no picadeiro, a começar pelo seu dilema sobre quem realmente ele quer ser.
Confira abaixo o trailer do filme:
Selton Mello dirige, estrela, roteiriza e monta a trama que apesar de ser apenas um fiapo de história, consegue encaixar momentos de pura reflexão, criando um personagem do palhaço deprimido, que vive no eterno dilema de não saber se está no lugar certo. O filme, apesar de ser uma comédia (com cenas impagáveis como a do delegado Justo, interpretado por Moacyr Franco), tem também seus momentos dramáticos, mas nada melancólico como foi seu primeiro filme.
Selton Mello: "Meu nome não é Johnny, é Pangaré!"
A trama acompanha as andanças do circo Esperanza de cidade em cidade, as pessoas que aparecem pelo caminho, as características de cada integrante da trupe, tudo isso em um estilo próprio de Selton Mello, que claramente se influenciou em Fellini, apresentando tipos bizarros, com cores berrantes, e com cenários envolvendo cidades pequenas e pessoas simples.
Não espere uma história rebuscada, com reviravoltas e um final apoteótico. "O Palhaço" é simplista desde o momento de sua criação até o final da trama. Porém, o caminho percorrido pelo protagonista é bastante interessante, engraçado e até mesmo emocionante. Selton Mello prova que não é apenas um bom ator, mas também um diretor bastante promissor.
NOTA 8,0
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-COMÉDIA,
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