FLORES PARTIDAS
De Jim Jarmusch
Com Bill Murray,Julie Delpy,Sharon Stone
Drama
Don Johnston,ex-técnico de computadores milionário, passa os dias e noites em frente da televisão, assistindo a filmes e tomando vinho. Nem liga quando a mulher decide abandoná-lo. Logo depois,recebe uma carta anônima que revela a existência de um filho. Aconselhado pelo vizinho etíope, sai em busca do rapaz, seguindo a trilha de suas namoradas antigas.Um filme que mostra a experiência de novas descobertas,os anseios por mistérios do passado, as mudanças de comportamento e sobretudo, a busca por um ideal. O final dessa busca não é o que mais importa, e sim o caminho que o protagonista faz para alcançar seu objetivo. É neste caminho que sua vida é passada a limpo, e juntamente com ele, conhecemos mais sobre sua personalidade através das suas paixões antigas. Bill Murray interpeta com maestria um personagem ora desligado ora curioso. Jarmusch prova com Flores Partidas que encontros e desencontros podem ser bem mais interessantes sob outro ponto de vista. No mais, bela fotografia, roteiro bem amarrado, podendo incomodar em certos momentos por certa lentidão.
NOTA 8,0
GUERRA DOS MUNDOS
De Steven Spielberg
Com Tom Cruise, Katie Holmes
Ficção Científica
Homem (Tom Cruise) divorciado tenta proteger filhos de uma invasão alienígena. Para isso, atravessa a cidade em busca de segurança. O filme todo está descrito nessa sinopse de duas frases. E para aumentá-la, logicamente tive que colocar o nome de Tom Cruise mais uma vez (ops,mais uma!), senão o astro poderia ficar ressentido! Como se já não bastasse o nome e a figura dele estarem aparecendo mais que o título! A trama em si é ainda pior que o final de A.I. Inteligência Artificial, parecendo que Spielberg perdeu o jeito com ficção científica. Mas será tudo tão ruim assim? Pelo menos os efeitos especiais são razoáveis. E podemos acompanhar Tom Cruise (mais uma vez!) como um pai protetor e destruidor de ET's malvados que querem invadir a Terra. Mas por que eles querem dominar o mundo? Como serão destruídos? Não há uma única sacada inteligente que responda essas perguntas. Ou melhor, o filme pode fazer com que a gente pense da seguinte forma: eles querem dominar o mundo porque são maiores, mais fortes e tem raios!!! Ou então, eles vão ser destruídos porque os humanos sempre ganham nos filmes! É assi que aprendemos vendo Power Rangers, Jaspion e cia. Pelo menos esses últimos eram engraçados. Algo que o filme de Tom Cruise (novamente!) não consegue, ou não quer ser. Mas ,espere,qual é o nome do longa mesmo? Ah, não importa mesmo, é o filme de Tom Cruise.
NOTA 2,0
SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
De Peter Weir
Com Robin Williams, Ethan Hawke
Drama
O professor John Keating chega para lecionar num rígido colégio para rapazes. Mas seus métodos pouco convencionais transformam os alunos, preocupando a direção, que prefere seguir o currículo tradicional e arcaico. Keating, no entanto, acha mais importante mudas a vida de seus aprendizes, tornando-os pensadores, dispostos a tomarem decisões.Um filme é sensacional quando consegue passar alguma sensação para o espectador. Normalmente, em um filme de terror a idéia é passar medo e desespero; na comédia, nostalgia e pensamentos irônicos; na ficção, indagações a respeito do sobrenatural,por exemplo. Uma das funções de um bom drama é passar algo emocionante. E sem apelações. Peter Weir (O Show de Truman) consegue tudo isso numa dimensão inimaginável. Não é difícil imaginar estudantes em um colégio e todos aqueles fatos corriqueiros e contínuos existentes na vida escolar. E todos eles estão lá, vivendo suas pequenas aventuras escondidas, com seus sonhos destruídos por uma carreira imaginada apenas pelos pais. É nesse momento que a figura de Keating toma grande importância.Ele não quer dar aula sobre Shakeaspeare ou Tennyson simplesmente. Quer dar uma aula sobre a vida e a personalidade de cada um de seus alunos. Como eles poderão vencer os obstáculos e tornar seus sonhos possíveis de serem realizados. E a Sociedade dos poetas mortos é um símbolo para essa busca da liberdade e independência. Um filme que choca por sua simplicidade e naturalidade, e por fazer com que as pessoas vejam como elas realmente são. E que provavelmente nunca vão mudar.
NOTA 10,0
O SENHOR DAS ARMAS
De Andrew Nicoll
Com Nicolas Cage, Jared Leto, Ethan Hawke, Ian Holm
Ação
O filme conta a história de uma vendedor de armas, perseguido pelo agente da Interpol Jack Valentine, que almeja um lugar no topo. E para conseguir, usa de traição e astúcia em se desviar de balas. E para a sua surpresa, seu maior inimigo vem de dentro de si próprio, a sua consciência.Andrew Nicoll já mostrou ser competente dirigindo e escrevendo Gattaca, além de também ter sido o roteirista de O Show de Truman. Além disso, foi responsável pela idéia de O Terminal.Com esse curriculo, O Senhor das Armas não poderia deixar de ser competente. Nicolas Cage prova que na mãos de um bom diretor, é um ótimo ator. E a história não se limita a uma boa trama de ação: usa de sarcasmo para criticar a indústria bélica, o poder e a ambição. Tem cenas memoráveis e chocantes, como a do caminho percorrido por uma bala desde a sua fabricação até a sua utilização. Surpreendente e revelador, no sentido de mostrar toda a manipulação dos países ricos em relação a guerras civis que comumente ocorrem em países pobres. Nicoll prova que um filme de ação pode fazer com que as pessoas reflitam.
NOTA 8,5
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