De Zack Snyder
Com Gerard Butler, Rodrigo Santoro, Lena Headey, Dominic West
Épico
No ano de 480 A.C., Esparta se vê ameaçada pelo exército poderoso dos Persas, liderados pelo auto-intitulado Deus-Rei Xerxes. Mesmo desacreditado pelo seu povo,que teme a guerra, o rei Leônidas juntamente com 300 espartanos, trava uma batalha contra mais de 100 mil persas, fato esse que marcou a história da Grécia.
A trama épica gira em torno da HQ escrita por Frank Miller, que prioriza os espartanos, bem como os momentos que antecedem a grande batalha histórica com os persas. Esses são mostrados como os verdadeiros vilões (os que covardemente preparam artimanhas para um inimigo visivelmente em menor número). Mas o que importa é a visão heróica da trama (como na maioria dos relatos mitológicos). Snyder (que dirigiu Madrugada dos Mortos) não faz uma história em quadrinhos em movimento (como Robert Rodriguez em Sin City), mas um épico grandioso e tão bem dirigido que, mesmo sem apresentar um roteiro rico, não torna-se repetitivo ou monótono. Em suas quase duas horas, somos conduzidos a um mundo de conquistas e traições, que não oculta seus monstros mitológicos, verdadeiras metáforas para as mentes ambiciosas que causam terror e destruição a fim de dominar cada vez mais.Butler e Santoro conduzem muito bem seus personagens, com destaque ainda para Lena Headey e sua forte Rainha Gorgo, que conduz planos dentro dos bastidores bastante importantes para a guerra. O filme cumpre o previsto, mas decepciona um pouco na parte técnica (em algumas cenas, temos a sensação que o cenário não é real) e na condução de alguns personagens que pouco participam da história (e por isso mesmo, não têm muito a acrescentar). Exaltando o que realmente importa, Snyder prova que os épicos mitológicos podem ser muito melhor representados. Algo que os fracos Alexandre e Tróia não conseguiram. Mais um ponto para os espartanos.
NOTA 8,5
A RAINHA
De Stephen Frears
Com Hellen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell, Sylvia Syms
Drama
A história gira em torno do período em que a rainha Elizabeth não sabia como agir depois da morte da princesa Diana. Tal acontecimento fez com que ela refletisse sobre a postura adotada pela família real e o distanciamento da mesma em relação ao povo. Enquanto isso, Tony Blair assumia o posto de primeiro ministro, gerando contrastes entre seu governo modernizador e a manutenção das tradições do império.
A Rainha tem vários trunfos. Um deles é o fato de contar uma história ainda recente e seus desenlaces um tanto obscuros. Temos ainda a história sob o ponto de vista da própria rainha, ao invés de uma visão geral de um governo, tão comum em outros filmes sobre reinados. Rainha essa interpretada magistralmente por Helen Mirren (que ganhou, justamente, o Oscar). Um filme obrigatório para quem quer entender o dilema de um mundo totalmente diferente e encarado como ultrapassado e distante. Temos aqui não a divinização de reis e rainhas, mas a humanização dos mesmos, o que torna a trama ainda mais interessante. Não espere um filme sobre a morte de Diana ou sobre a ascensão de Tony Blair ao poder. Tais fatos são coadjuvantes em relação ao verdadeiro tema tratado eficientemente: a dificuldade de mudança e as dúvidas que permeiam a mente de todos, até mesmo de uma rainha.
NOTA 9,0
De Woody Allen
Com Hugh Jackman, Scarlett Johansson, Woody Allen
Comédia
Estudante de jornalismo participa de uma apresentação do mágico Splendini e durante o número, vê o fantasma de um jornalista que lhe conta um grande furo de reportagem: um milionário famoso é na verdade um perigoso serial killer. Ela e o mágico resolvem investigar o caso para tentar provar a veracidade da informação.
Estudante de jornalismo participa de uma apresentação do mágico Splendini e durante o número, vê o fantasma de um jornalista que lhe conta um grande furo de reportagem: um milionário famoso é na verdade um perigoso serial killer. Ela e o mágico resolvem investigar o caso para tentar provar a veracidade da informação.
Allen já provou ser um dos mais criativos diretores de cinema já existentes, e reafirmou sua posição com o excelente Match Point (filme que precede Scoop). Mas nessa história sobre fantasmas, investigações e mágica nota-se que faltou mais ousadia. O filme começa confuso e por isso mesmo monótono, mas assim que Allen entra em cena, já podemos nos assegurar que teremos grandes momentos. E fazendo o mágico Splendini, o diretor mostra que mesmo parecendo fazer personagens iguais o tempo todo, ainda assim é engraçado. Sua parceria com Johanson está visivelmente dando certo, uma vez que os dois se sentem bastante a vontade quando estão juntos em cena. Jackman (fazendo mais um protagonista de caráter duvidoso de Allen) prova novamente que sabe fazer qualquer papel. Mas o filme não sobrevive apenas pelos atores e a história só não naufraga por causa do sarcasmo e do ritmo acelerado (quase teatral), ou seja, por causa de características presentes em quase todas as obras do diretor. Uma comédia que diverte sem pretensões. Mas pouco para o gênio criativo que a dirigiu.
NOTA 7,0
"Um filme obrigatório para quem quer entender o dilema de um mundo totalmente diferente e encarado como ultrapassado e distante."
ResponderExcluirQuem q vai me obrigar? Não aguenta nem 2 minutos de porrada comigo rapá...
vou por teu nome no death note
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