BASTARDOS INGLÓRIOS
EUA/2009
De Quentin Tarantino (Pulp Fiction, Cães de Aluguel, Kill Bill)
Com Brad Pitt, Christoph Waltz, Mike Myers, Mélanie Laurent, Eli Roth, Diane Kruger
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0361748/
Guerra
Tarantino volta aos cinemas brasileiros em grande estilo (seu último filme a passar em grande circuito foi Kill Bill 2, pois "À Prova de Morte" ainda está inédito por aqui). Dessa vez, ele decidiu contar a história de um grupo de rebeldes judeus que constituem uma tropa que mata cruelmente soldados nazistas. Em meio a uma confraternização do alto escalão nazista, planos são traçados para uma emboscada aos alemães.
Bastardos: aqui não tem lugar pra nazista!
O filme, dividido em capítulos muito bem distribuídos, traz logicamente os elementos sempre presentes nas obras de Tarantino. A banalização da violência mostrada de uma forma caricata, as surpreendentes reviravoltas nas mudanças de caráter dos personagens, a intensificação dos diálogos sem perder o fio narrativo, mesmo que passeando por elementos alternativos à história. O sarcasmo continua sempre presente, dessa vez com o fator guerra sendo o condutor. Outro elemento presente é a inversão de papéis seja no duelo judeus x nazistas quanto no confronto heróis x vilões. No elenco, destaque absoluto para Christoph Waltz na pele do Coronel Hans Landa, intitulado o Caçador de Judeus. Ele contrasta de uma forma extrema com Shosanna, pobre judia que vê sua família sendo dizimada a mando de Landa. Brad Pitt interpreta Aldo Raine, líder dos Bastardos, mas sua atuação está aquém do esperado. Pitt está caricato assim como Waltz, porém este último esboça maior naturalidade, interpretando alguém que praticamente pede uma atuação que tende para o exagero. Destaque também para Eli Roth (diretor de O Albergue) e no quase irreconhecível Mike Myers!
Hans Landa: o caçador de judeus e o ladrão de cenas!
A invasão da França pelos alemães na segunda guerra mundial é mostrada de forma irreverente e crítica, inclusive no âmbito artístico.Temos, em duas horas e meia, um punhado de cenas que nasceram antológicas. Logicamente para quem não gosta do estilo do cineasta, a idéia de mais do mesmo é freqüente. Mas o inegável é a marca presente do diretor a cada cena, o que confirma que Tarantino continua o que sempre foi: gênio para uns, pretensioso para outros, porém extremamente peculiar.
NOTA 9,5
quarta-feira, outubro 21, 2009
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