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segunda-feira, novembro 29, 2010

A SUPREMA FELICIDADE

A SUPREMA FELICIDADE
(A Suprema Felicidade)
Brasil/2010
De Arnaldo Jabor (Eu Te Amo, Eu Sei Que Vou Te Amar, Toda Nudez Será Castigada)
Com Marco Nanini, Elke Maravilha, Dan Stulbach, Maria Luísa Mendonça, Maria Flor, João Miguel
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1720038/
Drama

No Rio de Janeiro do pós-guerra, a trama se desenrola em torno de Paulo, dos 8 aos 18 anos, que testemunha as brigas de seus pais por supostas traições, inicia-se na vida noturna através de seu boêmio avô e se apaixona por uma misteriosa jovem que tem uma vida dupla.

Confira abaixo o trailer do filme:



A volta de Arnaldo Jabor na direção de um filme (o último tinha sido o curta Carnaval, de 1990) é marcada pela nostalgia. Tanto com os personagens da trama quanto pela história em si, esbanjando influência de Fellini e seu "Amarcord". É só notar os traços carnavalescos, as figuras típicas como prostitutas, adolescentes descobrindo a sexualidade e críticas sutis à Igreja Católica.














A mulher misteriosa observada pelo protagonista!

A história de Paulo e o ambiente familiar que o cerca é até interessante, principalmente pelas interpretações de Dan Stulbach como o pai frustrado pela sua carreira de aviador mal sucedida e de Marco Nanini como o avô boêmio, que é a quase personificação da felicidade, algo ironicamente raro no filme. Mas Jabor percorre caminhos que parecem não levar a lugar algum, tornando o filme monótono, ultrapassado e com cenas que beiram o absurdo tão bem promovido por David Lynch, mas que aqui soam desnecessários e fora de sintonia com o roteiro.
Talvez o filme fosse tolerável se não passasse das duas horas de duração, tivesse uma linguagem mais direta e não fosse tão pretensioso. Jabor prova que sabe dirigir um grande elenco, mas não se rende à simplicidade e sim apela para cenas exageradamente líricas, que acaba com o naturalismo que o filme poderia ter.

NOTA 3,5

2 comentários:

  1. Fala, Warny!

    Hum... Você me permite discordar de você? Achei um belo filme. E olha que, em geral, não gosto dos comentários do Jabor na TV. Mas fui ao cinema despido de preconceitos e achei um filme que consegue ser "feliz" ou triste, superficial ou profundo, tudo dependendo do olhar de quem vê. Uma boa experiência, eu diria. Abraço!

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  2. Fala Hélio!
    Acredito que um filme complexo como o esse do Jabor possa ser encarado como um boa experiência dependendo das expectativas e estado de espírito da pessoa que o assistir. Ponto para os filmes ditos alternativos e que não seguem o estilo fácil hollywoodiano.

    Abs

    Warny

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