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quarta-feira, abril 23, 2014

AZUL É A COR MAIS QUENTE

(La vie d’Adèle)
França-Bélgica-Espanha/2013
De Abdellatif Kechiche (Vênus Negra, O Segredo do Grão)
Com Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Jérémie Laheurte, Alma Jodorowsky
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt2278871/?ref_=fn_al_tt_1
Romance

                A vida da adolescente Adèle sofre uma grande mudança quando ela conhece Emma, uma jovem mulher de cabelo azul e mais velha que ela. As duas começam um tórrido romance na qual a vida de nenhuma das duas será a mesma.

Confira abaixo o trailer do filme:


               O diretor Abdellatif Kechiche é conhecido por esmiuçar detalhadamente o objeto principal de estudo de seus filmes. Foi assim com “Vênus Negra”, onde os espectadores acompanhavam em todos os detalhes a vida de uma mulher vendida para um circo. Em “Azul é a cor mais Quente” desta vez o cineasta propõe uma análise da descoberta sexual adolescente, mais especificamente do romance entre as protagonistas.












Posso te encontrar meia-noite em Paris?

                A trama envereda pela história de Adèle, que inicialmente tem um envolvimento com Thomas, porém ao não se sentir à vontade com o jovem e perceber a atração por uma colega da escola, Adèle passa a se transformar cada vez mais, até conhecer Emma. Em um nível altamente detalhado da história (mas nunca monótono), o romance entre as duas protagonistas só começa a acontecer na segunda hora de filme.
                O foco da história é mostrar o amor entre as duas jovens, por isso mesmo cenas típicas de filmes desse gênero, como os dramas ocorridos pela descoberta da sexualidade de Adèle pela família dela ou mesmo o romance anterior de Emma e seu desfecho são simplesmente ocultos do espectador, porém facilmente deduzíveis.
                Ao longo de suas três horas, o filme francês poderia facilmente ter sofrido uma edição mais enxuta, principalmente na segunda metade, onde o interesse do espectador já sofre alterações devido ao rumo que a história toma. Quanto às polêmicas cenas entre as duas atrizes, compõe bem a história e expõe sem medos e com extremo realismo o amor que as duas jovens tem uma pela outra. O vencedor de Cannes 2013 merecia muito mais sorte no Oscar (principalmente na atuação de Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos) e sem dúvida é o melhor filme estrangeiro de 2013, mesmo com bons filmes no ano, como “A Caça”.

NOTA 9,0

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