(Trash)
Reino Unido/2014
De Stephen Daldry (Billy Elliot, As Horas, O Leitor, Tão Forte e Tão Perto)
Com Selton Mello, Wagner Moura, Martin Sheen, Rooney Mara
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1921149/?ref_=nv_sr_1
Aventura
Três garotos descobrem uma agenda no lixão em que trabalham. Logo descobrem que a polícia está querendo reaver as informações contidas na agenda custe o que custar. Eles decidem descobrir o que há por trás de tudo, contando com a ajuda de um padre e uma professora de inglês.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme reúne simplesmente três ícones do cinema mundial: Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e sua produtora O2, Stephen Daldry na direção (cujos quatro primeiros filmes da carreira acumulam 19 indicações ao Oscar) e Richard Curtis assinando o roteiro (responsável por filmes como “Quatro Casamentos e um Funeral”, “Um Lugar Chamado Nothing Hill”, “Simplesmente Amor” e “Questão de Tempo”). Além disso, pela primeira vez dois astros do cinema nacional estão reunidos (Wagner Moura e Selton Mello). E de quebra, temos Martin Sheen (Platoon) e Rooney Mara (Millenium) no elenco.
Onde está Lisbela e o prisioneiro?
Com todas essas características, o filme tinha tudo para ser excepcional. E ele quase é excelente, não fosse o roteiro, que prefere achar soluções fáceis e beirando o inverossímil para narrar a aventura de três garotos (que não são atores mas que esbanjam personalidade), com várias cenas de ação e montagem altamente dinâmica, talvez para disfarçar certos momentos que o espectador precisa forçar a barra para aceitar alguns desdobramentos. E ainda por cima, poderiam ter aproveitado melhor os personagens de Wagner Moura (que quase não aparece) e de Selton Mello (um vilão que poderia ter uma interpretação menos contida).
Tirando estes fatores, o filme é uma agradável aventura, com trilha sonora diversificada e bela edição e fotografia (que poderiam quem sabe beliscar uma indicação ao Oscar). Algumas cenas são impactantes (como a do sequestro de um dos garotos) e a trama tem importantes denúncias sociais, se revelando bastante atual.
“Trash” funciona tanto como uma aventura despretensiosa como um filme-denúncia, que mostra a corrupção, desigualdade social e extrema pobreza, mas cuja população nunca perde a esperança. Uma história empolgante, divertida e envolvente que foge aos padrões mais dramáticos do diretor inglês.
NOTA 8,0
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