RESENHAS DE FILMES 8

PIRATAS DO CARIBE 2 - O BAÚ DA MORTE
De Gore Verbinsky
Com Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley,Bill Nighy

Aventura
Will Turner e Elizabeth Shawn são presos e para obterem liberdade terão que encontrar o capitão Jack Sparrow e persuadi-lo a entregar uma bússola que informa a localização de um baú. Tal objeto esconde o coração de uma das criaturas mais malévolas já existentes: Davy Jones, que pretende fazer com que Sparrow pague uma dívida. Na verdade,todos que receberam ajuda de Davy, viraram escravos por décadas, ao mesmo tempo em que foram se transformando em seres híbridos marinhos.

Quando já se pensava que filme de piratas já estavam enterrados no fundo do mar, Piratas do Caribe provou o contrário. E essa segunda parte reafirma o que já tinha sido mostrado. Depp continua dando um show de interpretação como Jack Sparrow. Bloom e Knightley não se esforçam para (ou não conseguem) acompanhar Depp, mas Piratas ainda é um filme de aventura que não exige muito dos personagens. Porém quando temos Johnny Depp no elenco, ele consegue se sobressair a tudo, personagens, história, etc. Ainda temos mais um vilão competente: Bill Nighy como Davy Jones (quase fazendo os espectadores esquecerem o vilão de Geofrey Rush,no primeiro filme). Como toda boa superprodução, temos ótimos efeitos especiais, fotografia e direção de arte. E ainda ótimas tiradas de humor, quase todas envolvendo Sparrow. Há cenas no estilo Missão Impossível, mas que não comprometem a trama que não tem a obrigação de verossimilhança com a realidade. Uma ótima continuação, à altura do original!

NOTA 9,5

SUPERMAN RETURNS
De Bryan Singer
Com Brandon Routh,Kevin Spacey,Marlon Brando,Kate Bosworth, James Marsden
Aventura
O super-herói volta à Terra em meio a artigos que discutem a não necessidade do Superman na vida das pessoas, além de ver Louis Lane praticamente casada e mãe de um filho. Enquanto isso, Lex Luthor, depois de aplicar o golpe do baú e ficar milionário, arma mais um de seus planos.
É fato que o conceito do Superman é muito mais simplório que o dos X-Men. Logo, não se pode tratar as duas histórias com o mesmo grau de dramaticidade e profundidade. Foi nesse ponto que Bryan Singer (Os Suspeitos,O Aprendiz, X-Men) errou a mão, ao tentar priorizar conflito de personagens sem personalidades profundas. Um filme longo (duas horas e quarenta!) com boas
cenas de ação, mas que não conseguem fazer com que o espectador entre no ritmo do filme. E pra piorar,Brandon Routh não convence no papel principal. O ator não consegue o famoso e essencial contraste do Superman, necessário na vida das pessoas, e do atrapalhado e tímido Clark Kent, do qual as pessoas quase não notam. Mas o filme também tem seus pontos altos: a
nostalgia e referências aos filmes anteriores tornam-se presentes nos créditos iniciais, em parte da história e na grande sacada de fazer com que Marlon Brando participasse através de edições de cenas e falas.E Kevin Spacey não compromete com seu Lex Luthor. Detalhes que não são suficientes para que o filme seja tão interessante quanto se esperava.
NOTA 4,5

A CAVERNA
de Bruce Hunt
Com Morris Chestnut, Cole Hauser,Eddie Cibrian
Ficção
Cientistas descobrem ruínas de uma abadia do século 13, e abaixo uma enorme caverna que aparentemente pode abrigar um novo ecossistema. Para investigar tal fato, um grupo de exploradores americanos é contratado. Jack, Tyler, Charlie e Buchanan começam a explorar a caverna com a ajuda de outros membros da equipe. Mas eles não encontram apenas um novo ecossistema e sim uma espécie inteiramente nova que se revela um verdadeiro predador.
A história não é nada original, o elenco se esforça em vão para manter uma falsa profundidade dos personagens, que são apresentados ao espectador de forma tão superficial que ninguém consegue se acostumar com algum deles e nem se colocar no lugar de alguém da equipe (algo que deve ser a pretensão de filmes desse estilo). Filmes que tem toda sua história baseada na sinopse (sem o desenvolvimento da mesma) perdem sua razão de existir, na maioria dos casos. E certamente "A Caverna" é um exemplo disso, pois não tem nada inovador, não passa nenhuma mensagem e ainda deixa margem para uma continuação! E afinal, há algo que se salva no filme? Além dos personagens que sobrevivem (quais mesmo? Nem importa, todos parecem iguais!), há a qualidade dos efeitos especiais e as locações no interior da caverna. Mas é muito pouco para qualquer filme de ficção.
NOTA 2,0