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domingo, outubro 22, 2006

RESENHAS - FESTIVAL DO RIO PARTE 2

6.
O PLANETA DAS MULHERES INVASORAS
De Alfredo B. Crevenna
Com Lorena Velásquez, Elizabeth Campbell, Maura Monti
Ficção
Continuação do filme Gigantes planetários. Aparentemente, os atores sequer souberam que estavam fazendo dois filmes em vez de um. Ao passear pelo parque de diversões da cidade, Marcos, o boxeador, Taquito, seu escudeiro, e a bela Sílvia embarcam num disco voador acreditando se tratar de um brinquedo. O disco levanta vôo e os leva para o planeta Sibila, governado pela rainha Adastrea. Os sibilianos pretendem usar transplantes de órgãos humanos para adaptar seus pulmões à atmosfera da Terra e então invadir o planeta.
A trama explora a luta livre, e heróis e bandidos juntos em uma situação contra um inimigo comum, no caso, as alienígenas do planeta Sibila. Logicamente,os bandidos têm que se aliar às forças do mal, além de uma das habitantes do planeta (no caso, irmã gêmea da rainha) ser favorável aos terráqueos. Mais uma vez efeitos especiais toscos, mas compensa por situações engraçadas. Mas torna-se um pouco chato em algumas cenas monótonas.
NOTA 5,0

7.
A MÚMIA ASTECA CONTRA O ROBÔ HUMANO
De Rafael Portillo
Com Rosita Arenas, Ramón Gay, Crox Alvarado, Luis Aceves Castañeda
Ficção
Terceira parte da trilogia da Múmia Asteca (que tem ainda A múmia asteca e A maldição da múmia asteca). Dr. Krupp hipnotiza Flor para que ela o leve ao túmulo de Popoca, a múmia asteca. Enquanto isso, Eduardo e Pinacate saem à caça do terrível doutor, mas sofrem uma emboscada e são capturados. Eles assistem indefesos ao Dr. Krupp dar vida a um enorme Robô Humano que ele planeja usar para destruir Popoca. As duas criaturas se enfrentam numa batalha eletrizante no cemitério.
Ponto alto da mostra mexicana, a trama de pouco menos de uma hora de duração faz com que muitas comédias de duas horas fiquem totalmente sem graça. Cenas como a da múmia Popoca despertando e bastando balançar os braços para assustar a todos é impagável! E ainda temos Flor hipnotizada por frases hilárias e o robô humano que mais parece um brinquedo da Estrela, que é guiado através de um controle remoto gigante que só tem uma alavanca tosca! Para finalizar, a imperdível batalha entre a Múmia e o Robô humano é uma das mais absurdas da história do cinema! Diversão garantida no melhor filme da mostra mexicana de sci-fi.
NOTA 8,0

8.
PROIBIDO PROIBIR
De Jorge Durán
Com Caio Blat, Maria Flor e Alexandre Rodrigues
Drama
Três amigos, estudantes universitários - Leon (Alexandre Rodrigues), estudante de sociologia, sua namorada Leticia (Maria Flor), estudante de arquitetura, que se apaixona pelo estudante de medicina Paulo (Caio Blat), melhor amigo de Leon, com quem divide apartamento – experimentam os conflitos morais e éticos que provocam um triângulo amoroso, ao mesmo tempo em que se confrontam com a violência da cidade.
O filme explora alguns clichês, mas de forma bastante original. O já batido mas sempre presente triângulo amoroso torna-se pano de fundo para as discussões sócio-econômicas presentes em toda a trama. Os três protagonistas, de classe média alta, conhecem um mundo totalmente novo, pessoas que sofrem com a impunidade de policiais corruptos. E por tentarem ajudar essas pessoas, se vêem na mesma situação que elas. Filme muito bem dirigido, com uma história que vai da tranqüilidade ao desespero, lembrando para o público que a violência vai muito mais além do que é comentado nas grandes cidades.
NOTA 8,5

9.
O SARCÓFAGO MACABRO
De Ivan CardosoCom Carlo Mossi, Tony Tornado, Wilson Grey, Luisa Mariani, Julio Medaglia, Felipe Falcão, Jane Silk, Orlando Drumond.
Comédia
Ao classificar os arquivos secretos da 2ª Guerra Mundial, o agente da CIA Ed Stone deparou-se com um estranho dossiê relacionando uma pobre múmia egípcia e um cientista louco brasileiro como membros de uma bem articulada rede de espiões nazistas responsáveis pela fuga tranqüila para a América Latina de vários carrascos do terceiro Reich: eles viajavam fantasiados de múmias a bordo de confortáveis sarcófagos.
A trama é uma homenagem aos seriados norte-americanos de espionagem da década de 50. Apesar de ser muito caricato, tem boas sacadas, como a de dividir a história em quatro partes e misturar os nazistas à investigação. Alguns personagens como o cientista louco se encaixaram perfeitamente na história, porém outros como o de Orlando Drumond (uma espécie de drag queen egípcia!) ficaram muito deslocados e desnecessários. Apesar de divertida, alguns momentos da trama soaram repetitivos, o que surpreende para um filme de pouco mais de cinquenta minutos.
NOTA 6,5

10.
FONTE DA VIDA
De Darren Aronofsky
Com Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn, Mark Margolis, Sean Gullette
Drama
Uma odisséia sobre amor, morte e espiritualidade, contada por meio de duas histórias paralelas em que sobressai a luta de um homem para salvar seu grande amor. Na Espanha do século 16, o navegador Tomas Creo parte para o Novo Mundo em busca da lendária Árvore da vida. Nos tempos atuais, a mulher do pesquisador Tommy Creo está morrendo de cancêr, mas ele busca desesperadamente a cura que pode salvá-la. Uma terceira história une as duas primeiras: No século 26, o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência.
O terceiro filme de Darren Aronófsky (Pi, Réquiem para um Sonho) tem algumas discrepâncias em relação aos dois anteriores. Pela primeira vez, o diretor contou com um orçamento astronômico, elenco de estrelas e o amparo de Hollywood na sua produção. Mas felizmente suas características únicas que tornaram suas histórias bastante cultuadas ainda permanecem. A trama é complicada de se entender, assim como uma de suas principais influências, 2001 Uma Odisséia no Espaço. Mas Darren certamente não criou uma história para ser comparada com um filme de tamanha importância para a ficção, como 2001. Até porque suas abordagens são diferentes. Enquanto o filme de Kubrick falava do confronto humano-máquina, Aronófsky mostra o poder do amor, que ultrapassa a barreira do tempo e do espaço. O acompanhamento dessa saga brilhantemente protagonizada por Hugh Jackman é mais importante que preencher algumas lacunas que a trama deixa de contar, propositadamente ou não. A ótima fotografia ajuda a fazer de Fonte da Vida um dos filmes mais belos dos últimos tempos, com uma mensagem que traz à tona discussões filosóficas, espirituais e psicológicas.
NOTA 9,0

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