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domingo, setembro 26, 2010

NOSSO LAR

NOSSO LAR
(Nosso Lar)
Brasil/2010
De Wagner de Assis (A Cartomante)
Com Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Othon Bastos, Ana Rosa, Rodrigo dos Santos, Paulo Goulart
Perfil no IMDB:

http://www.imdb.com/title/tt1467388/
Drama


Após sua morte, André Luiz se vê em uma espécie de purgatório, até que é resgatado por espíritos para descobrir uma nova vida. Enquanto conhece os diversos locais de sua nova morada, ele passa por níveis de
aprendizado em busca da excelência espiritual.

Confira o trailer do filme abaixo:



Baseada na obra de Chico Xavier, o filme já está quebrando recorde de público e bilheteria. Wagner de Assis acerta na escalação do elenco, incluindo a revelação Renato Prieto, que costuma interpretar papéis no teatro em obras baseadas no médium brasileiro. A parte técnica está acima do padrão brasileiro, com fotografia e efeitos visuais de surpreender até os maiores defensores de produções nacionais. Logicamente, a influência estrangeira é flagrante, sobretudo na cinematografia do suiço Ueli Steiger (Godzilla, O Dia Depois de Amanhã, 10.000 AC) e a criação de cenários virtuais pela empresa canadense Intelligent Creatures (Watchmen, A Fonte da Vida, Anjos da Noite: A Rebelião).













A colônia espiritual futurista de "Nosso Lar"

O filme portanto traz a curiosidade pelos efeitos visuais nunca vistos em uma produção nacional aliada ao novo mundo descoberto cena a cena pelo protagonista. Mas apesar de todas essas qualidades, seu maior defeito é ainda o que atormenta grande parte das tramas brasileiras: um roteiro coeso e que suplante a estrutura de um filme.
"Nosso Lar" se apresenta mais com cara de guia espiritual do que de um enredo cinematográfico (basta compará-lo com histórias com apelo similar, como Amor Além da Vida). O drama do protagonista, que poderia servir de ponto de virada para toda a história, simplesmente não é forte o bastante se comparado à curiosidade do espectador pelos cenários (problema parecido com o de Jumper, só para citar um exemplo).
A busca proporcionada pelo protagonista ganha importância como ensinamento espírita, mais ainda que o próprio "Chico Xavier", que se afastou da pregação para ser mais biográfico. O filme de Wagner Assis se dispõe a apelos estéticos e questões que refletem a religiosidade, mas sem se preocupar com a condução da trama, não levando em consideração dilemas e reviravoltas que adicionariam uma dose maior de interesse ao longa. Mas de qualquer jeito, merecia ser indicado a uma indicação ao Oscar no lugar de "Lula, o Filho do Brasil".

NOTA 6,0

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