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domingo, setembro 17, 2006

RESENHAS DE FILMES 11

A DAMA NA ÁGUA
De M.Night Shyamalan
Com Paul Giamati,Bryce Dallas Howard,M.Night Shyamalan
Drama
Um zelador, cuja vida se resume a ajudar e proteger todos os moradores do prédio em que trabalha, fica intrigado com ruídos na piscina. Logo, descobre que a responsável pelos barulhos é uma narf, uma espécie de fada, que precisa completar uma missão: encontrar uma determinada pessoa que mora no prédio que está para realizar um feito muito importante. Só que há criaturas que desejam impedi-la de completar seu objetivo. Resta ao zelador ajudar a narf a cumprir seu destino e voltar para casa com segurança.
O diretor indiano (responsável pelos maiores filmes intrigantes dos últimos tempos) apresenta aqui uma história linear, sem grandes reviravoltas, mas com uma sensibilidade e mistura de realidade com fantasia que poucos conseguem passar.Vale destacar os dois fatores que o levaram a sair da Disney para a Warner: a produtora não queria a figura do crítico de cinema chato,nem a presença de Shyamalan no papel de um dos personagens-chave da trama. O diretor decidiu manter sua história e sair da Disney. O que se vê é um belo trabalho, ora irreverente, ora melancólico, mas sem furos no roteiro. Não pense ver crianças vendo fantasmas, super-heróis, famílias vendo ets invadindo a Terra ou povoados misteriosos cercados por criaturas da floresta. Shyamalan mostra simplesmente como nossa realidade pode ser mentirosa, fantasiosa e mesquinha. A figura do zelador descobrindo pouco a pouco um mundo que não sabia que existia pode soar meio clichê, mas a forma como é demonstrada faz toda a diferença. O novo mundo (ou Mundo Azul) não é o mais importante da história,bem como nosso mundo real também não o é. Mas o que se torna essencial é a transição, o intermediário, os contrastes que coexistem dentro do coração humano. Baseado numa história de ninar que Shyamalan contava para os filhos, a trama não tem a pretensão de se parecer com o estilo Shyamalan de contar histórias. Mesmo assim, temos esse estilo presente em todo o filme, simplesmente porque o gênero do indiano é não ter um gênero definido, apesar de marcante. Amado ou odiado, ele prova mais uma vez que é uma das mentes mais criativas da nossa geração.
NOTA 9,5

CLICK
De Frank Coraci
Com Adam Sandler,Blake Heron,Kate Beckinsale,Christopher Walken
Comédia
Michael Newman é um arquiteto que planeja ser promovido, e tentar conciliar da melhor forma possível o trabalho com a família. Mas seus planos nunca são realizados como ele deseja. Mas Michael consegue um controle remoto universal que ao invés de controlar objetos eletrônicos, controla todas as situações de sua vida. Usando tal objeto, ele vai tentar alcançar todos os seus objetivos. Mas infelizmente descobre que com o tempo o controle remoto é que começa a controlar sua vida.
A trama pode ser considerada uma das idéias mais criativas dos últimos tempos no gênero. Mas não chega a ser um Show de Truman, até porque não temos um Peter Weir na direção. De qualquer forma, Adam Sandler faz novamente um sujeito atrapalhado, temos a sempre competente interpretação de Christopher Walken como o sujeito misterioso que oferece o controle a Michael e uma história surpreendente pelos caminhos que toma. Com toques dramáticos em sua segunda metade, foge da habitual trama "besteirol" que poderia se tornar. Pode-se considerar várias cenas forçadas e outras decepcionantes, mas pelo menos o filme ajuda a provar que ainda se pode ter boas idéias em um gênero que deixou um pouco de lado há muito tempo a ingenuidade de um Monty Python.
NOTA 7,0

SERPENTES A BORDO
De David R.Ellis
Com Samuel L. Jackson, Byron Lawson, Nathan Phillips, Bobby Cannavale, Terry Chen, Keith Dallas
Ação
Jovem testemunha um assassinato e é levado por um avião para ser testemunha de acusação no julgamento de Eddie Kim, um perigoso assassino. Este tenta a todo custo matar o jovem, e resolve colocar um bando de cobras dentro do avião, para terror de todos os passageiros.
O filme, antes mesmo de estrear, já era cultuado na internet. O que se vê é um trash comercial, que não chega a ser um O Albergue, mas se supera em cenas de cobras picando rostos, braços, pernas e outros membros das pessoas. O estilo dos personagens também ajuda a elevar (ou será o contrário?) o status trash da trama. Temos o sujeito hipocondríaco, que não quer que nenhuma pessoa o pegue; o indivíduo que tem medo extremo de avião; a senhora gorda com roupas extravagantes; o jovem casal que só pensa (e faz) em sexo, e muitas outras possíveis vítimas das cobras. E não são quaisquer cobras! Temos aqui também diferentes estilos, até mesmo uma gigantesca! Há quem diga que o filme não tem história que o sustente, mas será mesmo que precisa? O ataque das cobras aos passageiros é a grande atração para um trama sem grandes pretensões. E considerando sua limitação, temos um filme no mínimo divertido.
NOTA 6,5

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