(Snowpiercer)
EUA-Coréia do Sul-República Tcheca-França/2013
De Joon Ho Bong (Memórias de um Assassino, O Hospedeiro, Mother: A Busca pela Verdade)
Com Chris Evans, Ed Harris, John Hurt, Tilda Swinton, Jamie Bell, Octavia Spencer
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1706620/?ref_=fn_al_tt_1
Ficção Científica
Quando um experimento para impedir o aquecimento global falha, o mundo entra em uma nova era do gelo. Agora, os sobreviventes estão em um trem intitulado Expresso do Amanhã, que circula sem paradas e divide a população sobrevivente em classes sociais.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme tem uma das melhores premissas dos últimos tempos, e fala sobre temas como desigualdades sociais, intransigência, ambição e segredos do poder. Tudo em uma metáfora que insere o espectador em um meio de transporte claustrofóbico e sem esperança de chegar a algum lugar.
Precisamos falar com Capitão América!
Ao longo do filme, o espectador descobre o que tem a cada novo vagão, chegando cada vez mais próximo à locomotiva. De início, no final do trem, vemos as classes menos abastadas, e o protagonista é um deles. Junto com um grupo, ele consegue acesso aos vagões mais ricos.
A ideia do filme é bastante interessante porém se perde em cenas cada vez mais filosóficas, perdendo o foco em sua crítica inicial. De uma ótima aventura com grande poder reflexivo, o longa cai em uma espiral de cenas absurdas, beirando o ridículo.
"Expresso do Amanhã" depois de sua meia hora inicial sólida, acaba afastando cada vez mais os espectadores com diálogos sem sentido e cenas que aprecem saídas de um filme de Godard. Poderia ter sido menos subjetivo, e ainda assim sem perder sua capacidade metafórica e reflexiva.
NOTA 5,0
terça-feira, março 29, 2016
segunda-feira, março 28, 2016
BEASTS OF NO NATION
(Beasts of No Nation)
EUA/2015
De Cary Joji Fukunaga (Jane Eyre, True Detective - série)
Com Abraham Attah, Emmanuel Affadzi, Ricky Adelayitor, Idris Elba
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1365050/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Um drama baseado nas experiências de Agu, um menino soldado que luta em uma guerra civil na África.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme da NETFLIX sem dúvida é um dos maiores injustiçados do ano passado nas premiações, sobretudo no Oscar, que poderia ter indicado Idris Elba como melhor ator coadjuvante. O filme tem todos os ingredientes que a academia gosta e muitos consideram que o fato de ser uma produção de um canal sob demanda pode ter prejudicado nos prêmios.
Vamos lutar pelo Oscar!
A trama é um importante filme-denúncia, que acompanha o atque à cidade de Agu, um menino que vê sua família ser dividida e vai parar no meio da floresta, onde é escalado para ser membro de um grupo rebelde no meio de uma guerra civil.
A partir de então, o espectador vê os treinamentos, as angústias, os perigos e medos que cada personagem vivencia, sobretudo o jovem Agu e o comandante vivido por Idris Elba. O que se vê é um problema que se arrasta por muito tempo e em meio à fome e violência, os heróis e vilões se misturam.
"Beasts of No Nation" é um filme de guerra bastante atual e importante, com cenas que farão o espectador quase não acreditar que tais fatos acontecem na vida real. Um ótimo exemplo de filme que diverte e faz refletir sobre as injustiças que ocorrem no mundo.
NOTA 9,0
EUA/2015
De Cary Joji Fukunaga (Jane Eyre, True Detective - série)
Com Abraham Attah, Emmanuel Affadzi, Ricky Adelayitor, Idris Elba
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1365050/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Um drama baseado nas experiências de Agu, um menino soldado que luta em uma guerra civil na África.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme da NETFLIX sem dúvida é um dos maiores injustiçados do ano passado nas premiações, sobretudo no Oscar, que poderia ter indicado Idris Elba como melhor ator coadjuvante. O filme tem todos os ingredientes que a academia gosta e muitos consideram que o fato de ser uma produção de um canal sob demanda pode ter prejudicado nos prêmios.
Vamos lutar pelo Oscar!
A trama é um importante filme-denúncia, que acompanha o atque à cidade de Agu, um menino que vê sua família ser dividida e vai parar no meio da floresta, onde é escalado para ser membro de um grupo rebelde no meio de uma guerra civil.
A partir de então, o espectador vê os treinamentos, as angústias, os perigos e medos que cada personagem vivencia, sobretudo o jovem Agu e o comandante vivido por Idris Elba. O que se vê é um problema que se arrasta por muito tempo e em meio à fome e violência, os heróis e vilões se misturam.
"Beasts of No Nation" é um filme de guerra bastante atual e importante, com cenas que farão o espectador quase não acreditar que tais fatos acontecem na vida real. Um ótimo exemplo de filme que diverte e faz refletir sobre as injustiças que ocorrem no mundo.
NOTA 9,0
Marcadores:
-DRAMA,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
quinta-feira, março 24, 2016
VAI QUE COLA: O FILME
(Vai que Cola: O Filme)
Brasil/2015
De César Rodrigues
Com Paulo Gustavo, Catarina Abdalla, Emiliano D'Ávila, Marcus Majella, Fiorella Mattheis, Cacau Protásio
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt4694404/?ref_=fn_al_tt_2
Comédia
Valdomiro é um empresário que depois de ter sofrido um golpe do sócio, tem sua vida boa no Leblon interrompida, tendo que morar em uma pensão no Méier. Porém, ele tem uma chance de retomar sua antiga vida.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme foi um sucesso de bilheteria no ano passado e consagrou mais uma vez a já famosa série do Multishow. Paulo Gustavo engrena mais um sucesso depois de "Minha Mãe é uma Peça", sendo um dos maiores nomes da comédia nacional ultimamente.
Será que me convidam para o filme do Porta dos Fundos?
A trama gira em torno dos personagens principais da série homônima, que se vêem dessa vez hospedados na antiga casa de Valdomiro no Leblon. Com isso, a pensão do Méier não é o local principal da história, dando uma dinâmica diferente.
Como já esperado, Paulo Gustavo rouba a cena, inclusive com o recurso de quebra da quarta parede, ou seja, fala com o público e induz que sabe que tudo aquilo é um filme. As cenas são hilárias e o roteiro, capitaneado por Fernando Caruso, tem altos e baixos, porém consegue fugir de alguns clichês.
"Vai que Cola: o Filme" não apresenta nenhuma inovação na comédia nacional, porém é um filme divertido e que faz juz à série de TV. Com o sucesso que fez, provavelmente teremos uma sequência.
NOTA 7,5
Brasil/2015
De César Rodrigues
Com Paulo Gustavo, Catarina Abdalla, Emiliano D'Ávila, Marcus Majella, Fiorella Mattheis, Cacau Protásio
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt4694404/?ref_=fn_al_tt_2
Comédia
Valdomiro é um empresário que depois de ter sofrido um golpe do sócio, tem sua vida boa no Leblon interrompida, tendo que morar em uma pensão no Méier. Porém, ele tem uma chance de retomar sua antiga vida.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme foi um sucesso de bilheteria no ano passado e consagrou mais uma vez a já famosa série do Multishow. Paulo Gustavo engrena mais um sucesso depois de "Minha Mãe é uma Peça", sendo um dos maiores nomes da comédia nacional ultimamente.
Será que me convidam para o filme do Porta dos Fundos?
A trama gira em torno dos personagens principais da série homônima, que se vêem dessa vez hospedados na antiga casa de Valdomiro no Leblon. Com isso, a pensão do Méier não é o local principal da história, dando uma dinâmica diferente.
Como já esperado, Paulo Gustavo rouba a cena, inclusive com o recurso de quebra da quarta parede, ou seja, fala com o público e induz que sabe que tudo aquilo é um filme. As cenas são hilárias e o roteiro, capitaneado por Fernando Caruso, tem altos e baixos, porém consegue fugir de alguns clichês.
"Vai que Cola: o Filme" não apresenta nenhuma inovação na comédia nacional, porém é um filme divertido e que faz juz à série de TV. Com o sucesso que fez, provavelmente teremos uma sequência.
NOTA 7,5
Marcadores:
-COMÉDIA,
2015,
CINEMA BRASILEIRO,
RESENHAS DE FILMES
quarta-feira, março 23, 2016
UM SENHOR ESTAGIÁRIO
(The Intern)
EUA/2015
De Nancy Meyers (Do que as Mulheres Gostam, Alguém Tem que Ceder, O Amor não Tira Férias, Simplesmente Complicado)
Com Robert de Niro, Anne Hathaway, Rene Russo, Anders Holm
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2361509/?ref_=fn_al_tt_1
Comédia
Ben Whittaker é um septuagenário que se inscreve em uma vaga de estagiário sênior na empresa de moda fashion, fundada por Jules Ostin.
Confira abaixo o trailer do filme:
Os filmes de Nancy Meyers sempre permeiam a comédia romântica mais adulta e amadurecida, como o espectador pode comprovar em “Alguém Tem que Ceder” e “Simplesmente Complicado”. Desta vez, as características principais continuam, porém a inovação se dá pela inexistência de romance dentre os protagonistas e sim a construção de uma improvável amizade.
Pena que isso aqui não é um táxi...
Contando com uma bela interpretação de Robert De Niro, temos um senhor aposentado querendo voltar à ativa, uma vez que ele sente que ainda pode contribuir para o sucesso de uma empresa. Ele então consegue vaga numa empresa jovem, com estilo diferente do que ele se acostumou em sua vida.
O estilo diferente entre ele e a fundadora do estabelecimento produz certas desconfianças no início. Ela é uma jovem que ganhou muito dinheiro em pouco tempo e agora precisa administrar seu tempo entre sua família e o crescimento desenfreado de sua empresa. Aos poucos, a amizade entre eles rende frutos tanto para sua vida pessoal quanto profissional.
Sem abusar dos clichês do gênero e contando com boas interpretações e comédia sutil na medida certa, “Um Senhor Estagiário” é prova que o gênero pode fazer sucesso sem apelar para as baboseiras pastelões de Adam Sandler e cia.
NOTA 9,0
EUA/2015
De Nancy Meyers (Do que as Mulheres Gostam, Alguém Tem que Ceder, O Amor não Tira Férias, Simplesmente Complicado)
Com Robert de Niro, Anne Hathaway, Rene Russo, Anders Holm
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2361509/?ref_=fn_al_tt_1
Comédia
Ben Whittaker é um septuagenário que se inscreve em uma vaga de estagiário sênior na empresa de moda fashion, fundada por Jules Ostin.
Confira abaixo o trailer do filme:
Os filmes de Nancy Meyers sempre permeiam a comédia romântica mais adulta e amadurecida, como o espectador pode comprovar em “Alguém Tem que Ceder” e “Simplesmente Complicado”. Desta vez, as características principais continuam, porém a inovação se dá pela inexistência de romance dentre os protagonistas e sim a construção de uma improvável amizade.
Pena que isso aqui não é um táxi...
Contando com uma bela interpretação de Robert De Niro, temos um senhor aposentado querendo voltar à ativa, uma vez que ele sente que ainda pode contribuir para o sucesso de uma empresa. Ele então consegue vaga numa empresa jovem, com estilo diferente do que ele se acostumou em sua vida.
O estilo diferente entre ele e a fundadora do estabelecimento produz certas desconfianças no início. Ela é uma jovem que ganhou muito dinheiro em pouco tempo e agora precisa administrar seu tempo entre sua família e o crescimento desenfreado de sua empresa. Aos poucos, a amizade entre eles rende frutos tanto para sua vida pessoal quanto profissional.
Sem abusar dos clichês do gênero e contando com boas interpretações e comédia sutil na medida certa, “Um Senhor Estagiário” é prova que o gênero pode fazer sucesso sem apelar para as baboseiras pastelões de Adam Sandler e cia.
NOTA 9,0
Marcadores:
-COMÉDIA,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
terça-feira, março 22, 2016
DEADPOOL
(Deadpool)
EUA-Canadá/2016
De Tim Miller
Com Ryan Reynolds, Morena Baccarin, T.J.Miller, Ed Skrein, Karan Soni
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1431045/
Aventura
Um mercenário chamado Wade é submetido a experimentos que aumentam suas habilidades, criando poderes curativos, surgindo assim Deadpool.
Confira abaixo o trailer do filme:
O protagonista, interpretado por Ryan Reynolds, é um super-herói desbocado, que frequentemente quebra a chamada quarta parede do cinema, ou seja, fala com o próprio público, mecanismo já visto em filmes como “Curtindo a Vida Adoidado” e séries como “House of Cards”. Além disso, ainda brinca com os outros super-heróis do universo Marvel, ou melhor, dos X-Men, uma vez que a produção é da Fox e não da Walt Disney. Como seu humor não tem limites, existem menções até aos atores e não só aos personagens interpretados por eles.
O que vocês desse blog estão olhando?
O filme mostra a origem de Deadpool, seu romance com Vanessa, muito bem interpretada pela brasileira Morena Baccarin, e sua obsessão em encontrar Ajax, o vilão da história. A pegada da trama é bem parecida com a de Kick-Ass no que se refere à sátira e a violência das cenas.
O tipo de humor do filme segue bastante o que Deadpool é nos quadrinhos, onde o personagem tem noção de que é um super-herói. O problema é a falta de equilíbrio entre o tipo de narrativa que exagera na quebra de paradigmas e com isso, o roteiro fica um pouco prejudicado, acabando por ser uma história bastante comum. No final, Deadpool é um filme onde o estilo se sobrepõe ao roteiro, o que poderia sem dúvida ter sido pensado melhor.
NOTA 7,0
EUA-Canadá/2016
De Tim Miller
Com Ryan Reynolds, Morena Baccarin, T.J.Miller, Ed Skrein, Karan Soni
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1431045/
Aventura
Um mercenário chamado Wade é submetido a experimentos que aumentam suas habilidades, criando poderes curativos, surgindo assim Deadpool.
Confira abaixo o trailer do filme:
O protagonista, interpretado por Ryan Reynolds, é um super-herói desbocado, que frequentemente quebra a chamada quarta parede do cinema, ou seja, fala com o próprio público, mecanismo já visto em filmes como “Curtindo a Vida Adoidado” e séries como “House of Cards”. Além disso, ainda brinca com os outros super-heróis do universo Marvel, ou melhor, dos X-Men, uma vez que a produção é da Fox e não da Walt Disney. Como seu humor não tem limites, existem menções até aos atores e não só aos personagens interpretados por eles.
O que vocês desse blog estão olhando?
O filme mostra a origem de Deadpool, seu romance com Vanessa, muito bem interpretada pela brasileira Morena Baccarin, e sua obsessão em encontrar Ajax, o vilão da história. A pegada da trama é bem parecida com a de Kick-Ass no que se refere à sátira e a violência das cenas.
O tipo de humor do filme segue bastante o que Deadpool é nos quadrinhos, onde o personagem tem noção de que é um super-herói. O problema é a falta de equilíbrio entre o tipo de narrativa que exagera na quebra de paradigmas e com isso, o roteiro fica um pouco prejudicado, acabando por ser uma história bastante comum. No final, Deadpool é um filme onde o estilo se sobrepõe ao roteiro, o que poderia sem dúvida ter sido pensado melhor.
NOTA 7,0
Marcadores:
-AVENTURA,
2016,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
segunda-feira, março 21, 2016
A DAMA DOURADA
(Woman in Gold)
Reino Unido/2015
De Simon Curtis (Sete Dias com Marylin)
Com Helen Mirren, Ryan Reynolds, Daniel Brühl, Katie Holmes, Tatiana Maslany, Max Irons, Charles Dance, Elizabeth McGovern
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2404425/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Maria Altmann, uma judia octogenária, exige do governo da Áustria a devolução de uma obra de arte que pertence à família dela, porém logo depois da guerra começou a fazer sucesso em um famoso museu de Viena.
Confira abaixo o trailer do filme:
Baseado em fatos reais, o filme mostra uma importante parte da história mundial, que é o saque dos nazistas contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial e o usufruto de bens valiosos em período posterior por pessoas que não eram legítimas herdeiras. O assunto é bastante delicado e envolve famílias judias contra instituições bastante poderosas.
Se o Deadpool estivesse aqui, o que ele faria?
A trama mostra além disso a relação entre a octogenária protagonista e um jovem advogado que pega o desacreditado caso, conseguindo aos poucos fazer com que todo o trabalho seja relevante. A protagonista, interpretada por Helen Mirren, lembra um pouco a Philomena de Judi Dench, e seu jeito inusitado acaba cativando o espectador.
O filme tem um elenco coadjuvante de luxo que inclui astros de séries famosas como Charles Dance (Game of Thrones) , Tatiana Maslany (Orphan Black) e Elizabeth McGovern (Downton Abbey). Entre viagens dos Estados Unidos à Áustria e vice versa, vemos um embate que começa minúsculo, mas que aos poucos vai ganhando força, em um ponto que nem a senhora judia nem o inexperiente advogado acreditariam que chegasse.
“A Dama Dourada” é um dos filmes de 2015 injustiçados pelas premiações. Alternando momentos dramáticos e de bom humor, contando uma história atual e derivada de um período histórico importante, a trama merecia mais prêmios do que realmente conquistou.
NOTA 9,0
Reino Unido/2015
De Simon Curtis (Sete Dias com Marylin)
Com Helen Mirren, Ryan Reynolds, Daniel Brühl, Katie Holmes, Tatiana Maslany, Max Irons, Charles Dance, Elizabeth McGovern
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2404425/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Maria Altmann, uma judia octogenária, exige do governo da Áustria a devolução de uma obra de arte que pertence à família dela, porém logo depois da guerra começou a fazer sucesso em um famoso museu de Viena.
Confira abaixo o trailer do filme:
Baseado em fatos reais, o filme mostra uma importante parte da história mundial, que é o saque dos nazistas contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial e o usufruto de bens valiosos em período posterior por pessoas que não eram legítimas herdeiras. O assunto é bastante delicado e envolve famílias judias contra instituições bastante poderosas.
Se o Deadpool estivesse aqui, o que ele faria?
A trama mostra além disso a relação entre a octogenária protagonista e um jovem advogado que pega o desacreditado caso, conseguindo aos poucos fazer com que todo o trabalho seja relevante. A protagonista, interpretada por Helen Mirren, lembra um pouco a Philomena de Judi Dench, e seu jeito inusitado acaba cativando o espectador.
O filme tem um elenco coadjuvante de luxo que inclui astros de séries famosas como Charles Dance (Game of Thrones) , Tatiana Maslany (Orphan Black) e Elizabeth McGovern (Downton Abbey). Entre viagens dos Estados Unidos à Áustria e vice versa, vemos um embate que começa minúsculo, mas que aos poucos vai ganhando força, em um ponto que nem a senhora judia nem o inexperiente advogado acreditariam que chegasse.
“A Dama Dourada” é um dos filmes de 2015 injustiçados pelas premiações. Alternando momentos dramáticos e de bom humor, contando uma história atual e derivada de um período histórico importante, a trama merecia mais prêmios do que realmente conquistou.
NOTA 9,0
Marcadores:
-DRAMA,
2015,
CINEMA INGLÊS,
RESENHAS DE FILMES
terça-feira, março 15, 2016
FÉRIAS FRUSTRADAS
(Vacation)
EUA/2015
De John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein
Com Ed Helms, Christina Applegate, Skyler Gisondo, Chris Hemsworth, Beverly D’Angelo, Chevy Chase
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1524930/?ref_=fn_al_tt_1
Comédia
Rusty Griswold viaja com sua família rumo ao Walley World com o objetivo de se aproximar mais da esposa e dos filhos.
Confira abaixo o trailer do filme:
Esta refilmagem é na verdade uma sequência dos eventos que ocorreram no filme original de 1983. Desta vez, o filho dos Griswold está crescido e com sua própria família. Tal qual o pai, resolve embarcar numa viagem com a família para o parque de diversões que marcou sua infância.
Já te avisei que se beber, não case!
A trama tem a estrutura de um road movie, com os protagonistas sempre se deparando com situações hilárias nos lugares por onde passam e encontrando ou visitando personagens que dão graça à história. O destaque vai mais para os coadjuvantes do que para os principais, com direito até à participação do casal original, vividos pelos atores Chevy Chase e Beverly D’Angelo.
A história consegue ser superior às comédias atuais, com o jeito de trama dos anos 80, recheada de humor negro e piadas politicamente incorretas. Ed Helms (da franquia Se Beber, Não Case) está bem à vontade no papel, mas a trama poderia ser melhor se não caísse várias vezes nos clichês pastelões que se assemelham aos filmes de Adam Sandler.
Tirando isso, “Férias Frustradas” diverte e causa nostalgia ao espectador que virou fã dessa saga onde a família passa por altas aventuras que toda Sessão da Tarde dá direito, mas que também precisa resolver questões familiares que dá o tom mais maduro para a produção.
NOTA 8,0
EUA/2015
De John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein
Com Ed Helms, Christina Applegate, Skyler Gisondo, Chris Hemsworth, Beverly D’Angelo, Chevy Chase
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1524930/?ref_=fn_al_tt_1
Comédia
Rusty Griswold viaja com sua família rumo ao Walley World com o objetivo de se aproximar mais da esposa e dos filhos.
Confira abaixo o trailer do filme:
Esta refilmagem é na verdade uma sequência dos eventos que ocorreram no filme original de 1983. Desta vez, o filho dos Griswold está crescido e com sua própria família. Tal qual o pai, resolve embarcar numa viagem com a família para o parque de diversões que marcou sua infância.
Já te avisei que se beber, não case!
A trama tem a estrutura de um road movie, com os protagonistas sempre se deparando com situações hilárias nos lugares por onde passam e encontrando ou visitando personagens que dão graça à história. O destaque vai mais para os coadjuvantes do que para os principais, com direito até à participação do casal original, vividos pelos atores Chevy Chase e Beverly D’Angelo.
A história consegue ser superior às comédias atuais, com o jeito de trama dos anos 80, recheada de humor negro e piadas politicamente incorretas. Ed Helms (da franquia Se Beber, Não Case) está bem à vontade no papel, mas a trama poderia ser melhor se não caísse várias vezes nos clichês pastelões que se assemelham aos filmes de Adam Sandler.
Tirando isso, “Férias Frustradas” diverte e causa nostalgia ao espectador que virou fã dessa saga onde a família passa por altas aventuras que toda Sessão da Tarde dá direito, mas que também precisa resolver questões familiares que dá o tom mais maduro para a produção.
NOTA 8,0
Marcadores:
-COMÉDIA,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
sexta-feira, março 11, 2016
WHAT'S HAPPENED, MISS SIMONE?
(What Happened, Miss Simone?)
EUA/2015
De Liz Garbus (Girlhood, Bobby Fischer Against the World, Com Amor Marylin)
Com Nina Simone, James Baldwin, Stokely Carmichael, Walter Cronkite
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt4284010/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
A história da vida e da carreira de Nina Simone, cantora e pianista americana que virou ativista lutando pelos direitos civis durante as décadas de 60 e 70.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme indicado ao Oscar de Melhor Documentário traz um grande acervo de entrevistas, bastidores e shows da cantora Nina Simone, tentando compreender os fatores que levaram à ascensão , queda e redenção da pianista.
Agora vou falar sobre o NETFLIX!
O espectador acompanha os primeiros passos para a fama, em meio à entrevista com produtores da época e com membros da sua própria família. Nina tinha um transtorno que prejudicava seu trato com a família e com os próprios colegas de trabalho, o que acabou por contrastar com suas lindas músicas e seu ativismo numa época que Martin Luther King estava na ativa contra o preconceito racial.
A trama busca mostrar nas letras da cantora um espelho para o seu comportamento e pensamentos diante de um período conturbado do ponto de vista social, onde uma mulher negra sofria para conseguir s sobressair em qualquer trabalho. A forma de expressar de Nina Simone é bastante contundente e que certamente levantou uma bandeira importante até hoje e que muitos artistas acabam optando por não se envolver.
“What Happened, Miss Simone?” é mais do que um documentário biográfico, e sim um painel dos movimentos artísticos e sociais durante os anos sessenta e setenta, na qual a situação era muito mais difícil que qualquer disputa entre Beatles e Rolling Stones.
NOTA 7,5
EUA/2015
De Liz Garbus (Girlhood, Bobby Fischer Against the World, Com Amor Marylin)
Com Nina Simone, James Baldwin, Stokely Carmichael, Walter Cronkite
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt4284010/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
A história da vida e da carreira de Nina Simone, cantora e pianista americana que virou ativista lutando pelos direitos civis durante as décadas de 60 e 70.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme indicado ao Oscar de Melhor Documentário traz um grande acervo de entrevistas, bastidores e shows da cantora Nina Simone, tentando compreender os fatores que levaram à ascensão , queda e redenção da pianista.
Agora vou falar sobre o NETFLIX!
O espectador acompanha os primeiros passos para a fama, em meio à entrevista com produtores da época e com membros da sua própria família. Nina tinha um transtorno que prejudicava seu trato com a família e com os próprios colegas de trabalho, o que acabou por contrastar com suas lindas músicas e seu ativismo numa época que Martin Luther King estava na ativa contra o preconceito racial.
A trama busca mostrar nas letras da cantora um espelho para o seu comportamento e pensamentos diante de um período conturbado do ponto de vista social, onde uma mulher negra sofria para conseguir s sobressair em qualquer trabalho. A forma de expressar de Nina Simone é bastante contundente e que certamente levantou uma bandeira importante até hoje e que muitos artistas acabam optando por não se envolver.
“What Happened, Miss Simone?” é mais do que um documentário biográfico, e sim um painel dos movimentos artísticos e sociais durante os anos sessenta e setenta, na qual a situação era muito mais difícil que qualquer disputa entre Beatles e Rolling Stones.
NOTA 7,5
Marcadores:
-DOCUMENTÁRIO,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
quarta-feira, março 09, 2016
A VISITA
(The Visit)
EUA/2015
De M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido, Corpo Fechado, Sinais, A Vila, A Dama na Água)
Com Olivia DeJonge, Ed Oxenbould, Kathryn Hahn, Deanna Dunagan, Peter McRobbie
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3567288/?ref_=fn_al_tt_1
Suspense
Dois irmãos, um garoto e uma garota, vão passar uma semana na casa dos avós pela primeira vez na vida, uma vez que os avós cortaram a relação com a mãe deles antes de nascerem.
Confira abaixo o trailer do filme:
Quando se vê um filme de M. Night Shyamalan, logo se pensa em um plot twist, ou seja, em uma grande reviravolta no final. E esse não é diferente, guardando algumas surpresas interessantes. “A Visita” foi o retorno de Shyamalan a um grande lucro, depois de amargar fracassos de público e crítica com superproduções como “Depois da Terra” e “O Último Mestre do Ar”. Desta vez, ele volta às produções de baixo orçamento, pela Blumhouse, produtora responsável por sucessos como “Atividade Paranormal”.
Pode ficar tranquilo que não vai ter reviravolta no final...
O filme tem grandes referências ao célebre conto de João e Maria e conta a história de uma família que não se perdoou. Depois de anos, dois irmãos pré-adolescentes vão conhecer finalmente seus avós. Porém, ao chegar na casa deles, o casal começa a ter comportamentos estranhos, que serão alvo da investigação das crianças.
A atmosfera de mistério está presente em toda a trama, além do humor peculiar de Shyamalan e a utilização de câmera se mexendo ao estilo “Atividade Paranormal” e “Cloverfield”. Tal artifício traz certa repetição, porém é justificado pela trama do filme de forma aceitável. O ponto fraco na verdade encontra-se nas atuações.
“A Visita” acaba sendo um bom mistério, que lembra os clássicos de Shyamalan, que começou a se perder após “A Vila”. Não chega a ser memorável, mas é um exemplar de um gênero há muito tempo perdido entre suspenses batidos e terrores clichês.
NOTA 7,5
EUA/2015
De M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido, Corpo Fechado, Sinais, A Vila, A Dama na Água)
Com Olivia DeJonge, Ed Oxenbould, Kathryn Hahn, Deanna Dunagan, Peter McRobbie
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3567288/?ref_=fn_al_tt_1
Suspense
Dois irmãos, um garoto e uma garota, vão passar uma semana na casa dos avós pela primeira vez na vida, uma vez que os avós cortaram a relação com a mãe deles antes de nascerem.
Confira abaixo o trailer do filme:
Quando se vê um filme de M. Night Shyamalan, logo se pensa em um plot twist, ou seja, em uma grande reviravolta no final. E esse não é diferente, guardando algumas surpresas interessantes. “A Visita” foi o retorno de Shyamalan a um grande lucro, depois de amargar fracassos de público e crítica com superproduções como “Depois da Terra” e “O Último Mestre do Ar”. Desta vez, ele volta às produções de baixo orçamento, pela Blumhouse, produtora responsável por sucessos como “Atividade Paranormal”.
Pode ficar tranquilo que não vai ter reviravolta no final...
O filme tem grandes referências ao célebre conto de João e Maria e conta a história de uma família que não se perdoou. Depois de anos, dois irmãos pré-adolescentes vão conhecer finalmente seus avós. Porém, ao chegar na casa deles, o casal começa a ter comportamentos estranhos, que serão alvo da investigação das crianças.
A atmosfera de mistério está presente em toda a trama, além do humor peculiar de Shyamalan e a utilização de câmera se mexendo ao estilo “Atividade Paranormal” e “Cloverfield”. Tal artifício traz certa repetição, porém é justificado pela trama do filme de forma aceitável. O ponto fraco na verdade encontra-se nas atuações.
“A Visita” acaba sendo um bom mistério, que lembra os clássicos de Shyamalan, que começou a se perder após “A Vila”. Não chega a ser memorável, mas é um exemplar de um gênero há muito tempo perdido entre suspenses batidos e terrores clichês.
NOTA 7,5
Marcadores:
-SUSPENSE,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
terça-feira, março 08, 2016
WINTER’S ON FIRE: UKRAINE’S FIGHT FOR FREEDOM
(Winter’s on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom)
Reino Unido-Ucrânia-EUA/2015
De Evgeny Afineevsky (Divorce: A Journey Through the Kids’ Eyes)
Com Bishop Agapit, Serhii Averchenko, Kristina Berdinskikh
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt4908644/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
Após o presidente Viktor F. Yanukovich recusar a continuar as negociações para entrada da Ucrânia na União Europeia, estudantes decidem protestar entre 2013 e 2014, porém são confrontados com violência pela polícia.
Confira abaixo o trailer do filme:
Neste filme indicado ao Oscar de melhor documentário, o espectador toma conhecimentos dos detalhes que ocorreram em uma das mais fortes rebeliões da história contemporânea. A força do povo perante a intransigência do governo é o ponto forte da trama, fazendo com que o público torça pelos “personagens” que passam pela tela.
Nem precisamos de efeitos especiais!
A história começa situando o espectador da história política mais recente na Ucrânia e o que inicia como uma simples manifestação, ganha proporções gigantescas a medida que o governo vai impondo medidas drásticas para tentar conter a população. O que vemos é um país onde os jovens organizadores da rebelião que nasceram livres, começam a ter que obedecer leis absurdas, que remetem a uma ditadura.
Com uma fotografia impecável, que contrasta com o cenário de violência que as manifestações acabam tendo, a trama apresenta pessoas importantes nesta luta, que relatam seus medos, esperanças e indignações ao passo que continuam a protestar da forma mais pacífica possível.
“Winter’s on Fire” mostra como pode ser forte o poder de reação de um povo perante as injustiças cometidas por um governo eleito pelo povo, mas que não seguiu os preceitos que se dispunha a seguir. Um dos melhores documentários do ano passado.
NOTA 9,0
Reino Unido-Ucrânia-EUA/2015
De Evgeny Afineevsky (Divorce: A Journey Through the Kids’ Eyes)
Com Bishop Agapit, Serhii Averchenko, Kristina Berdinskikh
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt4908644/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
Após o presidente Viktor F. Yanukovich recusar a continuar as negociações para entrada da Ucrânia na União Europeia, estudantes decidem protestar entre 2013 e 2014, porém são confrontados com violência pela polícia.
Confira abaixo o trailer do filme:
Neste filme indicado ao Oscar de melhor documentário, o espectador toma conhecimentos dos detalhes que ocorreram em uma das mais fortes rebeliões da história contemporânea. A força do povo perante a intransigência do governo é o ponto forte da trama, fazendo com que o público torça pelos “personagens” que passam pela tela.
Nem precisamos de efeitos especiais!
A história começa situando o espectador da história política mais recente na Ucrânia e o que inicia como uma simples manifestação, ganha proporções gigantescas a medida que o governo vai impondo medidas drásticas para tentar conter a população. O que vemos é um país onde os jovens organizadores da rebelião que nasceram livres, começam a ter que obedecer leis absurdas, que remetem a uma ditadura.
Com uma fotografia impecável, que contrasta com o cenário de violência que as manifestações acabam tendo, a trama apresenta pessoas importantes nesta luta, que relatam seus medos, esperanças e indignações ao passo que continuam a protestar da forma mais pacífica possível.
“Winter’s on Fire” mostra como pode ser forte o poder de reação de um povo perante as injustiças cometidas por um governo eleito pelo povo, mas que não seguiu os preceitos que se dispunha a seguir. Um dos melhores documentários do ano passado.
NOTA 9,0
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2015,
CINEMA INGLÊS,
RESENHAS DE FILMES
segunda-feira, março 07, 2016
JOGOS VORAZES: A ESPERANÇA - O FINAL
(The Hunger Games: Mockingjay – Part 2)
EUA-Alemanha/2015
De Francis Lawrence (Constantine, Eu Sou a Lenda, Água para Elefantes, Jogos Vorazes: Em Chamas, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)
Com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Stanley Tucci
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1951266/?ref_=fn_al_tt_2
Ficção Científica
Em continuação à guerra que está destruindo todos os distritos de Panem, a líder da rebelião Katniss Everdeen tenta unir todos contra o presidente Snow.
Confira abaixo o trailer do filme:
Esta é a parte final da milionária franquia Jogos Vorazes, sem dúvida o maior sucesso dentre os filmes sobre futuros de distopia, bebendo na fonte de tramas como “Admirável Mundo Novo” e “1984”. O sucesso foi tanto que houve a já famosa divisão do capítulo final do livro em duas partes, tal qual Harry Potter fez, e como a série Divergente está fazendo também.
Este é o inverno da alma!
O espectador continua acompanhando a frente organizada por Katniss para conseguir tirar o presidente Snow do poder. Porém, a trama não é tão simples assim, afinal quem pode assegurar que o poder vai estar nas mãos certas depois que Snow se for? Enquanto isso, a heroína ainda se encontra dividida amorosamente.
Com mais cenas de ação e confirmando sua trama de intrigas que o torna mais adulto que a maioria dos filmes deste subgênero que virou moda, a trama consegue entregar decisões difíceis e reviravoltas. A protagonista precisa encontrar sua força, deixando de ser relutante em diversos momentos, e ainda não confiar cegamente em ninguém, afinal junto com uma tomada de poder, vem a ambição de outras pessoas.
“Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” conclui a saga de forma satisfatória, porém poderia ser menos melodramática e mais madura, como se apresentou em grande parte da franquia. A trama ainda tem o gosto de despedida para o espectador de Philip Seymour Hoffman. A decisão de se escrever uma carta ao invés de reproduzir cenas computadorizadas foi bastante acertada e emocionante. Já a cena final é bastante questionável.
NOTA 8,0
EUA-Alemanha/2015
De Francis Lawrence (Constantine, Eu Sou a Lenda, Água para Elefantes, Jogos Vorazes: Em Chamas, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)
Com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Stanley Tucci
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1951266/?ref_=fn_al_tt_2
Ficção Científica
Em continuação à guerra que está destruindo todos os distritos de Panem, a líder da rebelião Katniss Everdeen tenta unir todos contra o presidente Snow.
Confira abaixo o trailer do filme:
Esta é a parte final da milionária franquia Jogos Vorazes, sem dúvida o maior sucesso dentre os filmes sobre futuros de distopia, bebendo na fonte de tramas como “Admirável Mundo Novo” e “1984”. O sucesso foi tanto que houve a já famosa divisão do capítulo final do livro em duas partes, tal qual Harry Potter fez, e como a série Divergente está fazendo também.
Este é o inverno da alma!
O espectador continua acompanhando a frente organizada por Katniss para conseguir tirar o presidente Snow do poder. Porém, a trama não é tão simples assim, afinal quem pode assegurar que o poder vai estar nas mãos certas depois que Snow se for? Enquanto isso, a heroína ainda se encontra dividida amorosamente.
Com mais cenas de ação e confirmando sua trama de intrigas que o torna mais adulto que a maioria dos filmes deste subgênero que virou moda, a trama consegue entregar decisões difíceis e reviravoltas. A protagonista precisa encontrar sua força, deixando de ser relutante em diversos momentos, e ainda não confiar cegamente em ninguém, afinal junto com uma tomada de poder, vem a ambição de outras pessoas.
“Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” conclui a saga de forma satisfatória, porém poderia ser menos melodramática e mais madura, como se apresentou em grande parte da franquia. A trama ainda tem o gosto de despedida para o espectador de Philip Seymour Hoffman. A decisão de se escrever uma carta ao invés de reproduzir cenas computadorizadas foi bastante acertada e emocionante. Já a cena final é bastante questionável.
NOTA 8,0
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-FICÇÃO,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
sexta-feira, março 04, 2016
CINCO GRAÇAS
(Mustang)
França-Alemanha-Turquia-Qatar/2015
De Deniz Gamze Ergüven
Com Günes Sensoy, Doga Zeynep Doguslu, Tugba Sunguroglu, Elit Iscan, Ilayda Akdogan
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3966404/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Quando cinco garotas órfãs são vistas brincando inocentemente com garotos na praia, há um escândalo entre as pessoas mais conservadoras da pequena cidade onde vivem. Com isso, sua família decidem privá-las de liberdade e arranjam casamentos forçados para elas.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, é baseado no longa “As Virgens Suicidas”, de Sofia Coppola. Dessa vez, as garotas protagonistas são turcas, sob um regime altamente conservador, aumentando a carga dramática da história.
Vamos fazer um diário de adolescente?
Desde o início, o espectador acompanha a vida das cinco irmãs, que sonham simplesmente em conseguir ter o rumo de suas vidas, controladas rigidamente por sua família. A cumplicidade entre elas é vista tanto nas brincadeiras quanto nas situações difíceis, onde tentam driblar o confinamento.
A história segue com as tentativas delas escaparem de um domínio que elas não concordam, mas que estão presas a ele, socialmente e também religiosamente. Os casamentos arranjados trazem a desesperança de conseguir a liberdade tão almejada, que muitas vezes é vinculada à fuga para capital, Istanbul.
“Cinco Graças” é um filme dinâmico, envolvente e que não leva muito tempo para mostrar a que veio, traduzindo na vida de cinco garotas inocentes uma discussão de opiniões diferentes e até onde pode haver controle da vida das pessoas por seus fundamentos culturais.
NOTA 8,0
França-Alemanha-Turquia-Qatar/2015
De Deniz Gamze Ergüven
Com Günes Sensoy, Doga Zeynep Doguslu, Tugba Sunguroglu, Elit Iscan, Ilayda Akdogan
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3966404/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Quando cinco garotas órfãs são vistas brincando inocentemente com garotos na praia, há um escândalo entre as pessoas mais conservadoras da pequena cidade onde vivem. Com isso, sua família decidem privá-las de liberdade e arranjam casamentos forçados para elas.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, é baseado no longa “As Virgens Suicidas”, de Sofia Coppola. Dessa vez, as garotas protagonistas são turcas, sob um regime altamente conservador, aumentando a carga dramática da história.
Vamos fazer um diário de adolescente?
Desde o início, o espectador acompanha a vida das cinco irmãs, que sonham simplesmente em conseguir ter o rumo de suas vidas, controladas rigidamente por sua família. A cumplicidade entre elas é vista tanto nas brincadeiras quanto nas situações difíceis, onde tentam driblar o confinamento.
A história segue com as tentativas delas escaparem de um domínio que elas não concordam, mas que estão presas a ele, socialmente e também religiosamente. Os casamentos arranjados trazem a desesperança de conseguir a liberdade tão almejada, que muitas vezes é vinculada à fuga para capital, Istanbul.
“Cinco Graças” é um filme dinâmico, envolvente e que não leva muito tempo para mostrar a que veio, traduzindo na vida de cinco garotas inocentes uma discussão de opiniões diferentes e até onde pode haver controle da vida das pessoas por seus fundamentos culturais.
NOTA 8,0
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-DRAMA,
2015,
CINEMA FRANCÊS,
RESENHAS DE FILMES
quinta-feira, março 03, 2016
45 ANOS
(45 Years)
Reino Unido/2015
De Andrew Haigh (Greek Pete, Weekend)
Com Charlotte Rampling, Tom Courtenay, Geraldine James, Dolly Wells
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3544082/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Um casal prestes a comemorar 45 anos de casados recebe uma notícia que promete mudar o rumo de suas vidas.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme inglês conseguiu inúmeros prêmios, incluindo uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Charlotte Rampling. A trama, vista superficialmente, parece discutir alguns conceitos parecidos com “Amor”, de Michael Haneke, porém sem a mesma profundidade.
Porque não ganhei aquele Oscar?
Analisado de forma mais profunda, a trama mostra como um casal na terceira idade ainda pode ter questões para resolver, mesmo depois de muito tempo juntos. As mudanças de expressões e comportamentos por causa de uma notícia que traz de volta a tona um passado extremamente remoto ainda é capaz de abalar a vida do casal.
Neste ponto, o personagem de Charlotte mostra-se em uma perturbação que passa todo o sentimento ao espectador. Melhor ainda que ela, é Tom Courtenay, que consegue interpretar seu marido, um sujeito abalado pela idade e que precisa revisitar uma época em sua mente que parecia não ter mais motivos para existir.
Ainda que tenhamos uma boa dupla de personagens, o roteiro deixa um pouco a desejar e torna a trama monótona e sem atrativos para o espectador acompanhar o desenrolar dos acontecimentos que vão culminar na tal festa de 45 anos de casamento da dupla.
NOTA 5,0
Reino Unido/2015
De Andrew Haigh (Greek Pete, Weekend)
Com Charlotte Rampling, Tom Courtenay, Geraldine James, Dolly Wells
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3544082/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Um casal prestes a comemorar 45 anos de casados recebe uma notícia que promete mudar o rumo de suas vidas.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme inglês conseguiu inúmeros prêmios, incluindo uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Charlotte Rampling. A trama, vista superficialmente, parece discutir alguns conceitos parecidos com “Amor”, de Michael Haneke, porém sem a mesma profundidade.
Porque não ganhei aquele Oscar?
Analisado de forma mais profunda, a trama mostra como um casal na terceira idade ainda pode ter questões para resolver, mesmo depois de muito tempo juntos. As mudanças de expressões e comportamentos por causa de uma notícia que traz de volta a tona um passado extremamente remoto ainda é capaz de abalar a vida do casal.
Neste ponto, o personagem de Charlotte mostra-se em uma perturbação que passa todo o sentimento ao espectador. Melhor ainda que ela, é Tom Courtenay, que consegue interpretar seu marido, um sujeito abalado pela idade e que precisa revisitar uma época em sua mente que parecia não ter mais motivos para existir.
Ainda que tenhamos uma boa dupla de personagens, o roteiro deixa um pouco a desejar e torna a trama monótona e sem atrativos para o espectador acompanhar o desenrolar dos acontecimentos que vão culminar na tal festa de 45 anos de casamento da dupla.
NOTA 5,0
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-DRAMA,
2015,
CINEMA INGLÊS,
RESENHAS DE FILMES
terça-feira, março 01, 2016
OSCAR 2016 - SURPRESA!!! SURPRESA???
Por Laura Furtado
Todos os anos, a premiação da Academia (Academy of Motion
Pictures Arts and Sciences) mexe com todos nós, seja para torcer por aquele
filme que adoramos e (por um milagre) conseguiu ser indicado, seja para
participar de um bolão, seja para ver atores, atrizes, diretores, etc, em suas
roupas de gala chegando e cruzando o tapete vermelho.
E sempre há alguma surpresa, boa ou não tão boa assim,
porque se fosse como todos esperam, não seria o Oscar. Grande parte do atrativo
desta premiação está na imprevisibilidade dos resultados. Porque certos prêmios
realmente não fazem muito sentido, considerando os concorrentes. E este ano não
foi exceção.
Primeiro, gostaria de comentar sobre a famosa “diversidade”
do Oscar. Para ser sincera, nunca vi tantos atores afro-americanos apresentando
os prêmios. Nada contra, muito pelo contrário, mas gostaria de apontar dois
comentários sobre a situação, primeiro de Whoopi Goldberg, quando a polêmica
começou. Ela disse algo como: o problema é que não há bons papéis, não há
filmes para negros. Então a questão não é que somente brancos foram indicados
esse ano, mas que os negros não foram indicados porque não há papeis de
destaques para eles, para que possam concorrer ao Oscar.
Segundo de Chris Rock: “este com certeza não foi o primeiro
Oscar que não houve negros indicados, o caso é que antes haviam coisas mais
importantes para protestar”. Ainda acho que há coisas mais importantes para
protestar, mas este ano foi a “diversidade”.
Agora vamos às premiações: filme da noite – Mad Max: Fury
Road. Como disse nas minhas escolhas para o Oscar, Mad Max deveria levar todas
as categorias técnicas. E assim foi, ou quase...
Categorias técnicas: melhor edição, melhor fotografia,
melhores efeitos visuais, melhor edição de som, melhor mixagem de som, melhor
direção de arte, melhor figurino, melhor maquiagem. Mad Max concorria em todas
essas categorias (8) e levou seis (6). As duas que perdeu foram melhor
fotografia (O Regresso – The Revenant) e melhores efeitos especiais
(Ex-Machina).
Aqui abordamos a maior surpresa da noite. Os indicados a
melhores efeitos especiais eram: Ex Machina; Mad Max: Estrada da Fúria; Perdido
em Marte; O Regresso; Star Wars: O Despertar da Força.
Neste caso, eu vi todos estes cinco filmes e digo a vocês, o
último que esperaria ganhar é Ex-Machina, porque se compararmos os efeitos
especiais destes filmes o mais “simples” é de Ex-Machina. Na hora me lembrei do
Oscar de 2000, quando Beleza Americana (American Beauty) ganhou. Todos os
demais concorrentes eram filmes muito mais interessantes do que o saco plástico
(na minha modesta opinião, o ponto alto do filme e pelo qual ele é lembrado até
hoje). Para lembrá-los: Regras da Vida (The Cider House Rules), À Espera de um
Milagre (The Green Mile), O Informante (The Insider), O Sexto Sentido (The
Sixth Sense). De todos esses, acho que o Sexto Sentido é o mais lembrado,
seguido por À Espera de um Milagre. Beleza Americana é lembrado pelo saco
plástico, que se tornou piada em alguns outros filmes.
Eu não gostei de Ex-Machina, embora se deva prestar atenção
ao tema (o que criamos e que pode se voltar contra nós). Quando vi a “robô”,
logo pensei: como isso foi feito? Veste-se a atriz com um macacão verde e
depois se coloca as imagens. Aparentemente não foi esse o efeito especial
usado, mas mesmo assim. Oscar de Melhores Efeitos Especiais deve ir para um
filme que nos surpreenda, onde esses efeitos chamem a atenção. A parte esse
pensamento de como foi feito, depois me concentrei no filme e concordei com a
indicação para Melhor Roteiro Original. O roteiro me chamou muito, muito mais
atenção dos que os efeitos. Na foto, efeitos especiais de Ex-Machina.
E se voltarmos um pouco, o último filme a ganhar um Oscar
nesta categoria e que custou menos de 100 milhões de dólares foi Matrix.
Matrix! Que revolucionou muita coisa em termos de filmagem e efeitos. O que
aconteceu agora foi que muito se falou que a Alicia Vikander deveria ter sido
indicada por este filme, o que fez com que muita gente fosse assistir
Ex-Machina para ver a atuação dela. Então, quando foram votar, lembraram-se dele
e resolveram dar o prêmio porque tinham visto o filme (não se enganem, a
maioria das pessoas que vota no Oscar não viu todos os filmes), ou por “culpa”,
por não terem indicado Alicia como melhor atriz.
E ei, só lembrando, esta não é a primeira vez que um ator
(ou atriz) ganha um prêmio mais pelo conjunto de sua obra do que pelo filme que
foi indicado. Vicander ganhou melhor atriz coadjuvante e Leonardo DiCaprio
ganhou por melhor ator. Eu disse que o Leo ganharia melhor ator porque tinha
que ganhar, pelo conjunto do que ele fez. E assim foi. Felizmente não tivemos
nenhuma surpresa ai.
Gostaria apenas de acrescentar que filmes como: Jurassic
World, Avengers: Age of Ultron, Ant-Man, Terminator Genesis, só para citar
alguns, não foram sequer indicados nesta categoria. Alguém duvida que haja
consideráveis efeitos especiais nestes filmes para que fossem indicados?
Voltando a Mad Max e Melhor Fotografia – O Regresso (The
Revenant). A Academia tem uma “tendência” a “distribuir” os Oscar, a tentar
equilibrar os prêmios entre os favoritos. E vendo o resultado final (O Regresso
não ganhou melhor filme como era esperado pela maioria), entende-se
perfeitamente porque levou um Oscar aqui. Mas que fique claro, a fotografia de
O Regresso é muito bonita, mas eu ainda daria a estatueta para Mad Max. Quem
viu os dois filmes vai entender melhor.
Muito bem, Mad Max cumpriu seu papel de levar a grande
maioria dos Oscar técnicos. Só acrescento que Mad Max ganhar a estatueta de
melhor figurino foi uma surpresa sim, não das maiores, mas foi uma surpresa.
Embora vendo a roupa que a Sandy Powell (responsável pelos figurinos de Carol e
Cinderela) usou no Oscar, eu não me admiro que ela não tenha ganho. Sei que uma
coisa não tem nada a ver com a outra, mas precisava comentar, quem viu, sabe do
que estou falando. Nesta categoria, o favorito era Cinderela, pois as roupas
foram mais elaboradas, mais bonitas. Carol, A Garota Dinamarquesa e O Regresso
apresentam roupas de épocas, muito bem pesquisadas e reproduzidas. Mad Max
apresenta roupas de fantasia, pois o filme não acontece em um universo
histórico e sim fantástico. Mas valeu, mais um para Mad Max. Fiquei feliz.
Roteiros: ganharam os que eram esperados, Spotlight como
melhor roteiro original e A Grande Aposta (The Big Short) como melhor roteiro
adaptado. Quem viu os filmes sabe que são filmes onde o roteiro é o que chama
atenção.
Filme estrangeiro: sem surpresas, ganhou O Filho de Saul.
Infelizmente não vi nenhum dos indicados nesta categoria, mas a estória do
Filho de Saul chama a atenção. O Holocausto, para mim, faz parte de temas que,
mesmo sendo repetitivos, devem ser mostrados para que nunca sejam esquecidos.
Para que os erros do passado não se repitam.
Melhor Animação: novamente sem surpresas, ganhou o favorito
Divertida Mente (Inside Out). O mesmo com Melhor Trilha Sonora: ganhou Os Oito
Odiados (The Hateful Eight – Ennio Morricone). Detalhe, o maestro teve o
respeito que merece, podendo fazer seu discurso de agradecimento na íntegra,
sem qualquer música entrar para atrapalhar. Respeito dos colegas vale muito!
Melhor Canção Original: surpresa aqui, a favorita “Til it
happens to you” perdeu para “Writing’s on the wall”, do 007 Spectre. Eu gostei
mais da música do Sam Smith, embora não ache que é o tipo de música para um
filme de 007, acho que a música deveria ser mais vibrante para combinar com a
ação do filme. O música da Lady Gaga tinha mais apelo por causa do filme para o
qual foi feita. No entanto, acabou não ganhando...
Melhor Documentário: ganhou o esperado, Amy, sobre Amy
Winehouse. Eu escolheria
“Cartel Land” ou “Winter on fire: Ukraine’s Fight for Freedom”. Infelizmente
eu não vi nenhum dos documentários indicados, embora pretenda assistir Winter
on Fire na Netflix.
Melhor Documentário Curta Metragem: ganhou um dos três que
eram mais favoritos – “A Girl in the River: The Price of Forgiveness”
(Paquistão x mulheres). Os outros que tinham mais chance eram Body Team 12 e
Claude Lanzmann: Spectress of the Shoah”. Eu escolheria “Chau, beyond the
lines”, novamente, infelizmente, pela estória, pois não vi nenhum dos
indicados.
Melhor Curta de Animação: surpresa, o favorito era “Sanjay’s
Super Team”, mas ganhou “Bear Story”, o meu favorito. Melhor Curta-Metragem:
ganhou o esperado – “Ave Maria”.
Meu comentário aqui refere-se ao que CK Louis disse quando
apresentou o prêmio de melhor documentário curta metragem: ele disse algo como
o Oscar para esta categoria realmente significa algo, pois quem faz esse tipo
de filme nunca vai ganhar muito dinheiro e ganhar um Oscar provavelmente é a
melhor coisa que vai acontecer na vida deles. Pensem a respeito, quem realmente
liga para estas quatro categorias, a não ser para tentar adivinhar quem vai
ganhar para apostar no bolão?
E agora vamos para o “creme de la creme”, ou seja, o que
mais esperamos ver no Oscar. Melhores atores, diretor e filme.
Comecemos por melhor diretor: ganhou quem era esperado, A
lejandro G. Iñárritu, por O Regresso (The Revenat).
Melhor atriz coadjuvante: também sem surpresas, Alicia
Vicander, por A Garota Dinamarquesa.
Melhor ator coadjuvante: surpresa aqui, pois o favorito era
o Stalone, que perdeu para Mark, não o Rufallo, que eu queria, mas o Rylance,
por a Ponte dos Espiões (Bridge of Spies). Mais ou menos aquela coisa de “temos
que dar um Oscar para o filme do Spielberg com o Tom Hanks”...
Melhor ator: Leo, Leo, Leo!!! Parabéns, valeu mesmo
academia, por reconhecer um ator que lutou muito para chegar onde está. Quem
viu os primeiros filmes de Leonardo DiCaprio e viu os últimos sabe do que estou
falando. Na foto, Kate Winslet abraça Leonardo DiCaprio após ele vencer o Oscar.
E agora, melhor filme. Confesso que quando ouvi Morgan
Freeman dizer Spotlight custei a acreditar no que ouvia, tanto que nem vi
direito os agradecimentos do pessoal. Foi surpresa, foi sim, esperava-se que O
Regresso ganhasse, ainda mais que Iñarritu e DiCaprio ganharam. Mas foi
Spotlight! Meu favorito. Dos indicados, só vi metade. Ainda pretendo ver os
outros quatro, mas do que vi e li, Spotlight continua sendo meu preferido. E
fiquei muito feliz porque depois de muito tempo a Academia escolheu um filme
bom como melhor filme. Na foto, Spotlight recebendo o Oscar.
Ano passado ganhou Birdman (não vi e nem vou ver); 2014: 12
anos de escravidão (além da Lupita alguém lembra algo significante deste filme,
além do terrível senhor de escravos Fassbender? E olha que você tem que ver o
“Full Cast” para achar o Fassbender lá pelo meio. A Lupita vem logo depois).
2013: Argo (estória legal, mas eu até hoje não tive vontade de ver de novo,
Spotlight já vi duas vezes). 2012: O Artista (filme bonitinho, mas mudo, em
preto e branco, em pelo século XX? Lembrado este ano, porque o cachorrinho
morreu e não foi lembrado no “In Memoriam”). 2011: O Discurso do Rei (gostei).
Finalmente: “In Memoriam” – infelizmente, como sempre, a
Academia esqueceu muita gente. Deixo o link aqui para verem uma lista mais
completa daqueles que nos deixaram entre um Oscar e outro (Fevereiro de 2015 a
Fevereiro de 2016): http://www.imdb.com/awards-central/oscars-in-memoriam-2016/ls033336951?pf_rd_m=A2FGELUUNOQJNL&pf_rd_p=2418601722&pf_rd_r=1XP4G3HA52KFKBQFM4JH&pf_rd_s=center-7&pf_rd_t=15061&pf_rd_i=homepage&ref_=hm_ac_acd_im_sm
Aliás, prestem atenção este ano, a quantidade de artistas
que já se foram está sendo significativa, pois praticamente todo dia que olho o
IMDb vejo que mais um se foi. Ontem, foi George Kennedy...
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