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quinta-feira, julho 09, 2015

UM POMBO POUSOU NO GALHO REFLETINDO A EXISTÊNCIA

(En Duva Satt pa en Gren och Funderade pa Tillvaron)
Suécia-Alemanha-Noruega-França/2014
De Roy Andersson (En Karlekshistoria, Canções do Segundo Andar, Vocês os Vivos)
Com Holger Andersson, Nils Westblom, Charlotta Larsson, Viktor Gyllenberg
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1883180/?ref_=fn_al_tt_1
Comédia Dramática

                Sam e Jonathan, dois vendedores infelizes, embarcam em uma série de episódios absurdos que refletem a existência humana.

Confira abaixo o trailer do filme:


               
               Roy Andersson é uma espécie de “Terrence Malick sueco”. O cineasta tem poucos filmes e um longo hiato entre cada um deles. Além disso, suas tramas são para poucos, destituídas de elementos de entretenimento e supostamente abarrotando reflexões na tela.
                Neste filme, ele apresenta a última parte da trilogia sobre o que é ser humano. Para o espectador, não importa muito ver os dois primeiros, pois a trama não tem uma continuidade de roteiro e sim de tema. Em 39 esquetes e 1h40 de duração, sob um título totalmente exótico, vemos em cada episódio um fragmento sobre a existência humana, do ponto de vista particular do diretor.











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                Os únicos personagens que ligam cada um desses fragmentos, são a dupla depressiva de vendedores de artigos de diversão (leia-se dentadura de vampiro, saco de risadas e uma máscara). A ironia é exatamente o que se vê na tela: como esses sujeitos tristes podem vender alegria?
                Na verdade, todos os personagens do longa apresentam-se com uma maquiagem intencionalmente pesada para talvez transparecer que são membros de uma sociedade morta. E através destes personagens e das situações absurdas que se põe na tela, há críticas ao sistema, análise do comportamento humano, dos relacionamentos interpessoais, guerra, escravidão, etc.
                Apesar das reflexões terem múltiplas camadas, a condução do filme é extremamente monótona e requer uma paciência absurda do espectador. No final, parece que o espectador mais tem raiva de estar assistindo do que prestar atenção em detalhes importantes da trama. Afinal, mais importante que apresentar uma obra complexa e de muitas amadas reflexivas, é fazer com que haja uma motivação para acompanhar esses caminhos cinematográficos tão comumente tortuosos. E neste “O Pombo...” o que se vê é quase um filme-ambiente, daqueles que se põe na TV para que em um momento ou outro você “parar” assistindo um dos muitos episódios, e tal qual a página de um livro com frases reflexivas, você divagar sobre o que está vendo.

NOTA 1,5

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