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quarta-feira, abril 03, 2013

A VIAGEM

(Cloud Atlas)
EUA-Alemanha-Hong Kong-Singapura/2012
De Andy Wachowski e Lana Wachowski (Matrix, Speed Race) e Tom Tykwer (Corra Lola Corra, Perfume – A História de um Assassino)
Com Tom Hanks, Halle Berry, Hugo Weaving, Hugh Grant, Susan Sarandon, Jim Broadbent, Doona Bae, Ben Whishaw
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1371111/?ref_=fn_al_tt_1
Drama

                Em seis épocas diferentes, tudo parece estar conectado. As situações são as mais diversas: um diário cruzando o Pacífico em 1849, cartas de um compositor para seu amado nos anos 1930, uma trama misteriosa envolvendo uma usina nuclear , um editor tentando escapar de um asilo nos anos 1970, uma rebelião de robôs em uma futurista Coréia, além da história de uma tribo em um período pós-apocalíptico.

Confira abaixo o trailer do filme:



             Os irmãos Wachowski se juntam ao alemão Tom Tykwer e realizam uma obra que poderia ser perfeita. O problema é sua grandiosidade exagerada que atrapalha toda a trama. Nela, ocorrem seis histórias em diferentes épocas, na qual um mesmo ator interpreta um personagem diferente em cada uma delas. O fato de ser o mesmo ator (e isso inclui homem interpretando mulher e vice-versa) sugere o tom espiritual da história, na qual os personagens daquele ator estão interligados e mantêm a mesma integridade e objetivo de vida. Veja no quadro abaixo a interligação dos personagens ao longo do tempo.











     

         Para se ter uma ideia, Hugo Weaving sempre interpreta uma espécie de vilão, que se contrapõe à protagonista interpretada por Doona Bee. Os gêneros, as faixas etárias e outras características físicas podem mudar, mas não as motivações internas. Para completar o tom grandioso do filme, cada história pertence a um gênero cinematográfico diferente, seja aventura, suspense, comédia, romance, ficção científica e épico.

 









"Podem até acreditar que eu corri vários quilômetros, mas nunca que já tive esse visual!"

             Porém, a profusão de personagens em um tom altamente dinâmico (talvez por conta da característica de filmar de Tom Tykwer) pode confundir o espectador e não gerar uma das principais reflexões do filme, que é a de confirmar as repetições das características mentais de cada personagem ao longo das épocas. E isso ocorre justamente porque às vezes fica difícil de reconhecer um mesmo personagem em outras épocas.
             A excepcional ideia da trama seria bem melhor aproveitada se tivessem menos personagens, menos épocas e um ritmo menor, o que poderia inclusive reduzir as três longas horas do filme. Ainda assim, prova que o cinema pode soar filosófico sem ser monótono.

NOTA 7,5

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