Neste domingo foi apresentado o Oscar 2016, com justiças e surpresas. Leonardo DiCaprio (foto) finalmente conseguiu a estatueta de melhor ator. Já seu filme, "O Regresso", não confirmou o favoritismo e viu Spotlight: Segredos Revelados ganhar o prêmio de melhor filme. Dentre os técnicos, Mad Max: Estrada da Fúria se saiu o maior vencedor, com 6 estatuetas. Só que não conseguiu a sétima, em efeitos especiais, por causa da grande surpresa Ex-Machina, azarão dentre os candidatos. Brie Larson, de O Quarto de Jack faturou melhor atriz. Dentre os coadjuvantes, outra surpresa foi Sylvester Stallone não levar, e sim Mark Rylance, pelo filme Ponte dos Espiões. Confira abaixo a lista completa com os vencedores.
ROTEIRO ORIGINAL
"Ponte dos Espiões"
"Ex-Machina: Instinto Artificial"
"Divertida Mente"
"Spotlight: Segredos Revelados" - VENCEDOR
"Straight Outta Comptom -– A História de N.W.A."
ROTEIRO ADAPTADO
"A Grande Aposta" - VENCEDOR
"Brooklyn"
"Carol"
"Perdido em Marte"
"O Quarto de Jack"
ATRIZ COADJUVANTE
Jennifer Jason Leigh, "Os Oito Odiados"
Rooney Mara, "Carol"
Rachel McAdams, "Spotlight"
Alicia Vikander, "A Garota Dinamarquesa" - VENCEDORA
Kate Winslet, "Steve Jobs"
FIGURINO
"Carol" - Sandy Powell
"Cinderella" - Sandy Powell
"A Garota Dinamarquesa" - Paco Delgado
"Mad Max: Estrada da Fúria" - Jenny Beavan - VENCEDORA
"O Regresso" - Jacqueline West
DIREÇÃO DE ARTE
"Ponte dos Espiões"
"A Garota Dinamarquesa"
"Mad Max: Estrada da Fúria" - VENCEDOR
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
MAQUIAGEM E CABELO
"Mad Max: Estrada da Fúria" (Lesley Vanderwalt, Elka Wardega e Damian Martin) - VENCEDOR
"The 100-Year-Old Man Who Climbed out the Window and Disappeared" (Love Larson e Eva von Bahr)
"O Regresso" (Siân Grigg, Duncan Jarman e Robert Pandini)
FOTOGRAFIA
"Carol" (Ed Lachman)
"Os 8 Odiados" (Robert Richardson)
"Mad Max: Estrada da Fúria" (John Seale)
"O Regresso" (Emmanuel Lubezki) - VENCEDOR
"Sicário: Terra de Ninguém" (Roger Deakins)
MONTAGEM
"A Grande Aposta" (Hank Corwin)
"Mad Max: Estrada da Fúria" (Margaret Sixel) - VENCEDORA
"O Regresso" (Stephen Mirrione)
"Spotlight: Segredos Revelados" (Tom McArdle)
"Star Wars: O Despertar da Força" (Maryann Brandon e Mary Jo Markey)
EDIÇÃO DE SOM
"Mad Max: Estrada da Fúria" - VENCEDOR
"Perdido em marte"
"O Regresso"
"Sicário: Terra de Ninguém"
"Star Wars: O Despertar da Força"
MIXAGEM DE SOM
"Ponte dos Espiões"
"Mad Max: Estrada da Fúria" - VENCEDOR
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"Star Wars: O Despertar da Força"
EFEITOS VISUAIS
"Ex Machina" - VENCEDOR
"Mad Max: Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"Star Wars: O Despertar da Força"
CURTA DE ANIMAÇÃO
"Bear Story" - VENCEDOR
"World of Tomorrow"
"Prologue"
"We Can't Live Without Cosmos"
"Os Heróis de Sanjay"
ANIMAÇÃO
"Anomalisa"
"O Menino e o Mundo"
"Divertida Mente" - VENCEDOR
"Shaun, o Carneiro"
"As Memórias de Marnie"
ATOR COADJUVANTE
Christian Bale, "A Grande Aposta"
Tom Hardy, "O Regresso"
Mark Ruffalo, "Spotlight - Segredos Revelados"
Mark Rylance, "Ponte dos Espiões" - VENCEDOR
Sylvester Stallone, "Creed: Nascido Para Lutar"
DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
"Body Team 12"
"Chau, beyond the Lines"
"Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah"
"A Girl in the River: The Price of Forgiveness" - VENCEDOR
"Last Day of Freedom"
DOCUMENTÁRIO
"Amy" - VENCEDOR
"Cartel Land"
"The Look of Silence"
"O Que Aconteceu, Miss Simone?"
"Winter on Fire"
CURTA-METRAGEM
"Ave Maria"
"Day One"
"Everything Will Be Okay (Alles Wird Gut)"
"Shok"
"Stutterer" - VENCEDOR
FILME ESTRANGEIRO
"O Abraço da Serpente" (Colômbia)
"Cinco Graças" (França)
"O Filho de Saul" (Hungria) - VENCEDOR
"Theeb" (Jordânia)
"A War" (Dinamarca)
CANÇÃO ORIGINAL
"Earned It", de "Cinquenta Tons de Cinza" (Abel Tesfaye/Ahmad Balshe/Jason Daheala/Stephan Moccio)
"Manta Ray", de "A Corrida contra a Extinção" (J. Ralph/Antony Hegarty)
"Simple Song #3", de "Juventude" (David Lang)
"Til It Happens To You", de "The Hunting Ground" (Diane Warren/Lady Gaga)
"Writing's On The Wall", de "007 contra Spectre" (Jimmy Napes/Sam Smith) - VENCEDOR
TRILHA SONORA ORIGINAL
"Ponte dos Espiões" (Thomas Newman)
"Carol" (Carter Burwell)
"Os Oito Odiados" (Ennio Morricone) - VENCEDOR
"Sicário: Terra de Ninguém" (Jóhann Jóhannsson)
"Star Wars: O Despertar da Força" (John Williams)
DIREÇÃO
Adam McKay, "A Grande Aposta"
George Miller, "Mad Max: Estrada da Fúria"
Alejandro G. Iñarritu, "O Regresso" - VENCEDOR
Lenny Abrahamson, "O Quarto de Jack"
Tom McCarthy, "Spotlight: Segredos Revelados"
ATRIZ
Cate Blanchett, "Carol"
Brie Larson, "O Quarto de Jack" - VENCEDORA
Jennifer Lawrence, "Joy: O Nome do Sucesso"
Charlotte Rampling, "45 Anos"
Saoirse Ronan, "Brooklyn"
ATOR
Bryan Cranston, "Trumbo - Lista Negra"
Leonardo DiCaprio, "O Regresso" - VENCEDOR
Eddie Redmayne, "A Garota Dinamarquesa"
Michael Fassbender, "Steve Jobs"
Matt Damon, "Perdido em Marte"
FILME
"A Grande Aposta"
"Ponte dos Espiões"
"Brooklyn"
"Mad Max: Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"O Quarto de Jack"
"Spotlight – Segredos Revelados" - VENCEDOR
segunda-feira, fevereiro 29, 2016
domingo, fevereiro 28, 2016
FRAMBOESA DE OURO - VENCEDORES
Neste sábado, foi anunciado os vencedores do Framboesa de Ouro 2016, que premia os piores filmes do ano. "Cinquenta Tons de Cinza" foi o principal "premiado" e levou inclusive a estatueta de Pior Filme dividindo com "Quarteto Fantástico". Confira abaixo a lista completa com os vencedores.
Pior filme
"Cinquenta tons de cinza"
"Quarteto Fantástico"
Pior diretor
Josh Trank ("Quarteto Fantástico")
Pior ator
Jamie Dornan ("Cinquenta tons de cinza")
Pior atriz
Dakota Johnson ("Cinquenta tons de cinza")
Pior ator coadjuvante
Eddie Redmayne ("O destino de Júpiter")
Pior combo
Jamie Dornan e Dakota Johnson ("Cinquenta tons de cinza")
Pior roteiro
"Cinquenta tons de cinza"
Pior atriz coadjuvante
Kaley Cuoco ("Alvin e os Esquilos: Na estrada" e "Padrinhos LTDA")
Pior refilmagem, rip-off ou sequência
"Quarteto Fantástico"
Prêmio Razzie Redeemer (para quem já foi indicado e conseguiu dar a volta por cima)
Sylvester Stallone
Pior filme
"Cinquenta tons de cinza"
"Quarteto Fantástico"
Pior diretor
Josh Trank ("Quarteto Fantástico")
Pior ator
Jamie Dornan ("Cinquenta tons de cinza")
Pior atriz
Dakota Johnson ("Cinquenta tons de cinza")
Pior ator coadjuvante
Eddie Redmayne ("O destino de Júpiter")
Pior combo
Jamie Dornan e Dakota Johnson ("Cinquenta tons de cinza")
Pior roteiro
"Cinquenta tons de cinza"
Pior atriz coadjuvante
Kaley Cuoco ("Alvin e os Esquilos: Na estrada" e "Padrinhos LTDA")
Pior refilmagem, rip-off ou sequência
"Quarteto Fantástico"
Prêmio Razzie Redeemer (para quem já foi indicado e conseguiu dar a volta por cima)
Sylvester Stallone
sábado, fevereiro 27, 2016
PREVISÕES DO OSCAR 2016 - POR LAURA FURTADO
Olá pessoal,
Como disse ao Warny, a partir deste ano “me retiro” da
competição do Oscar, pois como ele mesmo disse, essa competição começou para a
gente se divertir e eu não estava me divertindo mais, tendo que votar em filmes
que não gostei porque eram os com maior chance de ganhar a estatueta.
Então, agora faço minhas escolhas baseado no que vi e gostei
e não no que pode ganhar o Oscar, e por isso saio da competição, porque sei que
não vou ganhar mesmo.
Melhor Filme
Spotlight: Segredos Revelados
Gostei muito deste filme, mexeu comigo, acho a estória
importante, gostei dos atores. No entanto, se querem saber, acho que o Regresso
deve levar a estatueta. Não gostei do filme, lembra Os Miseráveis, onde tudo
era tão miserável, onde DiCaprio come o pão que o diabo amassou, ou melhor, que
o urso amassou.
Melhor Diretor
George Miller (Mad Max: Estrada da Fúria)
Escolheria George Miller. Embora eu não tenha gostado de Mad
Max, não é o meu tipo de filme, mas os amigos que viram elogiaram tanto, que
acabei assistindo e realmente, para quem gosta do gênero, o filme ficou muito
bom. Mas a estatueta deve ir para o Iñárritu. Eu ainda prefiro os loucos do
deserto ao urso, embora fosse favorável a dar um Oscar para a criatura.
Melhor Ator
Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Comentários não necessários. Ele TEM que ganhar o Oscar este
ano.
Melhor Atriz
Brie Larson (O Quarto de Jack)
Concordo com a favorita, interpretar uma pessoa na situação
dela não é fácil e pelo que vi ficou muito bom.
Melhor Ator Coadjuvante
Mark Ruffalo (Spotlight: Segredos Revelados)
Eu gosto muito do Ruffalo, e ele está muito bem neste filme,
não conheço a pessoa que ele representa, mas a interpretação está bem real, bem
convincente. Mas o pessoal da Academia deve dar outro Oscar para Stallone...
Melhor Atriz Coadjuvante
Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados)
Eu escolho a Jennifer Jason Leigh, não gostei do personagem
dela e por esta razão a escolho, porque ela fez aquele personagem que a gente
odeia. Eu acho isso muito complicado, porque no fundo todos querem que gostem
da gente, então ser alguém que ninguém gosta não é fácil.
A estatueta deve ir para a Vicander. O Redmayne está ótimo
como mulher, mas este é o ano do DiCaprio, então, para compensar, a “mulher”
dele leva a estatueta.
Melhor Filme Estrangeiro
O Filho de Saul (Hungria)
Sem discussão, o Filho de Saul leva. Tudo bem, eu confesso
que tenho um fraco sobre filmes sobre o holocausto. Esta semana vi uma
minissérie na Netflix sobre tráfico humano. Chocante, mas assim como o holocausto,
é um tema que tem que ser tratado e retratado, para que as pessoas nunca se
esqueçam que, paralelo às nossas vidas confortáveis, há coisas horríveis
acontecendo lá fora e se por acaso virmos algo que seja “estranho” temos que
avisar alguém que possa fazer alguma coisa (na minissérie, a investigação
começa quando um dono de uma loja de doces acha estranho haver uma fila de
homens em um salão de beleza, que na verdade era um prostíbulo).
Quanto aos demais filmes, infelizmente não vi nenhum, mas
gostei da estória do El Abrazo de la Serpent (Embrace of the Serpent) da
Colombia, sobre pesquisas de ervas medicinais na área do Amazonas; e do Lobo do
Deserto (Theeb), sobre um garoto que enfrenta o deserto para levar um oficial
britânico, durante a Primeira Guerra Mundial.
Melhor Roteiro Original
Spotlight: Segredos Revelados
Spotlight, Spotlight, Spotlight: é o Oscar que este filme
vai levar. E merece!
Melhor Roteiro Adaptado
A grande Aposta
Outra pule de 10, sem discussões.
Melhor Animação
O Menino e o Mundo
Voto com o coração no filme brasileiro. Temos que
prestigiar. Gostei de Divertida mente, mas não acho que mereça um Oscar, no
entanto, deve levar assim mesmo.
Melhor Edição
Mad Max: Estrada da Fúria
Não há como competir, Mad Max é um excelente trabalho
técnico e merece levar todos os Oscars desta categoria. Gostaria de votar em
outro, como Star Wars, mas tenho que ser justa. O filme realmente chama mais a
atenção.
Melhor Fotografia
Mad Max: Estrada da Fúria
Novamente não há como competir, Mad Max é um excelente
trabalho técnico e merece levar todos os Oscars desta categoria. Gostaria de
votar em outro, como os Oito Odiados (gosto do Tarantino), mas tenho que ser
justa, e olha que nem gostei do filme.
Melhor Trilha Sonora
Os Oito Odiados
Duas palavras: Ennio Morricone.
Melhor Canção Original
Writing's
on the wall, Sam Smith (007 contra Spectre)
Este ano está difícil, para ser sincera nenhuma música
chamou minha atenção. A favorita, que deve levar o Oscar, pelo filme que está
representando (The Hunting Ground, um documentário sobre estupros nos campus
das Universidades americanas), e por ser cantada pela Lady Gaga, Til it happens
to you me pareceu uma música de James Bond. A do James Bond, não parece muito
com o tipo de música que deveria ser, na minha opinião, mais vibrante, mas
ainda é a menos ruim.
Melhores Efeitos Visuais
Mad Max: Estrada da Fúria
De novo, as qualidades técnicas de Mad Max. Star Wars fez
bonito, mas Mad Max se destaca.
Melhor Edição de Som
Mad Max: Estrada da Fúria
De novo Mad Max. Por mim, leva todas as características
técnicas.
Melhor Mixagem de Som
Mad Max: Estrada da Fúria
Sem mais comentários.
Melhor Direção de Arte
Mad Max: Estrada da Fúria
Novamente, não gosto do filme, mas tenho que reconhecer o
excelente trabalho feito.
Melhor Figurino
Cinderela
Nesta categoria vai ganhar Sandy Powell. Quem é ela?
Responsável pelo figurino de Carol e Cinderela. Voto em Cinderela, porque os
vestidos são lindos, adoraria tê-los...
Melhor Maquiagem
O Regresso
Eu gostei muito do que fizeram em O Regresso. Não gostei do
filme, mas gostei do trabalho que fizeram com o DiCaprio pelo ataque do urso
(novamente é uma pena o urso não levar uma estatueta). Mas este é um Oscar que
Mad Max deve levar. Escolho o Regresso, porque foi algo que me chamou mais
atenção, se destacou mais. Mad Max tem uma maquiagem incrível, mas para mim era
o que se esperaria.
Melhor Documentário
Cartel Land
Não vi nenhum deles, então li as estórias. Não gostei de
nenhuma, então escolhi o do Cartel, porque gostaria de lutar contra as drogas.
O filme da Ucrania, Winter on Fire, também tem apelo, mas quando li, gostei
mais do Cartel. Amy dele levar esta estatueta...
Melhor Documentário de curta-metragem
Chau, beyond the lines
Também não vi nenhum deles, e também li as estórias. Chau
foi a que mais gostei (sobre um garoto vietmamita, que vive num campo de paz
para pessoas com deficiências, e que sonha em ser design de roupas). Nesta
categoria há três favoritos: Body Team 12 (sobre o virus Ebola), Claude
Lanzmann: Spectres of the Shoah (documentário sobre o documentário Shoah –
holocausto), A Girl in the River: The Price of Forgiveness (mulheres x
Paquistão).
Melhor curta de animação
Bear Story
Gostei do urso, que conta sua estória. Este ano deveria ser
do urso. Mas a estatueta deve ir para o menino indiano e seus sonhos (Sanjay's
Super Team).
Melhor
Curta-metragem
Everything
will be okay (Alles Wird Gut)
Gostei da estória de Alles Wird Gut (sobre um pai divorciado
e sua filha de 8 anos e a jornada que farão juntos), mas Ave Maria (sobre 5
feiras em seu convento) deve levar este.
sexta-feira, fevereiro 26, 2016
ANOMALISA
(Anomalisa)
EUA/2015
De Duke Johnson e Charlie Kaufman (Sinédoque Nova York)
Com David Thewlis, Jennifer Jason Leigh, Tom Noonan
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2401878/?ref_=fn_al_tt_1
Animação
Michael Stone, um autor especializado em serviços de telecomunicações, é um sujeito com dificuldades de se relacionar profundamente com as pessoas. Ele viaja a negócios e no hotel onde está hospedado, conhece uma mulher que pode ser a grande diferença na vida dele.
Confira abaixo o trailer do filme:
Charlie Kaufman ficou famoso por ser o roteirista de filmes excêntricos e geniais, como “Quero Ser John Malkovich”, “Adaptação” e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. Dessa vez, graças a um site de financiamento coletivo, conseguiu rodar junto com Duke Johnson esta animação surpreendente e uma das mais belas dos últimos tempos.
Vou contar da época que eu era professor de bruxaria...
O filme mostra a solidão em que se encontra o protagonista, que está viajando para dar uma palestra para dezenas de pessoas. O cineasta já demostra sua excentricidade na história: todas as pessoas que interagem com Michael Stone tem a mesma voz, sejam homens ou mulheres. A única que foge a esta condição é Lisa Hesselman, por quem Michael logo se apaixona logicamente.
Lotado de referências psicológicas e sociais (o nome do hotel é de uma síndrome onde a pessoa tem a sensação de que todo mundo é o mesmo indivíduo), a trama ainda se destaca pelas belas cenas românticas, inclusive com uma cena de sexo entre os protagonistas que já é antológica na história da animação.
“Anomalisa” discute conceitos como solidão, esperança e personalidades incompreendidas de uma forma onde o formato da trama consegue facilitar a compreensão do que o diretor pretendia passar para o espectador. Um belo filme que está merecidamente indicado ao Oscar de Melhor Animação.
NOTA 9,0
EUA/2015
De Duke Johnson e Charlie Kaufman (Sinédoque Nova York)
Com David Thewlis, Jennifer Jason Leigh, Tom Noonan
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2401878/?ref_=fn_al_tt_1
Animação
Michael Stone, um autor especializado em serviços de telecomunicações, é um sujeito com dificuldades de se relacionar profundamente com as pessoas. Ele viaja a negócios e no hotel onde está hospedado, conhece uma mulher que pode ser a grande diferença na vida dele.
Confira abaixo o trailer do filme:
Charlie Kaufman ficou famoso por ser o roteirista de filmes excêntricos e geniais, como “Quero Ser John Malkovich”, “Adaptação” e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. Dessa vez, graças a um site de financiamento coletivo, conseguiu rodar junto com Duke Johnson esta animação surpreendente e uma das mais belas dos últimos tempos.
Vou contar da época que eu era professor de bruxaria...
O filme mostra a solidão em que se encontra o protagonista, que está viajando para dar uma palestra para dezenas de pessoas. O cineasta já demostra sua excentricidade na história: todas as pessoas que interagem com Michael Stone tem a mesma voz, sejam homens ou mulheres. A única que foge a esta condição é Lisa Hesselman, por quem Michael logo se apaixona logicamente.
Lotado de referências psicológicas e sociais (o nome do hotel é de uma síndrome onde a pessoa tem a sensação de que todo mundo é o mesmo indivíduo), a trama ainda se destaca pelas belas cenas românticas, inclusive com uma cena de sexo entre os protagonistas que já é antológica na história da animação.
“Anomalisa” discute conceitos como solidão, esperança e personalidades incompreendidas de uma forma onde o formato da trama consegue facilitar a compreensão do que o diretor pretendia passar para o espectador. Um belo filme que está merecidamente indicado ao Oscar de Melhor Animação.
NOTA 9,0
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-ANIMAÇÃO,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
quinta-feira, fevereiro 25, 2016
TRUMBO: LISTA NEGRA
(Trumbo)
EUA/2015
De Jay Roach (Austin Powers: 000 Um Agente Nada Secreto, Entrando numa Fria, Um Jantar para Idiotas, Os Candidatos)
Com Bryan Cranston, Michael Stuhlbarg, Diane Lane, Helen Mirren
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3203606/?ref_=nv_sr_1
Drama
Em 1947, Dalton Trumbo foi um dos roteiristas mais requisitados de Hollywood, até que ele e alguns colegas são presos e fichados na lista negra por suas crenças políticas.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de Melhor Ator para Bryan Cranston, narra um difícil e importante período em Hollywood, através da história de um dos maiores roteiristas dos Estados Unidos. Além disso, a história baseada em fatos reais pode ser encarada como a tentativa de um competente sujeito continuar seu trabalho, independente do que acredita no campo político.
Você entende de química?
O Dalton Trumbo de Bryan Cranston (o inesquecível Walter White de Breaking Bad) é um roteirista que parece não ter medo de tentar propagar suas ideias e enfrentar uma máquina de perseguição que é muito maior que ele e da qual estão inclusive vários de seus colegas. Uma de suas maiores perseguidores é Hedda Hopper, colunista interpretada brilhantemente por Helen Mirren, que merecia uma indicação a atriz coadjuvante (ou por esse papel, ou pelo menos pelo outro ótimo filme “A Dama Dourada”).
Em meio à história sobre os trunfos conseguidos por Trumbo, que conseguia driblar seus opositores, sua estada difícil na prisão e sua conduta controversa com sua própria família, acompanhamos ainda vários personagens importantes na história de Hollywood desfilarem pela tela, como John Wayne.
A sátira de “Trumbo” acaba mostrando uma Hollywood que ainda tenta continuar sua força comercial, nem que para isso precise se utilizar de artifícios para esconder seus apoiadores por causa de conflitos políticos. E nessa curiosa história, nem o Oscar escapou de ser comentado. Uma história que por suas dezenas de curiosidades e informações pertinentes, além de ótimas interpretações, vale muito a pena de ser acompanhado.
NOTA 9,0
EUA/2015
De Jay Roach (Austin Powers: 000 Um Agente Nada Secreto, Entrando numa Fria, Um Jantar para Idiotas, Os Candidatos)
Com Bryan Cranston, Michael Stuhlbarg, Diane Lane, Helen Mirren
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3203606/?ref_=nv_sr_1
Drama
Em 1947, Dalton Trumbo foi um dos roteiristas mais requisitados de Hollywood, até que ele e alguns colegas são presos e fichados na lista negra por suas crenças políticas.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de Melhor Ator para Bryan Cranston, narra um difícil e importante período em Hollywood, através da história de um dos maiores roteiristas dos Estados Unidos. Além disso, a história baseada em fatos reais pode ser encarada como a tentativa de um competente sujeito continuar seu trabalho, independente do que acredita no campo político.
Você entende de química?
O Dalton Trumbo de Bryan Cranston (o inesquecível Walter White de Breaking Bad) é um roteirista que parece não ter medo de tentar propagar suas ideias e enfrentar uma máquina de perseguição que é muito maior que ele e da qual estão inclusive vários de seus colegas. Uma de suas maiores perseguidores é Hedda Hopper, colunista interpretada brilhantemente por Helen Mirren, que merecia uma indicação a atriz coadjuvante (ou por esse papel, ou pelo menos pelo outro ótimo filme “A Dama Dourada”).
Em meio à história sobre os trunfos conseguidos por Trumbo, que conseguia driblar seus opositores, sua estada difícil na prisão e sua conduta controversa com sua própria família, acompanhamos ainda vários personagens importantes na história de Hollywood desfilarem pela tela, como John Wayne.
A sátira de “Trumbo” acaba mostrando uma Hollywood que ainda tenta continuar sua força comercial, nem que para isso precise se utilizar de artifícios para esconder seus apoiadores por causa de conflitos políticos. E nessa curiosa história, nem o Oscar escapou de ser comentado. Uma história que por suas dezenas de curiosidades e informações pertinentes, além de ótimas interpretações, vale muito a pena de ser acompanhado.
NOTA 9,0
Marcadores:
-DRAMA,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
quarta-feira, fevereiro 24, 2016
CREED: NASCIDO PARA LUTAR
(Creed)
EUA/2015
De Ryan Coogler (Fruitvale Station: A Última Parada)
Com Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3076658/?ref_=nv_sr_1
Drama
O campeão Rocky Balboa torna-se mentor de um jovem, Adonis Johnson, que é filho do seu maior amigo e adversário, Apollo Creed.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante para Sylvester Stallone, mostra o astro interpretando novamente o icônico personagem Rocky Balboa, responsável por alavancar a sua carreira. Desta vez, porém, sua participação é coadjuvante, e acaba tornando-se a melhor de Stallone, em uma atuação bem mais humana e emocionante. Não à toa, o astro já arrecadou o Globo de Ouro pelo papel.
Ninguém aqui é mercenário!
A história segue o filho de Apolo Creed, que deseja ser lutador que nem o pai, porém rejeita o sobrenome famoso, pois quer fazer carreira com os próprios méritos. Para isso, tenta convencer Rocky a ser seu treinador, enfrentando certa resistência inicial tanto do veterano lutador quanto da sua própria mãe.
A trama alterna entre momentos dramáticos, outros tipicamente esportivos, e várias cenas de alívio cômico, principalmente com piadas que explicitam a velhice de Rocky e sua falta de enquadramento no mundo atual. Outro destaque são as lutas de boxe, que mesmo depois de tantas continuações, traz novo vigor ao público e certa apreensão ao espectador do que vai ocorrer ao final das disputas. Afinal, é sempre bom lembrar que a franquia sempre tentou escapar aos clichês do protagonista sair sempre vitorioso ao final.
“Creed: Nascido para Lutar” acerta ao não ser uma espécie de Rocky 7, e sim a história de um jovem perseguindo seu sonho e enfrentando os mais variados tipos de obstáculos, algo que cativa o famoso veterano. Uma bela surpresa em um gênero que parecia desgastado no cinema.
NOTA 8,5
EUA/2015
De Ryan Coogler (Fruitvale Station: A Última Parada)
Com Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3076658/?ref_=nv_sr_1
Drama
O campeão Rocky Balboa torna-se mentor de um jovem, Adonis Johnson, que é filho do seu maior amigo e adversário, Apollo Creed.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante para Sylvester Stallone, mostra o astro interpretando novamente o icônico personagem Rocky Balboa, responsável por alavancar a sua carreira. Desta vez, porém, sua participação é coadjuvante, e acaba tornando-se a melhor de Stallone, em uma atuação bem mais humana e emocionante. Não à toa, o astro já arrecadou o Globo de Ouro pelo papel.
Ninguém aqui é mercenário!
A história segue o filho de Apolo Creed, que deseja ser lutador que nem o pai, porém rejeita o sobrenome famoso, pois quer fazer carreira com os próprios méritos. Para isso, tenta convencer Rocky a ser seu treinador, enfrentando certa resistência inicial tanto do veterano lutador quanto da sua própria mãe.
A trama alterna entre momentos dramáticos, outros tipicamente esportivos, e várias cenas de alívio cômico, principalmente com piadas que explicitam a velhice de Rocky e sua falta de enquadramento no mundo atual. Outro destaque são as lutas de boxe, que mesmo depois de tantas continuações, traz novo vigor ao público e certa apreensão ao espectador do que vai ocorrer ao final das disputas. Afinal, é sempre bom lembrar que a franquia sempre tentou escapar aos clichês do protagonista sair sempre vitorioso ao final.
“Creed: Nascido para Lutar” acerta ao não ser uma espécie de Rocky 7, e sim a história de um jovem perseguindo seu sonho e enfrentando os mais variados tipos de obstáculos, algo que cativa o famoso veterano. Uma bela surpresa em um gênero que parecia desgastado no cinema.
NOTA 8,5
Marcadores:
-DRAMA,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
terça-feira, fevereiro 23, 2016
OS OITO ODIADOS
(The Hateful Eight)
EUA/2015
De Quentin Tarantino (Pulp Fiction: Tempo de Violência, Kill Bill, Cães de Aluguel, Bastardos Inglórios, Django Livre)
Com Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Demián Bichir, Tim Roth, Michael Madsen, Bruce Dern, Channing Tatum
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3460252/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
O caçador de recompensas John Ruth está se dirigindo para Red Rock para levar uma criminosa para a forca. No caminho, porém, enfrenta uma nevasca na qual precisa dar carona a outros dois sujeitos. Todos eles acabam tendo que passar a noite em um hotel onde encontram um misterioso grupo, no qual não se pode confiar em ninguém.
Confira abaixo o trailer do filme:
O oitavo filme de Quentin Tarantino (é assim que os créditos apresentam o título), indicado a 3 Oscar, mostra o cineasta cada vez mais fiel ao seu estilo. Neste épico, ele ainda acrescenta um ótimo teor de mistério, no estilo Agatha Christie, que mantém o espectador grudado na tela para saber o desenrolar dos acontecimentos.
Ela está fugindo de Nova York!
O filme, apesar de ter quase três horas de duração, ter condução mais lenta que os outros filmes de Tarantino e ainda ter um único cenário em mais da metade da história, consegue ganhar o público pela história e logicamente pelos personagens peculiares e com forte personalidade que o cineasta sempre gostou de criar.
Temos aqui os oito odiados do título do filme tendo que conviver em um hotel de beira de estrada por causa do tempo ruim. Só que o clima pesado está na verdade do lado de dentro, onde John Ruth, interpretado por Kurt Russell, precisa se proteger de um possível emboscador que pode lhe retirar sua prisioneira. No hotel, temos um general vivido por Bruce Dern (Nebraska), o carrasco interpretado por Tim Roth do jeito que Christoph Waltz interpretaria se fosse escalado para o papel, um caubói vivido por Michael Madsen (Cães de Aluguel), um outro caçador de recompensas interpretado por Samuel L. Jackson, além do responsável pela hospedaria, o motorista da carroça e o novo xerife de Red Rock. E quem mais brilha é a prisioneira vivida por Jennifer Jason Leigh, indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.
A história mostra todos esses personagens, símbolos de sua época, nos Estados Unidos pós-Guerra de Secessão. A tensão entre eles é evidente pelos diálogos inflamados pela situação de desconfiança, motivada por diversos fatores, inclusive preconceito racial. Tarantino expõe toda uma parte da história americana em um filme que é digno de estar entre os maiores de sua carreira.
NOTA 9,5
EUA/2015
De Quentin Tarantino (Pulp Fiction: Tempo de Violência, Kill Bill, Cães de Aluguel, Bastardos Inglórios, Django Livre)
Com Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Demián Bichir, Tim Roth, Michael Madsen, Bruce Dern, Channing Tatum
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt3460252/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
O caçador de recompensas John Ruth está se dirigindo para Red Rock para levar uma criminosa para a forca. No caminho, porém, enfrenta uma nevasca na qual precisa dar carona a outros dois sujeitos. Todos eles acabam tendo que passar a noite em um hotel onde encontram um misterioso grupo, no qual não se pode confiar em ninguém.
Confira abaixo o trailer do filme:
O oitavo filme de Quentin Tarantino (é assim que os créditos apresentam o título), indicado a 3 Oscar, mostra o cineasta cada vez mais fiel ao seu estilo. Neste épico, ele ainda acrescenta um ótimo teor de mistério, no estilo Agatha Christie, que mantém o espectador grudado na tela para saber o desenrolar dos acontecimentos.
Ela está fugindo de Nova York!
O filme, apesar de ter quase três horas de duração, ter condução mais lenta que os outros filmes de Tarantino e ainda ter um único cenário em mais da metade da história, consegue ganhar o público pela história e logicamente pelos personagens peculiares e com forte personalidade que o cineasta sempre gostou de criar.
Temos aqui os oito odiados do título do filme tendo que conviver em um hotel de beira de estrada por causa do tempo ruim. Só que o clima pesado está na verdade do lado de dentro, onde John Ruth, interpretado por Kurt Russell, precisa se proteger de um possível emboscador que pode lhe retirar sua prisioneira. No hotel, temos um general vivido por Bruce Dern (Nebraska), o carrasco interpretado por Tim Roth do jeito que Christoph Waltz interpretaria se fosse escalado para o papel, um caubói vivido por Michael Madsen (Cães de Aluguel), um outro caçador de recompensas interpretado por Samuel L. Jackson, além do responsável pela hospedaria, o motorista da carroça e o novo xerife de Red Rock. E quem mais brilha é a prisioneira vivida por Jennifer Jason Leigh, indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.
A história mostra todos esses personagens, símbolos de sua época, nos Estados Unidos pós-Guerra de Secessão. A tensão entre eles é evidente pelos diálogos inflamados pela situação de desconfiança, motivada por diversos fatores, inclusive preconceito racial. Tarantino expõe toda uma parte da história americana em um filme que é digno de estar entre os maiores de sua carreira.
NOTA 9,5
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2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
segunda-feira, fevereiro 22, 2016
A GAROTA DINAMARQUESA
(The Danish Girl)
Reino Unido-EUA-Bélgica-Dinamarca-Alemanha/2015
De Tom Hooper (O Discurso do Rei, Os Miseráveis)
Com Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard, Ben Whishaw
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt0810819/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Um romance inspirado na vida das artistas dinamarquesas Lili Elbe e Gerda Wegener. Lili foi a pioneira em operação de mudança de gênero.
Confira abaixo o trailer do filme:
Indicado a 4 Oscar, incluindo Melhor Ator para Eddie Redmayne e Melhor Atriz Coadjuvante para Alicia Vikander, o filme parte da história de um casal na Dinamarca dos anos 1920, baseado em fatos reais, onde Einar é o sujeito que aos poucos vai se descobrindo com a alma de outro gênero.
Eu não sou uma máquina como você!
Os conflitos internos de Einar e os externos com a esposa surgem a cada momento. Soma-se a isso o preconceito e a falta de informação para pesquisar ou mesmo de exemplos para seguir e percebe-se as dificuldades enfrentadas pelo protagonista. No papel de Einar, que se vê cada vez mais como Lili, está Eddie Redmayne, mais uma vez transformado, em uma arrebatadora interpretação que sem dúvida é uma das mais merecedoras de ganhar o Oscar.
O filme mostra o caminho percorrido pelo protagonista para encontrar uma saída para seu conflito de gênero. Em meio às incertezas no âmbito pessoal e familiar, a história passa todo o sofrimento de Lili para conseguir alcançar a felicidade. E para isso, ela está disposta a enfrentar o que nunca até então alguém tinha enfrentado.
“A Garota Dinamarquesa” tem todas as qualidades de um bom filme, gerando tensão e reflexão para o espectador, com ótimas interpretações, sobretudo da dupla principal, e uma história real e comovente.
NOTA 9,0
Reino Unido-EUA-Bélgica-Dinamarca-Alemanha/2015
De Tom Hooper (O Discurso do Rei, Os Miseráveis)
Com Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard, Ben Whishaw
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt0810819/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
Um romance inspirado na vida das artistas dinamarquesas Lili Elbe e Gerda Wegener. Lili foi a pioneira em operação de mudança de gênero.
Confira abaixo o trailer do filme:
Indicado a 4 Oscar, incluindo Melhor Ator para Eddie Redmayne e Melhor Atriz Coadjuvante para Alicia Vikander, o filme parte da história de um casal na Dinamarca dos anos 1920, baseado em fatos reais, onde Einar é o sujeito que aos poucos vai se descobrindo com a alma de outro gênero.
Eu não sou uma máquina como você!
Os conflitos internos de Einar e os externos com a esposa surgem a cada momento. Soma-se a isso o preconceito e a falta de informação para pesquisar ou mesmo de exemplos para seguir e percebe-se as dificuldades enfrentadas pelo protagonista. No papel de Einar, que se vê cada vez mais como Lili, está Eddie Redmayne, mais uma vez transformado, em uma arrebatadora interpretação que sem dúvida é uma das mais merecedoras de ganhar o Oscar.
O filme mostra o caminho percorrido pelo protagonista para encontrar uma saída para seu conflito de gênero. Em meio às incertezas no âmbito pessoal e familiar, a história passa todo o sofrimento de Lili para conseguir alcançar a felicidade. E para isso, ela está disposta a enfrentar o que nunca até então alguém tinha enfrentado.
“A Garota Dinamarquesa” tem todas as qualidades de um bom filme, gerando tensão e reflexão para o espectador, com ótimas interpretações, sobretudo da dupla principal, e uma história real e comovente.
NOTA 9,0
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sexta-feira, fevereiro 19, 2016
CARTEL LAND
(Cartel Land)
EUA-México/2015
De Matthew Heineman (Our Time, Escape Fire: The Fight to Rescue American Healthcare)
Com José Manuel “El Doctor” Mireles
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt4126304/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
Em uma cidade do México, Michoacán, dominada por narcotraficantes, um médico decide liderar um movimento armado, porém com pessoas civis, contra os criminosos.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de Melhor Documentário, traz à tona uma história complexa de uma cidade tomada por bandidos, que além de sua ação criminosa no tráfico de drogas, ainda intimida o povo local, com agressões violentas e cultura do medo. Neste contexto, um médico decide não assistir passivamente a esse quadro e reúne várias pessoas em prol do enfrentamento ao crime.
Agora é se defender!
A trama consegue imagens chocantes, de extrema violência, além de entrevistas exclusivas com produtores de metanfetamina, inclusive no local onde produzem a droga. O espectador começa então a acompanhar a formação do grupo de civis que por conta própria reúnem uma equipe e combatentes, alegando que o governo, além de não fazer nada, ainda estaria envolvido com os traficantes.
O documentário segue o crescimento desse grupo e os conflitos existentes tanto dentro da organização como contra os traficantes. A vida do líder, José Manuel “El Doctor” Mireles, é posta a perigo diversas vezes. Tal qual um filme de ficção, o espectador acompanha apreensivo o desenrolar dos acontecimentos.
“Cartel Land” é daqueles “filmes-denúncia” muito importante para mostrar ao público até onde pode ir uma organização criminosa e como as pessoas lidam com este tipo de situação. Sem dúvida um dos melhores documentários do ano.
NOTA 9,0
EUA-México/2015
De Matthew Heineman (Our Time, Escape Fire: The Fight to Rescue American Healthcare)
Com José Manuel “El Doctor” Mireles
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt4126304/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
Em uma cidade do México, Michoacán, dominada por narcotraficantes, um médico decide liderar um movimento armado, porém com pessoas civis, contra os criminosos.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado ao Oscar de Melhor Documentário, traz à tona uma história complexa de uma cidade tomada por bandidos, que além de sua ação criminosa no tráfico de drogas, ainda intimida o povo local, com agressões violentas e cultura do medo. Neste contexto, um médico decide não assistir passivamente a esse quadro e reúne várias pessoas em prol do enfrentamento ao crime.
Agora é se defender!
A trama consegue imagens chocantes, de extrema violência, além de entrevistas exclusivas com produtores de metanfetamina, inclusive no local onde produzem a droga. O espectador começa então a acompanhar a formação do grupo de civis que por conta própria reúnem uma equipe e combatentes, alegando que o governo, além de não fazer nada, ainda estaria envolvido com os traficantes.
O documentário segue o crescimento desse grupo e os conflitos existentes tanto dentro da organização como contra os traficantes. A vida do líder, José Manuel “El Doctor” Mireles, é posta a perigo diversas vezes. Tal qual um filme de ficção, o espectador acompanha apreensivo o desenrolar dos acontecimentos.
“Cartel Land” é daqueles “filmes-denúncia” muito importante para mostrar ao público até onde pode ir uma organização criminosa e como as pessoas lidam com este tipo de situação. Sem dúvida um dos melhores documentários do ano.
NOTA 9,0
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2015,
CINEMA AMERICANO,
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quinta-feira, fevereiro 18, 2016
BROOKLYN
(Brooklyn)
Reino Unido-Irlanda-Canadá/2015
De John Crowley (Dias Selvagens, Rapaz A, Circuito Fechado)
Com Saoirse Ronan, Jim Broadbent, Emory Cohen, Domhnall Gleeson, Julie Walters
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2381111/?ref_=fn_al_tt_1
Romance
Uma imigrante irlandesa viaja para o Brooklin com a intenção de mudar de vida. Chegando lá, inicia um romance correspondido, porém as circunstâncias fazem com que fique dividida entre os Estados Unidos e seu país de origem.
Confira abaixo o trailer do filme:
Indicado a 3 Oscar, de Melhor Filme, Melhor Atriz para Saoirse Ronan e Melhor Roteiro Adaptado, o filme tem como pano de fundo a importante vinda de imigrantes para os Estados Unidos na década de 50 e através de uma ótima direção de arte e fotografia, o painel histórico se encaixa muito bem na história.
Desejo que nós reparemos nosso relacionamento!
Quanto à história principal, temos um romance que não consegue escapar dos clichês, com exceção de que neste caso, o triângulo amoroso em que a protagonista se envolve é capaz de atravessar o oceano. Questões como a família e o trabalho são muito bem abordados e adicionam conflitos para a personagem de Saoirse Ronan, que interpreta bem, porém nada que merecesse uma indicação ao Oscar.
O filme tem passagens importantes, sempre alternando cenas dramáticas com as românticas, porém sem muito alívio cômico. O elenco de apoio também se destaca, sobretudo Julie Walters, que interpreta a mãe da protagonista. Como todo bom filme inglês, temos ótimas interpretações.
“Brooklin” cumpre o que promete, entrega um trabalho melhor que o outro romance do Oscar deste ano, “Carol”, e se não é uma história inesquecível, pelo menos é uma trama que não deixa de ser tocante para o espectador.
NOTA 7,5
Reino Unido-Irlanda-Canadá/2015
De John Crowley (Dias Selvagens, Rapaz A, Circuito Fechado)
Com Saoirse Ronan, Jim Broadbent, Emory Cohen, Domhnall Gleeson, Julie Walters
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2381111/?ref_=fn_al_tt_1
Romance
Uma imigrante irlandesa viaja para o Brooklin com a intenção de mudar de vida. Chegando lá, inicia um romance correspondido, porém as circunstâncias fazem com que fique dividida entre os Estados Unidos e seu país de origem.
Confira abaixo o trailer do filme:
Indicado a 3 Oscar, de Melhor Filme, Melhor Atriz para Saoirse Ronan e Melhor Roteiro Adaptado, o filme tem como pano de fundo a importante vinda de imigrantes para os Estados Unidos na década de 50 e através de uma ótima direção de arte e fotografia, o painel histórico se encaixa muito bem na história.
Desejo que nós reparemos nosso relacionamento!
Quanto à história principal, temos um romance que não consegue escapar dos clichês, com exceção de que neste caso, o triângulo amoroso em que a protagonista se envolve é capaz de atravessar o oceano. Questões como a família e o trabalho são muito bem abordados e adicionam conflitos para a personagem de Saoirse Ronan, que interpreta bem, porém nada que merecesse uma indicação ao Oscar.
O filme tem passagens importantes, sempre alternando cenas dramáticas com as românticas, porém sem muito alívio cômico. O elenco de apoio também se destaca, sobretudo Julie Walters, que interpreta a mãe da protagonista. Como todo bom filme inglês, temos ótimas interpretações.
“Brooklin” cumpre o que promete, entrega um trabalho melhor que o outro romance do Oscar deste ano, “Carol”, e se não é uma história inesquecível, pelo menos é uma trama que não deixa de ser tocante para o espectador.
NOTA 7,5
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CINEMA INGLÊS,
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quarta-feira, fevereiro 17, 2016
AMY
(Amy)
Reino Unido-EUA/2015
De Asif Kapadia (Um Guerreiro Solitário, O Retorno, Senna)
Com Amy Winehouse, Mitch Winehouse, Mark Ronson, Lauren Gilbert
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2870648/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
A história da cantora Amy Winehouse, com imagens de arquivo e entrevistas de pessoas que foram próximas a ela.
Confira abaixo o trailer do filme:
O cineasta Asif Kapadia parece ter gostado de realizar documentários de celebridades. Antes de Amy, fez sucesso com Senna, indicado a vários prêmios. Seu próximo projeto é sobre o ídolo argentino Maradona. Em Amy, ele consegue esboçar um painel da cantora desde criança, passando pelo auge até sua decadência, que culminou na sua morte.
Hoje é dia de rock!
O espectador logo percebe que o trabalho de pesquisa de imagens foi bastante intenso e juntamente com a edição inteligente, dá a impressão de uma história sendo contada em ritmo de filme e que nada lembra uma mera reportagem. Tal fato é facilitado pela pouca quantidade de entrevistas e pelas inúmeros arquivos que mostram Amy Winehouse tanto em situações domésticas quanto nos bastidores dos estúdios ou shows.
A trama esmiúça a relação conturbada dela com os pais, a escalada para o sucesso, o conhecimento da bebida e das drogas, o seu casamento repentino e destrutivo, além de trazer à tona uma pessoa que não sabia lidar com o sucesso e que pouco a pouco acabava por destruir a ela mesma.
O documentário gerou polêmica por apresentar indiretas de pessoas que poderiam ser consideradas verdadeiras motivadoras do comportamento destrutivo de Amy. O fato é que o filme mostra-se sincero, realista e muito bem editado, o que levou a ser indicado ao Oscar de Melhor Documentário, além de já ter acumulado inúmeros prêmios pelo mundo.
NOTA 8,0
Reino Unido-EUA/2015
De Asif Kapadia (Um Guerreiro Solitário, O Retorno, Senna)
Com Amy Winehouse, Mitch Winehouse, Mark Ronson, Lauren Gilbert
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2870648/?ref_=fn_al_tt_1
Documentário
A história da cantora Amy Winehouse, com imagens de arquivo e entrevistas de pessoas que foram próximas a ela.
Confira abaixo o trailer do filme:
O cineasta Asif Kapadia parece ter gostado de realizar documentários de celebridades. Antes de Amy, fez sucesso com Senna, indicado a vários prêmios. Seu próximo projeto é sobre o ídolo argentino Maradona. Em Amy, ele consegue esboçar um painel da cantora desde criança, passando pelo auge até sua decadência, que culminou na sua morte.
Hoje é dia de rock!
O espectador logo percebe que o trabalho de pesquisa de imagens foi bastante intenso e juntamente com a edição inteligente, dá a impressão de uma história sendo contada em ritmo de filme e que nada lembra uma mera reportagem. Tal fato é facilitado pela pouca quantidade de entrevistas e pelas inúmeros arquivos que mostram Amy Winehouse tanto em situações domésticas quanto nos bastidores dos estúdios ou shows.
A trama esmiúça a relação conturbada dela com os pais, a escalada para o sucesso, o conhecimento da bebida e das drogas, o seu casamento repentino e destrutivo, além de trazer à tona uma pessoa que não sabia lidar com o sucesso e que pouco a pouco acabava por destruir a ela mesma.
O documentário gerou polêmica por apresentar indiretas de pessoas que poderiam ser consideradas verdadeiras motivadoras do comportamento destrutivo de Amy. O fato é que o filme mostra-se sincero, realista e muito bem editado, o que levou a ser indicado ao Oscar de Melhor Documentário, além de já ter acumulado inúmeros prêmios pelo mundo.
NOTA 8,0
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2015,
CINEMA INGLÊS,
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terça-feira, fevereiro 16, 2016
BAFTA 2016 - VENCEDORES
Neste domingo, 14/02/2016, ocorreu a entrega dos prêmios do BAFTA 2016, considerado o Oscar britânico. Destaque para “O Regresso”, que faturou 5 estatuetas, dentre elas Melhor Filme e Melhor Ator para Leonardo DiCaprio, que ganhou o prêmio pela primeira vez, depois de três indicações anteriores. “Mad Max” faturou 4 prêmios, todos eles técnicos. “Brooklin” faturou o prêmio de Melhor Filme Britânico. Confira abaixo a lista completa com os vencedores.
Melhor filme:
"O regresso"
Melhor filme britânico:
"Brooklin"
Melhor ator coadjuvante:
Mark Rylance ("Ponte dos espiões")
Melhor ator:
Leonardo DiCaprio ("O regresso")
Melhor atriz:
Brie Larson ("O quarto de Jack")
Melhor atriz coadjuvante:
Kate Winslet ("Steve Jobs")
Melhor roteiro adaptado:
"A grande aposta"
Melhor roteiro original:
"Spotlight – Segredos revelados"
Melhor diretor:
Alejandro González Iñárritu ("O regresso")
Melhor maquiagem:
“Mad max: Estrada da fúria”
Melhor fotografia:
“O regresso”
Melhor documentário:
“Amy”
Melhor trilha original:
“Os oito odiados”
Melhor curta britânico:
“Operator”
Melhor curta de animação britânico:
“Edmond”
Melhor edição:
“Mad max: Estrada da fúria”
Melhor filme de animação:
“Divertida mente”
Prêmio 'estrela em ascensão':
John Boyega
Melhor edição de som:
“O regresso”
Melhores efeitos visuais:
“Star wars: O despertar da força”
Melhor figurino:
“Mad max: Estrada da fúria”
Melhor filme de estreia:
“Theeb”
Melhor filme em língua estrangeira:
“Relatos selvagens”
Melhor direção de arte (design de produção):
“Mad max: Estrada da fúria”
WRITERS GUILD AWARDS 2016 - VENCEDORES
Foram anunciados os vencedores do Writers Guild Awards 2016, prêmio concedido pelo sindicato dos roteiristas dos Estados Unidos. “Spotlight: Segredos Revelados” levou o prêmio de Melhor Roteiro Original enquanto “A Grande Aposta” levou o de melhor roteiro adaptado. Confira abaixo a lista completa dos vencedores.
CINEMA
ROTEIRO ORIGINAL
Spotlight – Segredos Revelados
ROTEIRO ADAPTADO
A Grande Aposta
DOCUMENTÁRIO
Going Clear: Scientology and the Prison of Belief
TELEVISÃO
MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA
Mad Men
MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
Veep
MINISSÉRIE ORIGINAL
Saints and Strangers
MINISSÉRIE ADAPTADA
Fargo
MELHOR SÉRIE NOVA
Mr. Robot
segunda-feira, fevereiro 15, 2016
STEVE JOBS
(Steve Jobs)
EUA-Reino Unido/2015
De Danny Boyle (Trainspotting: Sem Limites, Extermínio, A Praia, Quem Quer ser um Milionário?, 127 Horas)
Com Michael Fassbender, Kate Winslet, Seth Rogen, Jeff Daniels, Michael Stuhlbarg
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2080374/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
A história de Steve Jobs desde os anos 80 até 1998, época do IMac, passando por fatos pessoais e profissionais.
Confira abaixo o trailer do filme:
Indicado a 2 Oscar, sendo Melhor Ator para Michael Fassbender e Melhor Atriz Coadjuvante para Kate Winslet, o filme conta com duas magistrais interpretações em três épocas distintas da vida de Steve Jobs. Estes três momentos são trazidos para o espectador sempre nos bastidores de discursos importantes de Jobs.
Não sou uma vergonha pra você!
O filme aborda principalmente o relacionamento conturbado do milionário com seus colegas e as dificuldades com sua filha, na qual demorou a assumir a paternidade. O comportamento beirando o egocentrismo, no qual fazia o personagem se sentir cada vez mais solitário, além da personalidade agressiva e irônica ao mesmo tempo foram bastante criticadas pela família.
A trama segue praticamente de forma teatralizada, com personagens saindo e entrando pelos estúdios, com um ou dois cenários no máximo, e interpretações inspiradas de Michael Fassbender e Kate Winslet, que faz sua assistente durante toda a época em que passa o filme. Entre os três atos, notícias que inserem o espectador no contexto da história.
“Steve Jobs” tem em seus grandes trunfos a estrutura criativa e o poderoso elenco, mas ao mesmo tempo deixa de apresentar fatos biográficos interessantes para focar na personalidade do biografado. No final, rende um bom filme que prende o público durante todo o tempo.
NOTA 8,5
EUA-Reino Unido/2015
De Danny Boyle (Trainspotting: Sem Limites, Extermínio, A Praia, Quem Quer ser um Milionário?, 127 Horas)
Com Michael Fassbender, Kate Winslet, Seth Rogen, Jeff Daniels, Michael Stuhlbarg
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2080374/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
A história de Steve Jobs desde os anos 80 até 1998, época do IMac, passando por fatos pessoais e profissionais.
Confira abaixo o trailer do filme:
Indicado a 2 Oscar, sendo Melhor Ator para Michael Fassbender e Melhor Atriz Coadjuvante para Kate Winslet, o filme conta com duas magistrais interpretações em três épocas distintas da vida de Steve Jobs. Estes três momentos são trazidos para o espectador sempre nos bastidores de discursos importantes de Jobs.
Não sou uma vergonha pra você!
O filme aborda principalmente o relacionamento conturbado do milionário com seus colegas e as dificuldades com sua filha, na qual demorou a assumir a paternidade. O comportamento beirando o egocentrismo, no qual fazia o personagem se sentir cada vez mais solitário, além da personalidade agressiva e irônica ao mesmo tempo foram bastante criticadas pela família.
A trama segue praticamente de forma teatralizada, com personagens saindo e entrando pelos estúdios, com um ou dois cenários no máximo, e interpretações inspiradas de Michael Fassbender e Kate Winslet, que faz sua assistente durante toda a época em que passa o filme. Entre os três atos, notícias que inserem o espectador no contexto da história.
“Steve Jobs” tem em seus grandes trunfos a estrutura criativa e o poderoso elenco, mas ao mesmo tempo deixa de apresentar fatos biográficos interessantes para focar na personalidade do biografado. No final, rende um bom filme que prende o público durante todo o tempo.
NOTA 8,5
Marcadores:
-DRAMA,
2015,
CINEMA AMERICANO,
RESENHAS DE FILMES
sábado, fevereiro 13, 2016
DIRECTORS GUILD AWARDS 2016 - VENCEDORES
Foram anunciados os vencedores do Directors Guild Awards (DGA) 2016. A novidade desde o ano passado é a categoria de Melhor Diretor Estreante, que neste ano, contou com a indicação de Fernando Coimbra, pelo excelente filme “O Lobo Atrás da Porta”. Confira abaixo os vencedores das três categorias, em negrito.
MELHOR DIREÇÃO
ALEJANDRO G. IÑÁRRITU por"O Regresso" – VENCEDOR (foto)
TOM MCCARTHY por "Spotlight: Segredos Revelados"
ADAM MCKAY por"A Grande Aposta"
GEORGE MILLER por "Mad Max: Estrada da Fúria"
RIDLEY SCOTT por "Perdido em Marte"
MELHOR DIREÇÃO EM DOCUMENTÁRIO
MATTHEW HEINEMAN por "Cartel Land" - VENCEDOR
JIMMY CHIN e ELIZABETH CHAI VASARHELYI por "Meru"
LIZ GARBUS por "What Happened, Miss Simone?"
ALEX GIBNEY por "Going Clear: Scientology and the Prison of Belief"
ASIF KAPADIA por "Amy"
MELHOR DIRETOR ESTREANTE
FERNANDO COIMBRA por "O Lobo Atrás da Porta"
JOEL EDGERTON por"O Presente"
ALEX GARLAND por "Ex Machina: Instinto Artificial" - VENCEDOR
MARIELLE HELLER por "The Diary of a Teenage Girl"
LÁSZLÓ NEMES por"Filho de Saul"
sexta-feira, fevereiro 12, 2016
SHAUN, O CARNEIRO
(Shaun The Sheep Movie)
Reino Unido-França/2015
De Mark Burton e Richard Starzak
Com Justin Fletcher, John Sparkes, Richard Webber, Kate Harbour
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2872750/?ref_=nv_sr_2
Animação
Quando Shaun decide tirar o dia de folga, ele na verdade tem mais ação do que eles esperava. Todos na fazenda vão parar na cidade grande, em lugares diferentes, e não se sabe como todos vão conseguir retornar com segurança para a fazenda.
Confira abaixo o trailer do filme:
A animação indicada ao Oscar utiliza-se de um artifício parecido com outro adversário à estatueta, “O Menino e o Mundo”: a falta de diálogos para a trama tornar-se independente de linguagem. Para a total compreensão do filme, o espectador só precisa ler algumas poucas placas durante todo o filme.
Somos todos ovelhas negras!
Os personagens são apresentados de forma divertida, o público tem a noção da calmaria e rotina de uma fazenda e a ação não demora a acontecer. A saga dos carneiros em busca do fazendeiro desmemoriado na cidade grande tem alguns momentos hilários e outros sem muita inspiração.
A estrutura do filme lembra os desenhos animados antigos, onde um personagem fazia besteira e precisa consertar durante toda a trama. Não há mensagens profundas ou tramas mirabolantes, apenas uma comédia de erros que agrada tanto a criança quanto adultos. É o bastante para “Shaun: O Carneiro” brilhar e ser uma das principais animações do ano.
NOTA 8,0
Reino Unido-França/2015
De Mark Burton e Richard Starzak
Com Justin Fletcher, John Sparkes, Richard Webber, Kate Harbour
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2872750/?ref_=nv_sr_2
Animação
Quando Shaun decide tirar o dia de folga, ele na verdade tem mais ação do que eles esperava. Todos na fazenda vão parar na cidade grande, em lugares diferentes, e não se sabe como todos vão conseguir retornar com segurança para a fazenda.
Confira abaixo o trailer do filme:
A animação indicada ao Oscar utiliza-se de um artifício parecido com outro adversário à estatueta, “O Menino e o Mundo”: a falta de diálogos para a trama tornar-se independente de linguagem. Para a total compreensão do filme, o espectador só precisa ler algumas poucas placas durante todo o filme.
Somos todos ovelhas negras!
Os personagens são apresentados de forma divertida, o público tem a noção da calmaria e rotina de uma fazenda e a ação não demora a acontecer. A saga dos carneiros em busca do fazendeiro desmemoriado na cidade grande tem alguns momentos hilários e outros sem muita inspiração.
A estrutura do filme lembra os desenhos animados antigos, onde um personagem fazia besteira e precisa consertar durante toda a trama. Não há mensagens profundas ou tramas mirabolantes, apenas uma comédia de erros que agrada tanto a criança quanto adultos. É o bastante para “Shaun: O Carneiro” brilhar e ser uma das principais animações do ano.
NOTA 8,0
Marcadores:
-ANIMAÇÃO,
2015,
CINEMA INGLÊS,
RESENHAS DE FILMES
quinta-feira, fevereiro 11, 2016
O REGRESSO
(The Revenant)
EUA/2015
De Alejandro G. Iñarritu (Amores Brutos, 21 Gramas, Babel, Biutiful, Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
Com Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Domhnall Gleeson, Will Poulter, Forrest Goodluck
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1663202/?ref_=fn_al_tt_1
Aventura
O membro de uma expedição, Hugh Glass, sobrevive a um ataque de um urso, porém é abandonado à beira da morte pelos demais membros de sua equipe.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado a 12 Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator para Leonardo DiCaprio e Melhor Ator Coadjuvante para Tom Hardy, é sem dúvida uma das sagas mais impressionantes que se viu nos últimos tempos, dentro ou fora da tela.
Prenda-me se for capaz!
O cineasta mexicano Alejandro Inãrritu abusou das filmagens em plano sequência no seu longa anterior, Birdman, ganhando o Oscar de Melhor Filme. Desta vez, pontuou bem o uso do recurso, trazendo para o espectador cenas de batalha absurdamente realistas, levando o público pra dentro da disputa e não apenas sendo um observador do ponto de vista macro.
A batalha inicial demorou meses para ser filmada e os minutos em que vemos a cena se desenrolar vale a pena durante cada segundo. A outra cena bastante polêmica e comentada é a do urso que se põe em batalha contra o personagem de Leonardo DiCaprio. O diretor fez mistério sobre como as cenas foram gravadas, mas já se sabe que foi através da famosa captura de movimentos e que também durou bastante tempo até ter o realismo exigido por Iñarritu.
O roteiro é desenrolado de forma um pouco mais lenta do que poderia ser, mas que não atrapalha em nada, tendo em vista a grande quantidade de cenas inovadoras, técnicas de filmagem, fotografia primorosa, onde cada cenário parece uma pintura. E ainda temos uma atuação irrepreensível de Leonardo DiCaprio, que se não ganhar o Oscar desta vez, vai parecer de uma vez por todas que a Academia tem algo contra ele.
O filme ainda chama a atenção pelas particularidades das filmagens. O orçamento praticamente dobrou, as condições da equipe eram dificultadas pelo frio intenso de mais de 30 graus negativos, uma avalanche foi criada de verdade, Leonardo DiCaprio teve que cruzar rios congelados com pele de urso e ainda fez exceção ao fato de ser vegetariano, comendo carne crua.
“O Regresso” é daqueles épicos que já faz história sem precisar nem ganhar os prêmios principais do cinema. Ao mesmo tempo, são épicos assim que fazem por merecer ganhar todos os prêmios a que são indicados.
NOTA 9,5
EUA/2015
De Alejandro G. Iñarritu (Amores Brutos, 21 Gramas, Babel, Biutiful, Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
Com Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Domhnall Gleeson, Will Poulter, Forrest Goodluck
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt1663202/?ref_=fn_al_tt_1
Aventura
O membro de uma expedição, Hugh Glass, sobrevive a um ataque de um urso, porém é abandonado à beira da morte pelos demais membros de sua equipe.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado a 12 Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator para Leonardo DiCaprio e Melhor Ator Coadjuvante para Tom Hardy, é sem dúvida uma das sagas mais impressionantes que se viu nos últimos tempos, dentro ou fora da tela.
Prenda-me se for capaz!
O cineasta mexicano Alejandro Inãrritu abusou das filmagens em plano sequência no seu longa anterior, Birdman, ganhando o Oscar de Melhor Filme. Desta vez, pontuou bem o uso do recurso, trazendo para o espectador cenas de batalha absurdamente realistas, levando o público pra dentro da disputa e não apenas sendo um observador do ponto de vista macro.
A batalha inicial demorou meses para ser filmada e os minutos em que vemos a cena se desenrolar vale a pena durante cada segundo. A outra cena bastante polêmica e comentada é a do urso que se põe em batalha contra o personagem de Leonardo DiCaprio. O diretor fez mistério sobre como as cenas foram gravadas, mas já se sabe que foi através da famosa captura de movimentos e que também durou bastante tempo até ter o realismo exigido por Iñarritu.
O roteiro é desenrolado de forma um pouco mais lenta do que poderia ser, mas que não atrapalha em nada, tendo em vista a grande quantidade de cenas inovadoras, técnicas de filmagem, fotografia primorosa, onde cada cenário parece uma pintura. E ainda temos uma atuação irrepreensível de Leonardo DiCaprio, que se não ganhar o Oscar desta vez, vai parecer de uma vez por todas que a Academia tem algo contra ele.
O filme ainda chama a atenção pelas particularidades das filmagens. O orçamento praticamente dobrou, as condições da equipe eram dificultadas pelo frio intenso de mais de 30 graus negativos, uma avalanche foi criada de verdade, Leonardo DiCaprio teve que cruzar rios congelados com pele de urso e ainda fez exceção ao fato de ser vegetariano, comendo carne crua.
“O Regresso” é daqueles épicos que já faz história sem precisar nem ganhar os prêmios principais do cinema. Ao mesmo tempo, são épicos assim que fazem por merecer ganhar todos os prêmios a que são indicados.
NOTA 9,5
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quarta-feira, fevereiro 10, 2016
JOY: O NOME DO SUCESSO
(Joy)
Eua/2015
De David O. Russell (Três Reis, O Vencedor, O Lado Bom da Vida, Trapaça, Amor por Acidente)
Com Jennifer Lawrence, Robert de Niro, Bradley Cooper, Edgar Ramirez, Diane Ladd, Virginia Madsen, Isabella Rossellini
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2446980/?ref_=nv_sr_1
Comédia
A história real de Joy, uma matriarca que fez sucesso com sua invenção de um esfregão, que lhe permitiu construir um império.
Confira abaixo o trailer do filme:
O diretor David O. Russell se junta novamente com sua dupla favorita, Jennifer Lawrence e Bradley Cooper, traz novamente Robert de Niro de coadjuvante e mergulha no seu gênero de comédia preferido. Só que dessa vez, a empreitada não deu tão certo quanto os seus filmes anteriores, e a produção foi indicada a apenas 1 Oscar, de Melhor Atriz.
Eu sou apenas um senhor estagiário!
O filme apresenta uma família disfuncional, na qual Joy se destaca por parecer ser a única que corre atrás do sucesso. A narradora, sua avó, é a única da família que a incentiva, contrastando com sua mãe, uma deprimida viciada em TV e seu pai, um mulherengo. Outras pessoas que também ajudam é seu ex-marido, que vive no porão da casa, e sua melhor amiga.
A trama prova mais uma vez a boa condução de Russell na direção de atores, conseguindo ótimas interpretações de todo o elenco, tanto o trio conhecido quanto os coadjuvantes de luxo. O que parece ter faltado foi apenas a ousadia, uma vez que a história rende alguns bons momentos e outros sem inspiração nenhuma.
“Joy: O Nome do Sucesso” acaba sendo interessante mais pela biografia e premissa da mulher que conseguiu vencer na vida do que por seu roteiro, e pela forma como a história foi contada.
NOTA 7,5
Eua/2015
De David O. Russell (Três Reis, O Vencedor, O Lado Bom da Vida, Trapaça, Amor por Acidente)
Com Jennifer Lawrence, Robert de Niro, Bradley Cooper, Edgar Ramirez, Diane Ladd, Virginia Madsen, Isabella Rossellini
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com.br/title/tt2446980/?ref_=nv_sr_1
Comédia
A história real de Joy, uma matriarca que fez sucesso com sua invenção de um esfregão, que lhe permitiu construir um império.
Confira abaixo o trailer do filme:
O diretor David O. Russell se junta novamente com sua dupla favorita, Jennifer Lawrence e Bradley Cooper, traz novamente Robert de Niro de coadjuvante e mergulha no seu gênero de comédia preferido. Só que dessa vez, a empreitada não deu tão certo quanto os seus filmes anteriores, e a produção foi indicada a apenas 1 Oscar, de Melhor Atriz.
Eu sou apenas um senhor estagiário!
O filme apresenta uma família disfuncional, na qual Joy se destaca por parecer ser a única que corre atrás do sucesso. A narradora, sua avó, é a única da família que a incentiva, contrastando com sua mãe, uma deprimida viciada em TV e seu pai, um mulherengo. Outras pessoas que também ajudam é seu ex-marido, que vive no porão da casa, e sua melhor amiga.
A trama prova mais uma vez a boa condução de Russell na direção de atores, conseguindo ótimas interpretações de todo o elenco, tanto o trio conhecido quanto os coadjuvantes de luxo. O que parece ter faltado foi apenas a ousadia, uma vez que a história rende alguns bons momentos e outros sem inspiração nenhuma.
“Joy: O Nome do Sucesso” acaba sendo interessante mais pela biografia e premissa da mulher que conseguiu vencer na vida do que por seu roteiro, e pela forma como a história foi contada.
NOTA 7,5
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CINEMA AMERICANO,
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sexta-feira, fevereiro 05, 2016
O QUARTO DE JACK
(Room)
Canadá-Irlanda/2015
De Lenny Abrahamson (Adam & Paul, Garage, Frank)
Com Brie Larson, Jacob Tremblay, Sean Bridgers, Joan Allen, William H. Macy
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt3170832/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
O pequeno Jack e sua mãe vivem enclausurados em um quarto, mantidos prisioneiros. Nesta situação, ela tenta criar o filho da melhor forma possível dadas as condições em que eles estão.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado a 4 Oscar, de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz para Brie Larson e Melhor Roteiro Adaptado, é uma das grandes surpresas do ano, com um enredo emocionante, criativo e muito bem produzido, em se tratando de um filme independente.
A trama segue a vida de mãe e filho prisioneiros de um criminoso e durante cinco anos ela tem que criar o filho de uma forma com que ele não sofra mais do que o inevitável. O espectador sente na pele tanto o ambiente ameaçador e torturante para a mãe quanto o lúdico e sonhador visto pelo filho.
Estou vindo das brumas de Avalon...
Com brilhantes interpretações dos dois protagonistas, não só acompanhamos o período em que o “Velho Nick” mantém os dois prisioneiros , mas o desenrolar dos fatos depois, o que traz questões ainda mais profundas, psicológicas e sociais.
As comparações com “A Vida é bela” são pertinentes apenas para o fator de criação de um mundo fantasioso para aliviar o sofrimento de uma criança. Porém, o filme mostra muito mais do que isso ao aprofundar todos os traumas e situações que mexem com o comportamento e personalidade de qualquer ser humano.
“O Quarto de Jack” mostra algo em que a sociedade não está acostumada a ver no cinema, abrindo espaço para uma situação que não só faz refletir sobre o que pode acontecer no mundo em que vivemos mas também fazer uma auto reflexão. Filmes tão profundos assim são cada vez mais raros e ao mesmo tempo tornam-se cada vez mais necessários.
NOTA 9,5
Canadá-Irlanda/2015
De Lenny Abrahamson (Adam & Paul, Garage, Frank)
Com Brie Larson, Jacob Tremblay, Sean Bridgers, Joan Allen, William H. Macy
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt3170832/?ref_=fn_al_tt_1
Drama
O pequeno Jack e sua mãe vivem enclausurados em um quarto, mantidos prisioneiros. Nesta situação, ela tenta criar o filho da melhor forma possível dadas as condições em que eles estão.
Confira abaixo o trailer do filme:
O filme, indicado a 4 Oscar, de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz para Brie Larson e Melhor Roteiro Adaptado, é uma das grandes surpresas do ano, com um enredo emocionante, criativo e muito bem produzido, em se tratando de um filme independente.
A trama segue a vida de mãe e filho prisioneiros de um criminoso e durante cinco anos ela tem que criar o filho de uma forma com que ele não sofra mais do que o inevitável. O espectador sente na pele tanto o ambiente ameaçador e torturante para a mãe quanto o lúdico e sonhador visto pelo filho.
Estou vindo das brumas de Avalon...
Com brilhantes interpretações dos dois protagonistas, não só acompanhamos o período em que o “Velho Nick” mantém os dois prisioneiros , mas o desenrolar dos fatos depois, o que traz questões ainda mais profundas, psicológicas e sociais.
As comparações com “A Vida é bela” são pertinentes apenas para o fator de criação de um mundo fantasioso para aliviar o sofrimento de uma criança. Porém, o filme mostra muito mais do que isso ao aprofundar todos os traumas e situações que mexem com o comportamento e personalidade de qualquer ser humano.
“O Quarto de Jack” mostra algo em que a sociedade não está acostumada a ver no cinema, abrindo espaço para uma situação que não só faz refletir sobre o que pode acontecer no mundo em que vivemos mas também fazer uma auto reflexão. Filmes tão profundos assim são cada vez mais raros e ao mesmo tempo tornam-se cada vez mais necessários.
NOTA 9,5
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